O médico disse que eu precisava de um transplante de rim. O meu marido, Pedro, jurou que me daria o seu, prometendo: "Não te preocupes, meu amor. Eu dou-te o meu. Somos compatíveis." Senti esperança. Mas no dia da cirurgia, quando eu estava pronta para ser levada para a sala de operações, a sua "frágil" irmã, Sofia, ligou com uma suposta emergência. Pedro correu para ela, deixando-me para trás com a promessa de voltar, que nunca cumpriu. A cirurgia foi adiada, e na solidão do quarto, o meu telefone tocou: era ele, a desculpar-se e a dizer que não podia vir, pois Sofia estava com febre. Eu sabia que a família dele sempre a colocava acima de tudo, mas desta vez, a escolha dele custou-me muito mais. Eu obtive um rim de um dador da lista de espera nacional, e a cirurgia foi um sucesso sem ele. Quando Pedro apareceu, indignado pela minha "ausência", confrontei-o: "Tu estavas ocupado. E eu sou a tua mulher. Eu estava a precisar de um rim." A indignação transformou-se em determinação: "Pedro, eu quero o divórcio." Ele, a mãe e a irmã dele não aceitaram, enchendo a minha vida de assédio, mensagens, e até usando o nosso filho, Leo, para me manipular. Por que me abandonou no momento mais vulnerável e agora não me deixa ir? Será que havia algo mais por trás daquela "emergência" e da fragilidade de Sofia? Eu não aguentava mais. Aquele dia no hospital tinha que ser o ponto de viragem. Estava na hora de lutar pela minha liberdade e pela paz do meu filho!