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Ana Clara - Livro 2

Ana Clara - Livro 2

5.0
6 Capítulo
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Sinopse

Índice

Ela é filha de um dos homens mais ciumentos que conhecemos, Christian Colliman, Ana Clara não é filha única mas por ser a mais velha e também por ser uma linda mulher, seu pai tem uma preocupação maior em mantê-la segura e distante dos assédios masculino, já na faculdade com os seus 21 anos de idade Ana Clara ainda se sente sufocada pelo ciúme exagerado de seu pai, e por isso namora escondido mas com o apoio de sua mãe Carolina Fontinelli Colliman. Suas escapadas para encontrar o namorado as escondidas não resultam em algo bom, pois depois de quase um ano de namoro, Joshua já está impaciente por não ter uma vida sexual com a sua namorada, pois ela ainda não se sente preparada para um próximo passo na relação, então Joshua faz o impensável e tenta força-la a se entregar a ele, mas é claro que o destino está sempre disposto a intervir a favor ou contra, mas dessa vez ele estará a favor de Gabriel Bettencourt, que depois de anos sem notícia da garota por quem se apaixonou, finalmente a encontrará mas em uma situação que vai revolta-lo, mesmo sem reconhecê-la e sem saber que se trata da mulher que ainda ama, Gabriel salvará Ana Clara de sofre um estupro pelo próprio namorado que sempre dizia ama-la. Gabriel está com 22 anos e por coincidência estudará em uma faculdade na mesma cidade onde mora Ana Clara, após sair do Brasil para se formar fora do país onde nasceu e morava, Gabriel Bettencourt terá o seu coração mais uma vez roubado por aquela loirinha, que mesmo depois de anos ainda não o esqueceu, seus sentimentos voltarão a surgir para mexer com a vida desses dois apaixonados. Essa obra contará uma história de amor entre Ana Clara do livro Presa a Você, e Gabriel Bettencourt do livro MIRELLA. Vamos descobrir juntos o que o destino reserva para esse casal? Sejam bem vindos a mais essa história!

Capítulo 1 1- Ana Clara

Hoje é um dia comum como todos os outros, a faculdade está movimentada e como sempre estou na companhia dos meus amigos e meu namorado Joshua, ele é lindo e também é o capitão do time de futebol, o que o torna muito cobiçado por todas as meninas do Campus, mas ele é meu e só tem olhos para mim, nos amamos muito mas o nosso namoro é algo meio que secreto, porque um namoro secreto? Simples! Porque eu tenho um pai que ainda acha que sou a sua garotinha e ainda não cresci.

A palavra namorado é proibida dentro de casa desde que ele me pegou conversando por telefone com Gabriel, a anos atrás e tomou o meu celular, meu pai simplesmente apagou todos os contatos masculinos da minha agenda e o único que eu não consegui recuperar foi o do Gabriel Bettencourt, justo quando estávamos começando a nós gostar o meu pai nos afasta.

Me doeu muito ter que me distanciar do Gabriel e eu ainda tentei encontrá-lo nas redes sociais, mas não consegui, não encontrei nenhum Gabriel Bettencourt e mesmo assim o meu pai monitora até hoje quem são os meus amigos, na internet e na faculdade mas enfim, vida que segue e eu segui a minha. Nunca mais o vi nem mesmo pela internet, fiquei tão chateada na época mas logo fiz novas amizades, tive os meus namorinhos as escondidas mas nada muito sério.

Depois de dois anos na faculdade eu conheci Joshua, ele veio de Seattle para Chicago e estamos juntos até hoje, nos amamos mas ultimamente ele anda muito impaciente comigo, não está sendo nada compreensivo e suas atitudes tem me assustado um pouco.

— Ei Clara...? Meu Deus eu estou falando com você amiga! Você está me ouvindo? — Acordo dos meus pensamentos com a minha melhor amiga me sacudindo.

— Me desculpe Ashley, eu estava me lembrando de algumas coisas do passado... O que foi? Quem morreu para você me sacudir dessa maneira garota? — Pergunto finalmente dando a minha atenção a ela.

— Vamos de festa hoje? Arruma um jeito de convencer o seu pai a te deixar sair com a gente amiga, vai rolar uma mega festa na casa do Adam e geral vai. — Diz ela empolgada mexendo nos cabelos, olho para o lado e Joshua pisca para mim me mandando um beijo e eu sorrio de volta.

— Eu não prometo que vou, mas... Eu vou tentar, até parece que você não conhece o meu pai Ashley, ele é muito desconfiado e ficou ainda mais depois que descobriu que eu menti para ele... Eu falei que o nosso plano de fugir para irmos a boate não iria funcionar, em todo lugar tem conhecidos dele e eu sempre me dou mal... Eu não quero decepcionar o meu pai ainda mais, eu ainda estou de castigo lembra? — Comento frustrada por ter um pai tão ciumento, ele não me deixa fazer nada que envolva garotos, pareço uma criança de cinco anos que precisa dar satisfação de tudo aos pais.

— Por Deus Clara, você é uma mulher de vinte e um ano, chega a ser bizarro você ficar de castigo a essa altura do campeonato... Até a sua irmã de sete anos tem mais liberdade que você. — Ela bufa frustrada assim como eu.

— A diferença entre mim e Wendy é que ela ainda não fala em namorado, e muito menos mente para os nossos pais para ir a uma boate... Até o meu irmão está me vigiando você acredita nisso? Lá em casa eu só tenho a minha mãe e a minha madrinha para me apoiarem, mas ultimamente elas também estão tendo problemas com o meu pai por minha causa e eu não estou gostando disso... Não quero deixá-las em uma situação desagradável com meu pai Ashley. — Digo pensativa, realmente preocupada com essa situação.

— Caramba amiga, o que o seu pai tem de lindo e gostoso tem de ciumento, sabia? Aff! — Comenta com um sorriso atrevido me deixando perplexa.

— Ashley! Mais respeito com o meu pai ouviu...? Ele é casado e muito bem casado caramba! Os meus pais se amam estão juntos a muitos anos e nada e nem ninguém vai mudar isso. — A repreendo irritada e a infeliz gargalha.

— Se acalma Clara eu estou brincando... Parece que o ciúme é mal de família não é? — Diz ainda gargalhando me fazendo bufar. Vejo o nosso professor vindo na nossa direção.

— Mas que gargalhada gostosa Srta. Williams... Não quer dividir com a turma o motivo dela? — O Sr. Carter para à frente da sua mesa de braços cruzados encarando-a com aquele seu sorriso sexy.

— Mas é claro que sim Sr. Cárter... Eu estava falando com a minha amiga que seria um espetáculo se fizéssemos um concurso de beleza aqui na faculdade, o senhor teria o meu voto sem sombra de dúvidas. — Diz a descarada paquerando o nosso professor na cara dura, mas ele nos dá aquele seu sorriso charmoso e isso deveria ser pecado.

— Eu ficaria lisonjeado Srta. Williams, mas não estou aqui para participar de concursos de beleza e sim para dar aulas... Quero vocês duas prestando atenção na matéria, ouviram? — Ele a encara com um pequeno sorriso mas logo volta para frente da turma retomando as suas explicações.

Encaro Ashley que se segura para não rir enquanto eu balanço a cabeça negativamente, envergonhada pela sua cara de pau, essa garota não tem jeito.

Depois da aula do Sr. Cárter tivemos um tempo livre porque a nossa professora de biologia está de atestado médico, então aproveitamos para zoar na sala mas Joshua vem se sentar ao meu lado, com aquele seu sorriso atrevido de lado.

— Então gata? Tá afim de dar um perdido na última aula...? Vamos sair daqui para namorarmos um pouquinho? Estou com saudades de ficar a sós com você Clara. — Sugere apertando a minha coxa, me deixando tensa e ofegante.

— Amor eu já falei que está complicado para mim sair até da sala de aula... O meu pai colocou seguranças me vigiando aí na porta, eu não sei o que ele disse ao Sr. Alberto mas ele permitiu que o segurança ficasse no Campus para me vigiar. — Conto ainda mais tensa por ele me encarar frustrado e até mesmo irritado.

— Porra esse teu pai também é uma comédia sabia? Cara eu nunca vi isso, ele não pode te proibir de namorar Clara, eu não aguento mais ficar me escondendo dele...! Eu não tenho medo do seu pai e eu vou enfrentá-lo para ficar com você... Eu te amo gatinha... Quero poder ficar a vontade com você sem me preocupar com os seus seguranças apontando uma arma para mim. — Reclama ainda irritado mas logo me dá um meio sorriso que me faz respirar aliviada.

— A gente vai conseguir passar por isso amor, você só precisa ter um pouquinho mais de paciência... E por favor não tenta enfrentar o meu pai de novo, da última vez que você fez isso ele quase te matou e ainda ameaçou me tirar da faculdade, ele não pode desconfiar que ainda estamos nos vendo ou eu terei problema com ele, e meu pai sempre cumpre as suas ameaças, vai por mim...! Eu conheço muito bem o Sr. Christian Colliman. — Peço ainda mais frustrada por não poder agir ou viver como uma mulher comum.

— Dá o seu jeito Clara! Eu quero ver você em cinco minutos no banheiro feminino, eu sei que o seu segurança não vai entrar lá... Vou ficar te esperando, não demora! — Diz ele em um tom sério já se levantando, me deixando apavorada.

— Não Joshua...! Joshua espera...! Mas que droga de garoto teimoso. — Chamo por ele mas ele finge não me ouvir, se eu não for ele vai ficar ainda mais irritado.

— O que houve amiga? Vocês brigaram? Porque ele saiu daquele jeito? — Pergunta Ashley me encarando apreensiva.

— Não Ashley, ainda não brigamos mas sinto que isso não vai demorar para acontecer... Joshua quer enfrentar o meu pai de novo e se ele fizer isso eu posso não conseguir mais vir a faculdade, ele sabe que o meu pai ameaçou me tirar daqui... Droga! Ele está me esperando eu preciso ir vê-lo. — Explico já me levantando mas ela se levanta junto.

— Vou dar cobertura a vocês, vamos lá! — Ela entrelaça o seu braço no meu e juntas saímos da sala.

Seguimos pelo corredor e o segurança que estava na porta da sala vem atrás, entramos no banheiro mas Ashley para na porta encarando o segurança que para no mesmo instante, a encarando confuso.

— Queridinho você não vai querer entrar no banheiro com a gente, não é...? Eu posso acusar você de assédio e processar essa escola por permitir que homens entrem no banheiro feminino com duas alunas sozinhas... Então por favor! Fique aí fora e não deixe ninguém entrar, está bem? Eu tenho um assunto muito sério para conversar com a minha amiga. — Diz ela no seu tom autoritário cruzando os braços e ele a encara meio envergonhado.

— Não pretendo desrespeitar ninguém senhorita, eu só preciso verificar o local, esse é o meu trabalho e ninguém vai me processar por isso! Com licença. — Diz o segurança passando por ela nos deixando de boca aberta.

Ele entra no banheiro vistoriando todas as cabines me deixando com o coração na mão, mas antes de chegar a última cabine Ashley grita me dando um baita susto.

— AHHH... Me ajuda...! Por favor me ajuda? Eu sinto muita dor no estômago... Preciso ir até o diretor... Por favor me ajuda...? Eu não estou aguentando de dor... — Grita a escandalosa se jogando em cima do meu segurança que a encara preocupado, mas não move um músculo.

— Me desculpa senhorita mas eu não posso deixar o meu posto... — Ele se aproxima de mim dividindo a sua atenção entre nós duas.

— Pelo amor de Deus Allan! Ajuda ela! Eu não vou sair daqui até você voltar, não vai acontecer nada comigo a escola é segura... Por favor ajuda ela? A minha amiga parece muito mal. — Finjo desespero abraçando Ashley que finge desmaiar em meus braços. Porra como ela pesa!

Allan rapidamente pega ela no colo e sai do banheiro apressado, finjo que estar indo logo atrás dele mas volto para o banheiro e entro trancando a porta, corro até a última cabine do banheiro e assim que abro Joshua me puxa com tudo, me colocando contra a parede avançando na minha boca. Seu beijo é urgente, é faminto de um jeito que me assusta, aquele jeito possessivo e agressivo, me apertando em todos os lugares de uma forma bruta, suas mãos suspende o meu vestido tentando puxar a minha calcinha e eu tento empurrá-lo.

— Joshua...! O que está fazendo amor...? Por favor para! Você está me assustando não faz isso... Joshua! — Tento me esquivar dos seus assédios mas ele me prende contra a parede não me deixando sair.

— Para de fazer doce Clara... Eu sei que você também quer minha gostosa... Eu não aguento mais esperar, eu sou seu namorado e quero transar com a minha garota! — Diz forçando a sua mão a entrar na minha calcinha contra a minha vontade, me deixando apavorada com a sua atitude.

— Não faz isso eu não quero! Não desse jeito Joshua...! Por favor para! Você disse que ia esperar o meu tempo, então por favor não faz isso...? Você está me assustando. — O empurro para longe de mim o encarando assustada e ele esfrega as mãos no rosto respirando fundo. Tento sair dali passando por ele mas o mesmo se coloca na minha frente.

— Me desculpa meu amor? Eu perdi a cabeça me desculpa...? Eu não aguento mais esperar Ana Clara, eu sou louco por você eu quero você por inteira loirinha...! Já faz quase um ano que estamos juntos e você nunca está pronta para mim, você não me ama o suficiente, é isso...? Está gostando de outra pessoa? Porque você não quer se entregar para mim? Porque Clara? — Questiona irritado e se aproxima um pouco mais tentando me abraçar, mas me esquivo dele.

— Todo mundo tem o seu tempo e eu também tenho o meu Joshua! Eu já te falei várias vezes que não quero transar apenas por transar, eu te amo mas ainda não estou pronta para dar esse passo, tenta me entender...? O nosso namoro já é complicado e com você me pressionando a transar não vai dar certo! — Também me irrito e ele me encara furioso como nunca vi antes.

— O que você está querendo dizer com isso Clara...? Você está querendo terminar comigo? É isso mesmo...? Eu não vou aceitar perder você! Eu já pedi desculpas, por favor não faz isso comigo...? Eu prometo ser mais paciente mas não me deixa meu amor...? Não me deixa? — Pede com a voz mansa se aproximando de mim com cautela e acaricia o meu rosto.

— Eu não quero terminar Joshua, mas você precisa ser mais paciente comigo... Você prometeu. — O encaro apreensiva mas ele me puxa para os seus braços me beijando com calma, mas logo o seu beijo volta a se tornar urgente.

— Tenta me entender também loirinha...? Eu sou homem e é difícil resistir, você é muito gostosa... Eu estou louco para sentir você, mas vou tentar ser mais paciente, ok...? Me desculpa? — Diz entre os beijos abraçando o meu corpo me prendendo a ele. Ouço batidas na porta seguida pela voz de Allan.

— Srta. Colliman abre a porta...! Eu sei que ainda está aí dentro, está tudo bem? — Pergunta ainda batendo na porta e eu empurro Joshua de volta para dentro da cabine.

— Sim! Está tudo bem, já vou sair. — Aperto a descarga para dar a entender que estava mesmo usando o banheiro. — E você não saia daqui agora! Espera um pouco porque ele vai vigiar para saber se tinha mais alguém aqui... Nos vemos na sala. — Aviso já fechando a porta da cabine mas ele me puxa me roubando um beijo rápido, mas me apresso para sair do banheiro.

Saio do mesmo me apressando para chegar na sala e assim Allan vir logo atrás de mim, e assim Joshua não fica preso no banheiro por muito tempo.

Assim que entro na sala Ashley entra logo atrás com a mão na barriga fingindo estar um pouco melhor, nos sentamos nos nossos lugares e Allan me encara desconfiado antes de sair da sala. Mas que merda! Isso está a cada dia mais difícil!

— Caramba amiga, que homem mais difícil esse seu segurança... A gente não vai mais conseguir enganá-lo por muito mais tempo, ele já está desconfiando que estou te ajudando a se encontrar com alguém... Por falar em alguém, como foi lá com o seu bonitão? Matou a saudade...? Porque está com essa cara? Aconteceu alguma coisa? — Ela sorrir ao falar de Allan mas me encara preocupada.

— Estou preocupada amiga, Joshua está a cada dia mais impaciente comigo... Ele tentou me forçar a ficar com ele e isso me assustou, eu nunca tinha o visto tão descontrolado daquele jeito... Ele quer transar de qualquer jeito mas eu ainda não me sinto pronta para ele... Eu o amo mas... — Conto angustiada e ela me encara preocupada.

— Aquele cretino fez o quê...? Eu vou arrancar as bolas daquele filho da p... — Pergunta ela irritada mas a interrompo.

— Fala baixo Ashley! Caramba você quer que o Allan te ouça? — Tampo a sua boca mas logo tiro a minha mão.

— Não estou acreditando que ele foi capaz de fazer isso com você amiga, que cretino...! Ele te machucou? Você está bem? — Ela ainda me encara com um olhar de preocupação e eu respiro fundo.

— Sim eu estou bem, mas não sei até quando vou conseguir me esquivar dele, Joshua prometeu ser mais paciente mas sinceramente, não estou confiando nisso, ele conseguiu me assustar com a reação dele. — A encaro pensativa e ela me abraça me confortando, mas logo me solta me encarando apreensiva.

— Você tem certeza que você o ama de verdade, Clara...? Amiga vocês já estão juntos a quase um ano e até agora você não está preparada para ele, eu sei que nada justifica o que ele fez, mas... Você realmente o ama ou está apenas encantada por ele ser o capitão do time de futebol? Ele é lindo, um sonho de homem, mas as vezes é bastante imaturo. — Me questiona me encarando atenta, me deixando pensativa com as suas perguntas.

— Mas é claro que eu... A gente conversa melhor depois. — Evito encará-la e vejo Joshua entrar na sala. Mudo de assunto para ele não nos ouvir.

Ela o encara séria e ele percebe, mas dá de ombros indo se sentar no seu lugar no fundo da sala. O professor de literatura entra na sala dando início a sua aula, mas não consigo prestar atenção em nada depois das perguntas que Ashley me fez, será que o que eu sinto por ele é mesmo amor? As perguntas da minha amiga não são de um todo sem sentido, mas sei que o amo, dos três namorados que já tive ele foi o único com quem eu estou a mais tempo, ele foi o único com coragem para enfrentar o meu pai e pediu para namorarmos, ele é carinhoso comigo e faz de tudo para me agradar, ele é realmente um sonho de homem então sim, acho que o amo de verdade.

O sinal toca anunciando o fim da aula e eu pego as minhas coisas para sair da sala, encaro Joshua e ele está sério com os seus olhos presos em mim, ele parece estranho então apenas saio da sala e Ashley vem logo atrás. Seguimos pelo corredor em direção a saída e Allan está bem atrás de mim atento a tudo, Ashley tenta mais uma vez me convencer a ir na festa de hoje com ela, mas não estou no clima para isso, então apenas digo que não vai dar. Ela me encara frustrada mas aceita a minha decisão de não irritar o meu pai hoje, pois sei que ele não vai me deixar sair.

Me despeço da minha amiga e entro no carro parado na entrada da faculdade, meu pai fez questão de colocar um motorista para me trazer e me buscar só para eu não aceitar corada de nenhum dos meus "amigos" como ele mesmo diz, tudo isso é ridículo mas o que eu posso fazer com um pai tão ciumento como o meu?

Desde pequena meu pai é muito controlador e me trata como se eu nunca tivesse saído dos meus sete anos, onde quer que eu vá tenho que ter pelo menos um segurança na minha cola, ou eu não posso sair de casa. Meu pai e meu padrinho estão levando ao pé da letra aquela história de só me deixar namorar depois dos trinta anos, nem trabalhar ele não quer me deixar e isso já está me irritando, eu até sugeri entrar de vez em um convento já que meu pai me trata como se eu fosse uma freira, só está faltando ele colocar um sinto de castidade em mim. Fala sério!

Chego em casa e passo direto pela sala subindo correndo para o meu quarto, escuto alguém me chamar mas não dou atenção, eu preciso ficar sozinha um pouco e colocar os meus pensamentos em ordem, aquela situação de hoje com Joshua ainda está martelando na minha cabeça e está me deixando confusa.

Entro no meu quarto e jogo a minha bolsa sobre a cama, tiro a minha roupa e vou para o banheiro tomar um banho mas sinto um aperto no peito, uma angústia que está me incomodando e eu não sei o porquê.

Termino o meu banho e visto um roupão voltando para o meu quarto, assim que saio do banheiro vejo minha mãe sentada na minha cama pensativa, e assim que me vê me encara preocupada.

— Está tudo bem filha? Aconteceu alguma coisa...? Você nem me ouviu quando eu te chamei, parecia tão aérea, eu diria até mesmo triste. — Pergunta me estendendo a mão para eu me sentar ao seu lado, e assim eu faço.

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