O meu irmão, Miguel, morreu no seu 18º aniversário. A polícia disse que foi um acidente, mas o meu mundo desabou de vez no funeral. Enquanto a minha mãe chorava e o meu pai envelhecia, vi o meu noivo, Pedro. Ele não estava a consolar-me, mas sim à sua irmã, Sofia, que se lamentava pelo Miguel. Perguntei a Pedro onde ele estava na noite do acidente, e a hesitação dele confirmou as minhas suspeitas. Ele sabia. E não só isso, eu descobri a terrível verdade: o condutor bêbado, Tiago, era primo dele! A sua família, os influentes Almeida, tentaram encobrir tudo, subornar-me. Os meus próprios pais, esmagados pelo poder deles, pediram-me para desistir. Como podiam fazer-me isto? Todos sabiam e me deixaram na ignorância e na dor. Como se atreviam a falar de "acidente" quando era uma vida brutalmente roubada? A raiva consumiu-me e o noivado acabou. Mas não importa o que eles digam ou façam. Eu não aceitaria o dinheiro do silêncio. Miguel não merecia ser esquecido. Eles não só mataram o meu irmão, como tentaram enterrar a verdade comigo. Vingança. Justiça será feita para o meu irmão. A qualquer custo.