No Porto, eu era Liana, a mulher do poderoso produtor de vinhos Diogo Santos, tratada por ele como uma princesa. A nossa vida parecia um conto de fadas, invejada por todos – mas eu sentia-me presa numa gaiola dourada. Há uma semana, um vídeo anónimo rasgou o véu: Diogo, na sua adega, beijava apaixonadamente a sua sommelier, Sofia. O meu mundo perfeito desmoronou. A traição era profunda. Eu ouvi-o sussurrar a Sofia que eu era "apenas a Sra. Santos, uma fachada". Ela, grávida do filho dele, provocava-me com as nossas joias iguais. A dor atingiu o clímax num brutal acidente de iate no Douro, onde Diogo a protegeu a ela, não a mim, nem ao nosso bebé. Sofri um aborto devastador. Como podia ele, o "marido do século" , ser tão cruel? A sua pública devoção era uma farsa, um teatro para me prender. A perda do meu filho, sacrificado pela sua duplicidade, deixou um vazio que nenhuma mentira podia preencher. No aeroporto, no meu voo para a liberdade, o ouvi declarar publicamente que eu era "apenas um erro". Assinei os papéis do divórcio. Naquele instante, a minha nova vida começava. Eu iria reconstruir-me longe, mas a sua obsessão não me deixaria em paz.