Na noite em que fui dispensada do hospital, com o meu recém-nascido nos braços, a chuva caía incessantemente, como se o céu chorasse comigo. Meu filho, Tiago, acabava de nascer. Mas eu tinha enfrentado o trabalho de parto, as decisões cruéis e a cesariana de emergência, completamente sozinha. O meu marido, Diogo, não estava lá. Ele tinha escolhido ir socorrer a ex-namorada, Sofia, que estava com uma "febre". Quando ele finalmente chegou, horas depois, o cheiro do perfume dela ainda pairava sobre ele, sufocando-me mais do que a dor física. Decidi que era o fim. Mas ao invés de aceitar a minha decisão, ele e a sua família, os Patterson, declararam guerra. A minha sogra, Teresa, ligou, furiosa, chamando-me de "egoísta" e "infantil" por não aceitar a traição do filho. Eles queriam a custódia do meu filho. E eles têm dinheiro e poder para lutar. Como é que se pode abandonar a própria esposa no momento mais vulnerável, para ir ter com uma ex-namorada? E como é que a família dele ousa dizer que eu sou a errada nesta história? Que tipo de pessoa faria de tudo para me virar contra o meu próprio filho? Eu não ia permitir. Não por mim, mas pelo Tiago. Eu ia provar quem eles realmente eram e lutar por cada pedacinho da minha dignidade. A guerra pela custódia estava apenas a começar.