Estava grávida de sete meses, plena de felicidade na festa da minha sogra em Lisboa. Meu marido Miguel, no centro das atenções, com a irmã Sofia sempre agarrada a ele. As indiretas de Helena, minha sogra, já eram rotina. De repente, fumo e gritos: "Fogo!" O pânico irrompeu. Miguel correu na minha direção, mas parou. A voz forçada de Sofia veio do andar de cima: "Miguel! Ajuda-me! Estou presa!" Mesmo com o meu apelo desesperado, "Miguel! Estou aqui, grávida!", ele fez a sua escolha brutal. "A Sofia tem asma. Ela não sobrevive," ele disse, abandonando-me no incêndio para a salvar. Acordei no hospital, barriga vazia. O bebé partiu. Miguel fingiu preocupação, depois celebrou: "Sofia está bem, coitada." Helena e Sofia vieram, não para consolar, mas para me taxar de "egoísta" por querer o divórcio. Exigiam que aceitasse a escolha dele, ignorando a vida do meu filho. Como pude ser abandonada e culpada pela morte do meu filho? A vida do nosso bebé valia menos que a "fragilidade" encenada de Sofia? Por que ela o chamou, se havia uma saída livre? A dor transformou-se em fúria gelada: isto não foi um acidente. Um bombeiro revelou: Sofia não estava presa, podia ter saído por uma escada sem fumo. A "fragilidade" era uma arma cruel de manipulação. No tablet de Miguel, encontrei provas: um "pacto" traiçoeiro. Contactei a advogada. O meu coração gelou. A guerra tinha acabado de começar.