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A Perfeita Babá Vol. 2

A Perfeita Babá Vol. 2

5.0
33 Capítulo
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Sinopse

Índice

Já passava das seis horas da tarde quando cheguei em casa. Tirei minhas botas e as atirei pela sala, me jogando com tudo no sofá. Depois da faculdade, passei o dia fora procurando emprego, mas encontrar alguma coisa estava mais difícil que nunca. Estava frustrada, minha cabeça doía e eu andava mais cansada que o normal.

Capítulo 1 Capitulo 1

Já passava das seis horas da tarde quando cheguei em casa. Tirei minhas botas e as atirei pela sala, me jogando com tudo no sofá. Depois da faculdade, passei o dia fora procurando emprego, mas encontrar alguma coisa estava mais difícil que nunca. Estava frustrada, minha cabeça doía e eu andava mais cansada que o normal.

As últimas quatro semanas não haviam sido fáceis. Desde que tudo aconteceu, eu nunca mais havia visto ou me encontrado com Oliver, as coisas que ficava sabendo sobre ele eram através da internet ou da televisão. A maiorias das notícias sempre o mostravam em festas badaladas, com belas mulheres ao seu lado e bebidas alcoólicas.

Aquilo partia o meu coração, mas eu não o julgava. Para ele, eu o havia traído e ir para festas e sair com outras mulheres era a sua forma de mostrar que ele estava bem e pronto para continuar. E eu queria que ele continuasse. Queria vê-lo bem.

Denise havia cumprido a sua parte no trato e deixado Oliver em paz

com os filhos, e eu sabia que agora ela só deveria estar aguardando o momento mais oportuno para dar o bote e tentar reconquistá-lo.

Eu me remexi no sofá e algumas lágrimas começaram a correr por meu rosto. Ultimamente eu vinha chorando mais que o normal e nem me lembrava da última vez que havia sorrido. Além de sentir uma saudade absurda de Oliver, eu também sentia falta do meu emprego como babá na sua casa e principalmente de Estevan e de Elena. Com tudo que havia acontecido, eu sequer consegui me despedir deles. Também tinha a dona Ana, que havia se tornado uma grande amiga, mas que agora também devia estar completamente decepcionada comigo. Para piorar, eu já estava começando a aceitar que a minha amizade com

Vanessa havia chegado ao fim. Nós nunca mais havíamos nos falado e, quando nos encontrávamos na faculdade, ela baixava a cabeça e evitava fazer contato visual comigo. Ryan também havia sumido. Vez ou outra o via fazendo suas rondas pelo bairro, mas depois de tê-lo usado daquela forma, duvidava muito que ele fosse querer falar comigo.

Eu estava sozinha e sem dinheiro. As datas de pagamento da mensalidade da faculdade e do aluguel da casa estavam se aproximando e mesmo se por algum milagre eu conseguisse encontrar um emprego, duvidava muito que sobraria dinheiro para cobrir as despesas da casa.

Criei forças e me levantei do sofá, indo até o meu quarto. Parei em frente ao espelho e me despi. Era incrível como eu havia perdido peso nos últimos dias.

Fui para o banheiro e tomei um banho rápido, me vesti e fui para a cama. Não havia jantado, mas também não estava com fome. Peguei a aliança de Oliver, que estava guardada no meu porta-joias e a apertei firme em minha mão. Comecei a chorar e, em meio a soluços, acabei pegando no sono.

Havia surgido uma vaga de camareira em um hotel cinco estrelas e no dia seguinte eu iria até lá. De qualquer forma, eu ainda estava viva e precisa lutar para permanecer assim.

CAPÍTULO 2 – OLIVER

— Eu sinto muito pelo que aconteceu, Oliver. Nunca imaginei que a Sofia pudesse ser tão falsa! Não consigo acreditar que deixei me enganar por ela! — Estella me dizia, indignada.

— Nem eu — eu disse, dando um longo gole no meu drinque.

— Como você está, Oli? Eu sei que é chato falar sobre isso, mas...

— Eu estou bem, Estella, é sério, não precisa se preocupar comigo — disse ríspido e acho que ela percebeu que eu não estava muito à vontade para falar sobre aquele assunto.

— Tudo bem, então — ela disse dando de ombros. — Vou buscar mais um drinque. Quer um? —Apenas confirmei com a cabeça, enquanto ela se levantava da mesa.

Olhei para o salão e vi que havia vários casais dançando. Estella com certeza sabia dar uma festa melhor do que qualquer outra pessoa:

— Oliver Beaumont? — Uma moça perguntou, se aproximando da

mesa.

— Sim? — A encarei.

— Não acredito que finalmente estou te conhecendo! — ela disse,

animada. — Eu sou Diana, acabei de me formar em Direito e devo confessar que o seu trabalho foi a minha grande inspiração.

— Fico lisonjeado, Diana.

— Se não se importar, gostaria de saber mais sobre o seu trabalho, acho que o senhor pode me ensinar muitas coisas.

Eu sabia que Diana estava flertando comigo, pela forma sedutora como me olhava. Ela vestia um vestido preto, bem justo ao corpo, tinha pele branca, cabelos ruivos e seus olhos verdes davam a ela um ar bastante sexy.

— Então, por que não começamos nossas aulas hoje? — A encarei,

terminando de beber meu drinque.

— Eu adoraria, senhor Beaumont.

Levei Diana para um dos hotéis mais luxuosos do Rio, reservei uma suíte para nós dois e, depois de tomarmos uma garrafa de champanhe, acabamos transando.

Depois do sexo, ela ficou falando um monte de coisas no meu ouvido, mas eu não prestei atenção às suas palavras, meus pensamentos estavam longe. Estavam em outra pessoa.

Depois que ela pegou no sono, saí da cama e fiquei andando pelo quarto. Apanhei uma cerveja no frigobar e me sentei em uma poltrona, no canto do quarto.

Dei o primeiro gole e. quando encarei a moça nua na cama, senti uma repulsa enorme crescer dentro de mim. A quem eu estava querendo enganar? Mesmo depois de tudo, eu simplesmente não conseguia parar de pensar em Sofia. Pensei que infinitas noites de sexo e álcool fossem o suficiente para me fazer esquecê-la, mas eu já não acreditava mais nisso. E, olhando para aquela cama, desejei que fosse Sofia ali.

Eu ia para a cama com outras mulheres, não só para esquecer Sofia, mas para dar a ela a oportunidade de experimentar a sensação de estar sendo traída. Eu não deveria me sentir mal, afinal eu não tinha sido infiel a ela, mas quando fazia aquilo eu me sentia o maior cafajeste do mundo, tinha nojo de mim.

Terminei a cerveja e uma vontade enorme de chorar me invadiu. Não tentei evitar, apenas chorei baixinho, ali, nas sombras daquele quarto. Apesar de não haver perdão para o que Sofia havia feito comigo, eu não conseguia deixar de amá-la.

Mas ela estava com Ryan e, mesmo que eu quisesse tentar reconquistá- la, sabia que o que quer que existiu entre nós dois estava abalado demais para ser recuperado. A verdade é que por mais que fosse difícil, eu precisava colocar na cabeça que a havia perdido:

— Por que eu ainda te amo tanto? — sussurrei para mim mesmo.

Meu coração estava angustiado e era como se a vida tivesse perdido todo o sentido. Lembro que depois que Denise me deixou, eu havia me entregado à farra e à bebida. Sofia havia conseguido me libertar daquela vida vazia e escura, e agora tudo estava se repetindo do mesmo jeito. A diferença, é que desta vez, duvidava muito que existisse alguém que pudesse me resgatar daquela vida. Eu nunca mais amaria alguém como havia amado Sofia. Durante um bom tempo, aquela mulher havia sido a razão do meu sorriso e da minha felicidade, cheguei até a cogitar a ideia de me casar e formar uma família com ela, mas agora tudo isso não passava de pensamentos. Coisas absurdas, do tipo que você sabe que são impossíveis de acontecer.

No dia seguinte, acordei por volta de umas sete e quinze da manhã, me arrumei e deixei um bilhete para Diana, agradecendo-lhe pela noite incrível e deixando bem claro que eu não estava à procura de um relacionamento sério. Enquanto escrevia, tentei ser o mais delicado possível, apesar de eu não estar na minha melhor fase, não era ela a culpada por eu estar daquele jeito.

Deixei o quarto antes que ela acordasse. Era mais fácil para elas entenderem quando acordavam e não nos viam por ali.

Peguei o elevador, cheguei ao saguão e, enquanto cruzava o salão para ir embora, avistei Sofia conversando com a recepcionista do hotel. Naquele momento fiquei completamente sem reação, não esperava encontrá-la ali:

— Você ter certeza disso? — ela perguntava à recepcionista.

— Eu sinto muito, a vaga de camareira foi preenchida hoje cedo.

— É que eu estava precisando muito desse emprego, entende? Além da minha faculdade, tem o aluguel da casa onde eu moro, além de todas as outras despesas! — Sofia dizia, desesperada. — Será que se você falar com a gerente, ela não pode conseguir alguma coisa para mim? — Mesmo a certa distância, percebi que ela estava mais magra que o normal, além de parecer estar exausta.

— Sinto muito, senhorita.

— Obrigada. — Sofia lhe lançou um sorriso fraco e saiu do hotel.

Corri até a rua e vi quando ela entrou em um ônibus. Pela conversa com

a recepcionista e o desespero que Sofia demonstrou, percebi que a situação financeira dela não estava boa. Depois que terminamos, acertei suas contas, não era muito dinheiro, mas pensei que ela pudesse viver tranquila com ele por um tempo.

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