O aniversário da minha mãe deveria ser um dia de pura alegria, com a casa cheia do cheiro de comida e da nossa risada, uma foto abraçadas que transbordava calor e felicidade. Mas a celebração virou um pesadelo quando a Júlia, minha colega de quarto, transformou nossa doce imagem em um poço de calúnias online, insinuando um relacionamento "nojento" e "anormal", uma vergonha para todas as mulheres. Em segundos, fui de filha feliz a alvo de ódio público: comentários grotescos incharam a internet, acusando-me de ser estranha e doentia, me tornando a vilã de uma história que ela inventou com provas falsas. Como pude ser tão ingênua? Como alguém poderia distorcer a pureza do amor maternal em algo tão vil, e por quê? A raiva e a náusea me consumiam, sentindo-me encurralada e humilhada pela injustiça. Mas o sorriso presunçoso dela me deu a certeza: se ela queria guerra, guerra teria, e eu usaria a lei para provar a verdade, começando com um telefonema ao meu tio advogado.