Em 1989, quando a jovem Katharine foge das garras de sua mãe autoritária para viver em Los Angeles com a ajuda de sua prima, ela não esperava que o destino lhe pregaria uma peça e acabaria trabalhando como assistente da banda de rock mais famosa de Los Angeles. The Crows era conhecida pelos seus escândalos com o vocalista nada agradável Nathan Ryder. Agora, Katharine Petterson conhecia pela primeira vez o mundo das drogas, do rock e a vida agitada de Los Angeles, e principalmente, agora conhecia o preço alto de amar pela primeira vez alguém tão problemático.
Katharine
1989
Dona Helena estava no meio da sala de estar segurando um papel em mãos. Apesar de sua postura rígida e militar, seus olhos azuis brilhavam diante daquele papel e em seu rosto havia um largo sorriso, o qual expunha suas ruguinhas ao lado dos olhos.
Aquele deveria ser um momento feliz, mas não para mim. Em suas mãos estava a carta da universidade de Oxford, a qual minha mãe insistia para que eu lá cursasse direito. Ela sabia do meu verdadeiro sonho, que era estudar Artes na UCLA em Los Angeles, aqui mesmo na Califórnia. Eu sentia meu estômago se contorcer só de imaginar eu estar do outro lado do oceano estudando algo que eu detestava: direito.
Acontece que eu nunca vivi para mim, e sim para ela, somente por ela. Ela queria mandar em meu guarda-roupas até meus dezesseis anos de idade, eu não podia usar roupas curtas e nada extravagante, não me deixava sair com nenhum garoto, afinal de contas, para ela, nenhum deles era bom o bastante para mim.
Eu sabia que ela jamais aceitaria minha ideia de estudar em Los Angeles, afinal, como ela mesmo dizia, aquele lugar era um pesadelo. Álcool, drogas, rock n´roll e garotos, péssima ideia para uma moradora do interior em Healdsburg e filha de dona Helena Petterson.
Desci as escadas e adentrei a sala hesitante, até então ela não me via, mas assim que me viu, seu sorriso alargou-se ainda mais e ela me sufocou em um abraço, o qual eu não correspondi. Eu já sabia que o motivo daquela alegria vinha de um sonho o qual ela projetou em mim, apenas ela, sem se importar com a minha opinião sobre minha própria vida.
–Mãe... – disse empurrando levemente seus ombros para que ela se afastasse de mim.
–Você foi aceita em Oxford, isso é maravilhoso! – disse ela radiante.
–Eu já disse mãe, não irei estudar em Oxford – respondi incisivamente.
Sua expressão enrijeceu-se por um momento.
–Já conversamos sobre isso – disse ela franzindo o cenho.
–É a minha vida, mãe! Você não pode tomar essa decisão por mim – disse já sentindo as lágrimas queimarem meus olhos.
–Não só posso como vou – disse ela autoritária e se afastando de mim, ali estava a militar novamente –você não tem escolha, Katharine.
Antes que eu abrisse minha boca para dizer algo meu pai adentrou a sala, com os cabelos grisalhos e o olhar cansado que pousou sobre mim, eu sentia um ar de rendição da parte dele. Clark era neutro à toda aquela situação, e no fim, sempre aceitava as decisões de minha mãe, apesar de prometer tentar falar com ela, eu no fundo sabia que aquilo não geraria grandes resultados.
–Pai! – fui até ele com o resto de esperança que me sobrara, sentindo as lágrimas rolarem em minhas bochechas.
–Desculpe filha, mas sua mãe tem razão – disse ele com um olhar sincero de perdão, eu sabia que ele não tinha o poder de tomar as rédeas da situação – a universidade de Oxford é uma das melhores e...
Antes que ele terminasse eu o abracei interrompendo-o, minhas lágrimas molhavam sua camisa de linho. Eu sabia que ele não tinha culpa, e não havia nada em que ele pudesse fazer, aliás, ele não, mas eu sim, e eu já havia feito. Em meu quarto eu escondia a carta que recebi da UCLA, universidade de Los Angeles, e era para lá que eu iria, mamãe querendo ou não.
Virei-me para minha mãe que nos observava sem expressão, limpei minhas lágrimas com a manga da blusa e virei-me para subir as escadas. Adentrei meu quarto e me escorei na porta observando tudo ali, aquele cenário de paredes na cor lavanda, em que passei minha vida toda e agora não sabia se voltaria a vê-lo algum dia.
O painel com várias fotos do colegial, minha amiga Ellen, o Luca, a Leila, fotos da formatura, encostada na parede havia minha velha guitarra a qual foi motivo de brigas com minha mãe por conta do barulho. Olhei para meus pôsteres de Aerosmith, Nirvana e AC/DC. Minha escrivaninha com várias pilhas de discos que eu não me cansava de ouvir, voltei meus olhos para o criado mudo ao lado da cama, o abajur, o telefone... O TELEFONE!
Tirei minha blusa já encharcada de lágrimas nas mangas ficando só de sutiã e me joguei na cama pegando o telefone. Ela era a salvação dos meus problemas... a Laura, minha prima. Ela era minha prima e amiga de infância, depois que seus pais se mudaram para Seattle eu não tive mais contato com ela.
Minha mãe odiava nossa aproximação, pois dizia que ela era uma má influência para mim, "impulsiva", "namoradeira" e "rebelde", dizia que seus pais não podiam com a vida dela. Na verdade, Laura era uma garota de espírito livre, algo que minha mãe abominava, e ela não queria que esse atributo se transferisse à mim, o que ela querendo ou não acabou acontecendo.
Em um belo dia, recebo uma ligação em casa, o que por sorte foi eu quem atendeu e era ela. Eu dizia os horários em que minha mãe não estava para conversarmos por telefone, não demorou muito e eu consegui convencer a minha mãe de dar um telefone somente para mim e deixá-lo em meu quarto.
Desde então sempre nos falávamos, agora eu sabia que ela havia ido embora para Los Angeles e trocou seu nome por Suzzy –ainda não descobri o porquê –e trabalhava em um bar frequentado por músicos famosos, chamado Rainbow. Sua vida parecia estar boa, agora morava em um apartamento, que segundo ela, era bem situado. Também mantinha um relacionamento com um cara chamado Marcus, que apesar das diferenças entre eles que levavam os dois a brigarem e terminarem constantemente, os dois sempre acabavam juntos novamente.
–Alô? – Falei com a voz ainda chorosa dos eventos anteriores.
–Kate! – Exclamou ela com a mesma animação de sempre – querida, como está?
–Péssima – respondi incisiva.
–Como assim? O que houve? – Indagou ela acautelando seu tom de voz.
–Hoje minha mãe recebeu a carta de Oxford.
–Meu Deus! – disse ela horrorizada – é a Kate – disse ela para alguém do outro lado da linha – desculpe, Marcus está aqui.
Sorri de canto com aquilo, os dois haviam reatado de novo, como eu já esperava.
–Mande um olá.
–Marcus, a Kate disse olá! – disse ela para ele.
–Ok, Marcus te mandou um olá – disse ela para mim após uns dois segundos – e agora, o que pretende fazer?
Resfoleguei pesado.
–Vamos ter que adiantar o plano, eu quero ir embora daqui em uma semana – disse baixando meu tom de voz.
–Você tem certeza? – indagou ela hesitante.
–Absoluta – respondi firme – não aguento mais nenhuma semana aqui nesta casa, e agora com essa carta de Oxford, vai ser um verdadeiro inferno viver aqui.
Ela suspirou e ficou em silêncio por alguns segundos.
–Você precisa agir normalmente ou irão desconfiar de algo. Simule que finalmente você se rendeu a ideia de sua mãe, assim ela não ficará tanto na sua cola nestes dias e ficará mais fácil organizar o plano.
–Boa ideia, Suzzy –falei abrindo um largo sorriso.
–Amanhã mesmo enviarei uma boa grana para você, fique tranquila que atenderá todas as suas necessidades com a viagem até aqui, mas esteja atenta às correspondências como na semana da carta da UCLA. Creio que em cinco dias já chegue por aí.
–Nem sei como te agradecer, Suzzy, você está me ajudando muito.
–Não me agradeça, apenas venha ter sua liberdade aqui em Los Angeles e eu já estarei contente.
Sorri ao ouvir aquelas doces palavras: liberdade e Los Angeles.
–Não vejo a hora de ter um emprego e estudar Artes na UCLA como eu sempre sonhei – resfoleguei e descansei a cabeça sobre o travesseiro, esticando um pouco o fio do telefone, apesar de feliz eu me sentia tensa com aquele plano perigoso – e por falar nisso, como anda lá na Rainbow?
Um curioso silêncio se formou do outro lado da linha, poderia jurar que Suzzy estava tensa, e algo me dizia que essa tensão estava relacionada ao Marcus... Mas por quê? Ela sempre amou falar sobre o ambiente da Rainbow.
–E-está ótimo – balbuciou ela.
É, realmente havia algo errado.
–Que bom – proclamei disfarçando minha curiosidade com aquela reação – mas agora vou desligar, preciso já ir arrumando minhas roupas aqui, não posso arrumar tudo na última hora.
–Concordo, mas se ainda conheço bem a Sra. Petterson, deve haver só roupas certinhas nesse guarda-roupas, que não combinam nem um pouco com o clima de Los Angeles. Traga o que você tiver de mais extravagante e depois iremos às compras aqui.
Mesmo estando do outro lado da linha, acabei ruborizando com aquele comentário, que por azar estava certo. Entretanto acabei sorrindo, afinal de contas ela era a mesma Laura maluca que sempre conheci, e o clima de Los Angeles deve ter ajudado um pouquinho.
–Pode deixar.
Isaac
O meu silêncio incomodava aquela tropa de inconsequentes barulhentos, mas acontece que agora o silêncio deles estava demasiado estendido e eu não gostava daquilo. Tragava vagarosamente um cigarro e observava a fumaça se esvair enquanto refletia sobre vários acontecimentos.
As coisas não andavam nada bem nos últimos dias, não era fácil estar em uma banda famosa de rock cheia de drogados e ex delinquentes, mas agora as coisas fugiam do controle, bem no momento errado, no momento do nosso auge.
Eu sabia de cor e salteado tudo o que havíamos passado para chegar até aqui, nossa primeira turnê infernal regada de muitas brigas e confusões, pedindo carona na beira da estrada feito mendigos. Sem contar nos atrasos por conta disso, o que nos fez pôr tudo a perder e ter de passar a humilhação de vendermos nossos instrumentos para voltarmos para casa.
Levou um tempo até que nosso primeiro álbum fizesse sucesso. Tivemos uma vida difícil antes de virmos para Los Angeles, principalmente eu e Nathan, o qual teve uma infância conturbada, Stefan que vivia drogado em becos e Doug, que vivia de furtos de carros.
Entretanto, anos se passaram após todos esses acontecimentos, desde antes da fama na turnê e até o sucesso do primeiro álbum. Agora estávamos no auge da fama e mais perto de dar nosso próximo passo: um contrato de um disco novo.
E tudo deveria estar uma maravilha, deveria, mas não está. Apesar de estar feliz com toda a nossa fama, estava se tornando insuportável conviver com aqueles malucos inconsequentes, todo dia era um escândalo novo para a conta. Estávamos no ponta pé inicial para rolarmos o pico de uma ladeira abaixo sem fim.
Doug vivia bêbado, Stan se drogava ao ponto de mal conseguir tocar bateria em alguns shows, Stefan sempre chapado e arrumando brigas por aí. Bom, aí vem o pior: Nathan Ryder. Eu sabia que Nathan, ou melhor, Nicholas que é seu nome verdadeiro, sofrera muitos traumas na infância e adolescência e isso explicaria o seu comportamento difícil.
Desde escândalos de agressões com jornalistas, fãs e até com a Andy, sua ex-mulher. Processos judiciais, atrasos, palavras grotescas, exageros com álcool e drogas, enfim, uma lista sem fim. Todos esses escândalos levaram a chegarmos à conclusão de que Nathan precisaria urgente de uma terapia mais intensiva.
Para nossa sorte, ou azar, ele foi diagnosticado com uma doença que explicaria o seu comportamento: ele era bipolar e maníaco depressivo. Até convencer aquele idiota problemático a se medicar, teríamos de aguentar seu temperamento agressivo e de complexo de superioridade.
Agora estávamos no estúdio em que usávamos para ensaiar, Doug estava encostado na parede bebendo uma garrafa de vodca pura e Steven brincava com suas baquetas fitando o nada. Já se fazia dez minutos desde que Stefan, o qual estava com cara de poucos amigos, chamou Nathan para uma conversa em particular na sala ao lado. Eu não sei porquê, mas aquilo não me cheirava a coisa boa, principalmente por pairar aquele silêncio o qual me intrigava, pois não era de costume.
No geral os ensaios sempre começavam mais tarde por conta dos atrasos de Nathan, e hoje pelo jeito, demoraria muito mais.
–Ei, Doug? – cortei o silêncio.
–Fala – murmurou ele sem me olhar.
–Sabe o motivo do assunto entre Stefan e Nathan?
–Eu não faço a mínima idei...
Antes que Doug terminasse, já podíamos ouvir gritos estrondosos da outra sala. Nós três em um salto corremos até lá... Eu sabia que vinha merda por aí.
–Seu filho da puta, traidor! Desgraçado! –gritou Stefan apontando o dedo para Nathan, que o retribuía apenas com um olhar desdém e sarcástico.
–Eu vou desfigurar esse seu rostinho de cretino de merda...
Antes que Stefan pulasse em Nathan, Doug o segurou pelos braços sem esforços, já que Doug era muito mais alto. Sem que me desse por conta, eu também segurava os braços de Nathan, que relutava para se soltar, mas eu depositava o máximo de força. Stan apenas observava tudo aquilo com os olhos arregalados de medo enquanto segurava as baquetas com força perto do rosto, como se quisesse se defender com elas.
–Que porra é essa? – rosnei para os dois.
Stefan encarava Nathan com muita fúria, arfando de adrenalina.
–Este filho da puta comeu a Jessie!
Nathan apenas soltou um risinho de escárnio, o que fez com que Stefan se debatesse ainda mais nos braços de Doug. Eu confesso que não estava nem um pouco surpreso, afinal, era de hábito que Nathan ficasse com as mulheres dos outros. O grande problema era que Stefan parecia estar realmente gostando de Jessie, bem diferente do que foi com Megan.
–Eu apenas disse à ele que trepei com aquela vadia em menos de cinco minutos e nem ao menos teve graça para mim – disse Nathan dando de ombros enquanto eu o segurava – não sei qual o motivo pra tanto drama.
A ira crescia cada vez mais no olhar de Stefan. Doug usou toda a sua força para arrastar Stefan dali, Stan foi atrás deles com medo e bateu a porta. Era incrível o medo em que Stan sentia de Nathan, ainda mais sabendo do que ele era capaz quando surtava. Mas o grande X da questão era que apenas eu enfrentava Nathan, todos eles o temiam, inclusive Stefan, que hoje havia perdido a razão por conta da raiva.
Soltei aquele maluco assim que o percebi imóvel, corri ficando diante da porta e impedindo sua passagem.
–O que deu em você, seu desgraçado? – indaguei o encarando.
Ele apenas sorriu com escárnio, aquele sorriso diabólico que só Nathan Ryder tinha, e passou as mãos por aqueles cabelos loiros cor de areia abaixo dos ombros e bagunçando-os.
–Qual é, doutor politicamente correto? Você por um acaso não sabe que somos um bando de filhos da puta que não se importam se estão pegando sua mãe, irmã, prima ou namorada? Por que agora seria diferente?
Balancei a cabeça decepcionado, Nathan não sabia o que era se apaixonar por uma mulher, nem mesmo sua ex-mulher ele foi capaz de amar de verdade.
–Jessie era especial para Stefan.
Nathan gargalhou alto.
–O quê? – indagou ele incrédulo após rir por um longo tempo.
–Isso mesmo o que você ouviu – respondi incisivo.
–Ah, tá... quer dizer que de uma banda cheia de delinquentes, estamos nos transformando em uma banda cheia de donzelas apaixonadas? – indagou ele sarcástico erguendo a sobrancelha.
Revirei os olhos e resfoleguei. Nathan era insuportável às vezes.
–Você pode passar por isso algum dia, Nicholas– falei firmemente.
Ao invés de rir como das outras vezes, ele me encarou seriamente, assim como em todas as outras ocasiões em que eu o chamava pelo seu verdadeiro nome.
–Sai fora, Sr. Smith, além do mais, se Jessie fosse tão especial assim, não teria trepado comigo na primeira oportunidade.
–Argumento justo – disse a ele que me encarou satisfeito – mas isso não importa agora, você precisa consertar as coisas com Stefan.
Ele novamente riu sarcástico e eu respirei fundo, minha paciência com ele já estava por um fio.
–Qual é? Consertar o quê? Eu lá tenho culpa se ele dá tanta importância assim para uma mulherzinha qualquer? – indagou ele juntando um garrafa de whisky do chão a qual estava encostada na parede, dando um generoso gole em seguida.
–Não é essa a questão! A questão é que teremos um show importante daqui a duas semanas e um grande contrato a assinar. Sabe o que significa se até lá você e ele estiverem de mal?
–Não posso obrigar aquele cabeludo de merda a ficar na banda – disse ele dando de ombros.
–Você enlouqueceu? – gritei passando as mãos sobre a minha cabeça exasperado, aquele loiro desgraçado estava esgotando minha paciência – se Stefan sair será o fim da imagem da nossa banda, e consequentemente, o fim da banda!
–Tudo bem, Isaac, se esse for o problema eu saio da banda e Stefan fica – disse ele calmamente levando a garrafa até a boca.
Sem que me desse por conta, agora eu segurava os ombros de Nathan com força e o chacoalhava, ele deixou a garrafa cair no chão e arregalou os olhos surpreso.
–Será que você não pode facilitar só um pouco as coisas, porra! Vamos jogar anos de esforços no lixo por conta de uma merda dessas!
Ele resfolegou e me empurrou.
–Não culpe a mim, e sim ao Stefan – disse ele apontando em direção à porta – mas se não tenho outra opção, vou lá me desculpar com a donzela do ego ferido. Saiba que estou fazendo isso pela banda, e não por aquele poodle marrento.
Nathan se virou rapidamente e foi em direção à porta, absorvi tudo aquilo atônito sem nem ter o tempo de segurá-lo. Ele passou rapidamente e ia em direção ao estúdio de ensaio em passos largos... aquilo não era bom. Eu sentia que vinha chumbo grosso por aí.
Stefan estava sentado em um banco de contra a parede de cabeça baixa, mas assim que avistou Nathan, seus olhos se inflamaram de raiva...
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