Naquela tarde, no luxuoso jardim da mansão, eu, Sofia, a primeira e mais antiga companheira de Lucas, tomava chá com as outras seis mulheres, as "Sete Estrelas" dele, em um cenário de aparente paz e opulência. O sol dourado banhava as rosas brancas, e o sussurro da fonte de pedra criava uma melodia suave, enquanto observávamos o império secreto que construímos sob a sombra daquele magnata. Então, o carro esportivo de Lucas rasgou o silêncio, e ele entrou no jardim, descaradamente de braços dados com Clara, a nova sensação da internet e sua mais nova paixão, sem sequer nos dirigir um olhar. "Meninas," ele anunciou com arrogância, "esta é Clara. A partir de hoje, ela vai morar aqui conosco e espero que a tratem tão bem quanto me tratam. Ela é a mulher que eu amo de verdade." A exigência humilhante pairou no ar, e o sorriso vitorioso e desdenhoso de Clara nos queimava, como se fôssemos empregadas. A fúria borbulhava sob nossa calma aparente, mas eu a contive, pois essa não era uma batalha de gritos, mas de movimentos calculados. Com uma calma que desmentia a tempestade em meu interior, olhei para minhas seis irmãs, e um sinal sutil foi trocado, imperceptível para ele, mas claro para nós. "Claro, Lucas," eu disse suavemente. Nós sete nos levantamos em uníssono, um exército leal, não olhando para ele, nem para ela, mas umas para as outras. "Acho que nosso chá acabou," a Segunda declarou. "Vamos fazer as malas," eu anunciei, minha voz clara e firme, o início de anos de um plano meticuloso agora em plena execução. Sim, a vingança que eu, Sofia, havia planejado desde que renasci com as memórias da traição e da dor de minha vida passada, estava prestes a começar, e ele não tinha a menor ideia do que o atingiria.