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CHEFÕES DA MÁFIA - NA SOMBRA DO PODER

CHEFÕES DA MÁFIA - NA SOMBRA DO PODER

5.0
74 Capítulo
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Sinopse

Índice

AVISO: Este livro é um ROMANCE SOMBRIO autônomo que contém cenas que podem ser gatilho para alguns leitores e devem ser lidos apenas por pessoas com 18 anos ou mais. SINOPSE ESTAMOS DESTINADOS A UM DESASTRE DESDE O SEGUNDO EM QUE NOS ENCONTRAMOS… Massimo D'Agostino é o herdeiro do império de seu pai. Não se deixe enganar por seu rosto bonito, ou aquele olhar azul penetrante. Ele não é nenhum príncipe encantado. Ele é perigoso e temido, possessivo e feroz. Nosso primeiro encontro começou com um contrato que me obrigou a casar com ele e assinar minha vida. Eu fui um pagamento de dívida e um peão em seu jogo para se vingar de meu pai. A única saída é a morte. Eu pertenço a ele agora. Eu, a princesa da máfia Balesteri. Pura e intocada… Possuída pelo diabo que me colocou em uma gaiola dourada. Mas algo inesperado aconteceu no momento em que nossos caminhos colidiram. Isso me fez querer mais do que ele tinha a oferecer toda vez que eu deitava embaixo dele. Então o passado bateu à porta e segredos obscuros se espalharam aos meus pés. De repente, não sei distinguir a verdade da mentira. Ou quem é o monstro nesta história. Achei que fosse meu marido. Agora não tenho tanta certeza...

Capítulo 1 1

As vezes o ato de escrever serve para o bem psicológico, é bom para exorcizar sentimentos ruins... E vira arte, vira uma parte importante da história!

PRÓLOGO

MASSIMO

17 anos atrás

— Terra à terra, cinzas às cinzas, pó ao pó... — O padre De Lucca murmura e faz uma pausa por um momento.

Eu olho para ele de pé na cabeceira da sepultura da minha

mãe. A expressão solene em seu rosto se aprofunda, e o aperto em suas sobrancelhas me diz que ele sente nossa perda também.

Lembro-me dele me contando histórias sobre minha mãe

quando ela era pequena. Ele foi o padre que deu a ela, sua primeira comunhão e casou meus pais. Duvido que ele pensou que esse dia chegaria.

Ninguém o pensou. Não tão cedo, ou tão de repente.

O padre De Lucca respira fundo, olha ao redor da multidão de

enlutados e continua. — Na firme e certa esperança da ressurreição para a vida eterna, por nosso Senhor Jesus Cristo, que é poderoso para sujeitar todas as coisas. Deus recebeu um de seus anjos hoje... Eu entrego o corpo de Sariah Abriella D'Agostino de volta à terra de onde ela veio, e desejo uma bênção para sua bela e bondosa alma.

Eu encaro e noto como meu pai olha para ele nessas palavras

finais. Eu me pergunto se o padre De Lucca também achou estranho. Que minha mãe se mataria.

Pa está a alguns passos dele. Uma lágrima escorre pelo seu rosto

enquanto uma luz brilha em seus olhos, provavelmente pela bondade na bênção.

A luz desaparece um momento depois, e ele volta a ser o homem quebrado. Tenho doze anos, mas sei como é estar quebrado. É como eu me sinto.

Até agora, nunca vi o pai chorar. Nunca. Nem mesmo anos atrás, quando perdemos tudo e fomos jogados nas ruas com nada além das roupas do corpo.

Meu avô dá um aperto suave no meu ombro. Quando olho para

ele, ele me dá um olhar tranquilizador. O tipo que todo mundo deu desde que tudo isso aconteceu.

Vovô tem uma mão em mim e a outra em Dominic, meu irmão

mais novo. Meus outros dois irmãos, Andreas e Tristan, estão do outro lado.

Dominic não parou de chorar, nem uma vez desde que dissemos

a ele que Ma não voltaria para casa. Ele só tem oito anos. Eu odeio que ele tenha que passar por isso. Todos nós o provocamos por ser o bebê e se agarrar a mamãe. Mas todos nós nos apegamos a ela de alguma forma.

O único outro funeral a que fui foi o da minha nonna. Mas aos

seis anos, eu era jovem demais para entender a morte. Naquela época, eu não me sentia como agora. Como se a colisão de dormência e raiva dentro de mim fosse me despedaçar.

Talvez eu me sinta assim porque fui eu quem encontrou Ma no

rio.

Fui a primeira pessoa a vê-la morta.

Fui a primeira pessoa a confirmar nossos piores medos depois

que ela desapareceu.

Eu fui a primeira pessoa a saber que a última vez que nos vimos

foi um adeus para sempre.

Todos nós a procuramos por três dias. Foi enquanto eu estava

andando pela margem do rio em Stormy Creek que a vi, apenas flutuando ali na água entre os juncos de Taboa. Seus olhos ainda abertos, vidrados. Sua pele pálida. Lábios… azuis. Seu corpo balançando suavemente de um lado para o outro na água. Eu nunca esquecerei o jeito que ela parecia. Como uma boneca sem vida com seu cabelo loiro branco fluindo ao redor dela, suas feições delicadas ainda parecendo tão perfeitas. Mas sem vida. Não mais.

Por dentro eu ainda estou gritando.

Eles disseram que ela deve ter pulado do penhasco. Isso foi o

que ouvi os adultos dizendo.

Suicídio…

Ma se suicidou. Não parece real.

Não parece certo.

Sou arrancado dos meus pensamentos quando o padre De Lucca acena com a cabeça e o pai pega um punhado de terra para jogar no túmulo. Quando ele termina de espalhar a terra, se ajoelha e segura a única rosa vermelha que carrega desde que chegamos aqui. Todos nós temos uma.

— Ti amo, amore mio. Eu te amarei para todo o sempre, — diz

ele. Meus pais sempre declararam seu amor um pelo outro. Sempre.

Eu sei que ele sente a mesma culpa que nos cerca. Todos nós nos culpamos por não poder salvá-la. Enquanto o pai joga a flor no túmulo, o padre De Lucca faz uma oração e vovô leva os meus irmãos para dar as flores à mãe.

Eu permaneço onde estou. Não posso me mover. Ainda não

posso dizer adeus. Não quero dizer adeus de forma alguma.

Eu sei o que acontecerá a seguir. Nós vamos embora e eles vão

encher a cova com o resto da sujeira. Cobrindo Ma para sempre. Minhas pernas tremem com o pensamento e essa fraqueza retorna ao meu corpo.

As pessoas começam a jogar suas flores também, uma a

uma. Alguns olham para mim, outros apenas seguem o exemplo largando suas rosas, lírios, dálias. As favoritas da mãe.

Eu tenho segurado a rosa na minha mão com tanta força que os

espinhos cortaram minhas palmas. Quase esqueci que a tinha. Olho para as manchas de sangue no caule e nas folhas. A rica cor carmesim contrasta com o verde escuro.

Uma mão pesada repousa sobre meu ombro, me

assustando. Quando olho para cima, me vejo olhando diretamente para os olhos azuis pálidos do diabo. O homem que tirou tudo de nós.

Riccardo Balesteri. Um homem que o pai costumava chamar de seu melhor amigo. É quem sabíamos que ele era antes que as coisas mudassem e ele se tornasse um monstro.

O pai não nos envolve em negócios, mas não havia ninguém

para nos proteger de nada naquele dia, dois anos atrás, quando Riccardo veio à nossa casa com homens e nos expulsou.

Eu não sei o que aconteceu, mas me lembro da

discussão. Lembro-me de papai implorando para ele ser razoável e mamãe chorando enquanto tentava tirar Dominic e Tristan da cama. Foi Andreas quem me pegou e me acalmou quando tentei ajudar. Os homens apenas riram de mim.

Agora, este homem está aqui no funeral da minha mãe. Com um

sorriso no rosto.

— Querida criança, sinto muito por sua perda, — diz ele.

Suas palavras são semelhantes ao que me foi dito durante todo o dia, começando quando entramos na igreja esta manhã e quando chegamos ao cemitério. Todo mundo que o disse, no entanto, quis dizer isso. Eles eram genuínos. Este homem não é.

O clique-claque do que eu sei que é uma arma rouba minha

resposta. Não que eu soubesse o que dizer. Não tenho falado muito desde que encontrei Ma no rio.

Olho para cima e vejo Pa segurando duas armas, apontando-as

para Riccardo. Vovô coloca um braço protetor em volta dos meus irmãos enquanto os convidados restantes olham aterrorizados.

A única pessoa que não parece assustada é o padre De Lucca. Seu rosto é severo e fica mais duro quando Riccardo aperta meu ombro.

— Tire as mãos do meu filho, — Pa exige, inclinando a cabeça

para o lado.

Riccardo ri. O som ondula através de mim. Ele aperta meu

ombro com tanta força que eu estremeço e meus joelhos se dobram.

— Giacomo, deixo a cargo de você para fazer uma cena, —

responde Riccardo em uma voz cantante.

— Eu disse para tirar as mãos do meu filho. Agora! — Pa grita.

Em resposta à sua demanda, Riccardo aplica mais pressão no

meu ombro. Seus dedos passam pelo tecido do meu terno e se enterram na minha pele.

— Deixe-me ir, — eu vocifero, lutando contra seu aperto. Mas

ele é muito forte. Estou desamparado. Não posso fazer nada.

— Tão desrespeitoso no funeral de sua esposa, — Riccardo

provoca. — Eu me pergunto o que Sariah pensaria se ela não estivesse um metro e oitenta abaixo. Talvez a decepção que você é como marido a tenha feito pular para a morte. Sim, sim. Deve ser isso. Talvez ela preferisse a morte a estar com você.

Enfurecido, Pa avança com suas armas, mas Riccardo revida puxando as suas próprias, me puxando para mais perto e colocando o cano de aço na minha têmpora.

Eu grito, deixando cair minha rosa e cerrando os dentes. Isso faz Pa parar no caminho. Seus olhos se arregalam de medo e minha alma estremece de medo. Este homem é o diabo. Pa sempre me disse para nunca subestimar. Vai te matar. Então, não farei isso agora. Não vou subestimar ou assumir que Riccardo não vai me matar.

Lágrimas escorrem pelo meu rosto quando ele passa a mão pelo

meu pescoço e me segura com mais força.

— Seu cachorro de merda, — grita Pa. Ele ainda tem suas armas levantadas embora. — Como você ousa aparecer aqui hoje para se vangloriar. Tire suas malditas mãos do meu filho.

Riccardo sorri e se inclina para mais perto, perto das armas estendidas de meu pai, ousado, como se soubesse que papai não vai matá-lo.

— Olhe para você, pensando que é uma merda. Você não pode

me matar. Sabe disso.

— Quer me testar? — Pa esbraveja.

— Tolo, se você pudesse, já o teria feito. Mas... sabe que não pode. Você sabe que no momento em que o fizer, estará morto. Seus meninos estarão mortos. Seu pai estará morto. Sua família na Itália estará morta. Todo mundo que você conhece estará morto. O credo da Irmandade protege a mim e aos meus.

Pa ferve. A derrota entra em seus olhos. O mesmo olhar derrotado que ele carregava nos últimos anos quando uma coisa ruim acontecia após a outra.

— Deixe-nos, — responde Pa.

— Está certo. Eu pensei assim. Você sabe que não pode fazer

nada comigo. Você é impotente e inútil, indefeso pra caralho, — Riccardo continua a provocar. — Perdeu tudo. Ela foi a última coisa boa que você deixou.

Ele olha para o túmulo. Através das minhas lágrimas eu pego o

primeiro vislumbre de tristeza em seus olhos. Ele me solta e dá um passo para trás, abaixando sua arma.

— Deixe-nos, Riccardo. Vá embora. Vá embora, — diz Pa.

— Vim para prestar meu respeito ao anjo que você nunca

deveria ter tido. Isso é tudo, — responde Riccardo. — E talvez para ver seu rosto. Esse olhar em seu rosto quando você aceita que realmente perdeu tudo.

Com uma risada grosseira e sardônica, Riccardo se vira e vai embora.

Pa abaixa suas armas, as coloca de volta em seus coldres e me

segura, me puxando para um abraço.

— Massimo, — ele respira contra o meu ouvido. — Você está machucado?

Eu engulo em seco. — Não, — respondo. Ele se afasta para me

olhar.

Vê a rosa no chão e a pega.

Nós nos encaramos. A tristeza em seus olhos me agarra tanto

que chega a doer.

— Sinto muito, meu garoto... sinto muito por tudo, — diz ele.

— Por que ele nos odeia tanto? — Eu pergunto, meus lábios

tremendo.

Pa balança a cabeça. — Não se preocupe com ele. Não, meu

rapaz. Hoje não é sobre ele. — Ele se endireita e estende a rosa para mim. — Massimo... dê a rosa para sua mãe. Está na hora. Hora de dizer adeus. Nós passaremos por isso. Vamos. Por favor... nunca pense que sua mãe não te ama. Ela te amou com todo o seu coração.

Eu sei que é verdade, mas parte de mim quer perguntar a ele

por que ela me deixou sem se despedir. Exceto que eu sei a resposta. A vida ficou muito difícil depois que Riccardo tirou tudo de nós. Foi por isso.

— Dê a sua mãe sua rosa, amore mio, — repete Pa, empurrando

a rosa para mais perto de mim.

Eu a tomo e, em seguida, aqueles passos que eu temia. Minhas pernas ficam mais pesadas a cada um. Eu paro bem na abertura da sepultura e liberto a flor do meu alcance. Quando cai, meu coração se parte novamente.

Riccardo estava certo. Ma era a última coisa boa que nos

restava. Ela era realmente um anjo.

Olho para longe e vejo o vago contorno dele andando pelo

caminho que leva de volta ao estacionamento.

Ele chamou meu pai de impotente, inútil, indefeso. Ele culpou o

pai por minha mãe querer a morte, mas não é culpa dele. Tudo o que nos aconteceu é culpa de Riccardo. Tudo isso.

No momento em que esse pensamento me atinge, juro vingança. Enquanto o vejo se afastar, prometo a mim mesmo que consertarei isso. Não importa quanto tempo demore, passarei o resto da minha vida se for preciso, ajudando meu pai a se reconstruir. E farei Riccardo Balesteri pagar por tudo.

Neste momento, podemos ser impotentes, inúteis, indefesos,

mas não seremos isso para sempre.

Não importa quanto tempo demore. Ele vai perder tudo também.

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