Sempre sonhei com o cheiro de café torrado e terra molhada, o aroma da Fazenda Mendes, minha herança. Meu pai, um homem de trabalho, me anunciou o maior negócio da história da nossa fazenda. Mas, em um almoço de família planejado por ele, com meu noivo Pedro, que sorria para fotos mas não para mim, e minha melhor amiga Camila, que apertou minha mão de um jeito que me arrepiou, tudo começou a desmoronar. Então, Lucas Costa, meu arqui-inimigo da soja, apareceu, com seu sorriso zombeteiro, e o clima que já era tenso piorou. Logo depois, meu assistente ligou: o acordo que levei meses para fechar, meu grande projeto, tinha sido roubado por uma oferta "melhor" de um concorrente local. Eu senti o peso do fracasso. Pedro, meu noivo, tirava selfies enquanto eu desmoronava. Camila, "minha amiga", sussurrando veneno sobre eu não ser "nascida para os negócios", enquanto me abraçava para "consolar". A humilhação era profunda, e eu sabia que algo terrível estava acontecendo. Pedro me mandou uma mensagem: "Preciso falar com você. Uma coisa séria." Naquela noite, meu mundo virou de cabeça para baixo quando ele olhou para mim com tédio e disse que queria terminar. O golpe final veio: "A Camila está grávida." Minha melhor amiga, meu noivo. A traição em sua forma mais cruel e completa me deixou sem ar. Mas o que me gelou foi o convite para a festa de noivado deles, para eu "mostrar que não há ressentimentos". Eles esperavam minhas lágrimas, meu escândalo, minha derrota. Mas eu não ia dar esse gostinho a eles. Levantei-me, respirei fundo, e um sorriso frio se formou em meus lábios. "Claro, Pedro. Por que não? Adoraria ir à sua festa."