Entre silêncios e desejos: O romance proibido com o melhor amigo do meu irmão

O táxi parou em frente à casa de tijolos vermelhos em Forest Hills Gardens . Lana Smith respirou fundo, sentindo o ar de Nova York encher seus pulmões depois de tanto tempo longe. Sete anos. Sete longos anos desde que deixara tudo para trás para perseguir seu sonho na Itália. E agora, aos 22 anos, estava de volta, não mais como a adolescente insegura que partira, mas como uma mulher formada, com experiência internacional e um portfólio invejável de designer de interiores.

O motorista retirou suas malas do porta-malas enquanto ela observava a fachada familiar. A casa de seu irmão Josh não havia mudado muito – algumas plantas novas no jardim da frente, uma pintura mais recente nas janelas, mas a essência permanecia a mesma. Era estranho estar ali novamente, com tantas memórias impregnadas em cada centímetro daquele lugar.

"Obrigada," ela disse ao motorista, entregando-lhe uma gorjeta generosa antes de pegar suas malas. Seu coração batia acelerado, não apenas pelo reencontro com o irmão, mas pela possibilidade que pairava no ar como eletricidade antes de uma tempestade.

Ethan.

O nome ecoou em sua mente como sempre fazia quando baixava a guarda. Ethan Wang. O melhor amigo de seu irmão. O homem que, sem saber, havia sido o protagonista de suas fantasias adolescentes mais intensas. O homem que, segundo Josh, viria jantar esta noite para celebrar seu retorno.

Lana subiu os degraus da entrada, ajeitando o vestido de seda verde-esmeralda que escolhera cuidadosamente para a viagem. O tecido fluido abraçava suas curvas de forma sutil, mas inegavelmente sensual – muito diferente das roupas largas e infantis que usava quando partira. Suas mãos tremeram levemente ao tocar a campainha, um misto de ansiedade e expectativa percorrendo seu corpo.

A porta se abriu quase imediatamente, revelando Josh com seu sorriso largo e familiar.

"Lana!" Ele exclamou, envolvendo-a em um abraço apertado que a ergueu do chão. "Meu Deus, olhe para você! A Itália te transformou completamente!"

Ela riu, sentindo o carinho fraternal que tanto sentira falta. "Também senti sua falta, seu idiota."

Josh pegou suas malas e a conduziu para dentro. A casa estava mais moderna do que se lembrava – claramente, seu irmão havia investido em algumas reformas desde que assumira o imóvel após a mudança dos pais para a Flórida.

"Seu quarto está pronto. O mesmo de antes, mas dei uma atualizada. Espero que goste," ele comentou, subindo as escadas com as malas.

Lana o seguiu, seus olhos inconscientemente desviando para o quarto de hóspedes no final do corredor. Quantas vezes ela havia espiado dali, vendo Ethan sair do banho com apenas uma toalha na cintura após os jogos de basquete com Josh? A lembrança fez seu rosto esquentar.

"Então," Josh começou, colocando as malas sobre a cama recém-arrumada, "como foi o voo?"

"Longo," ela respondeu distraidamente, seus pensamentos ainda presos nas memórias. "Josh, você... você mencionou que Ethan viria hoje?"

Seu irmão ergueu uma sobrancelha, um sorriso malicioso se formando em seus lábios. "Sim, ele vem para o jantar. Por quê? Ainda tem aquela paixonite por ele?"

Lana sentiu o rubor subir pelo pescoço até as bochechas. "Não seja ridículo. Isso foi há muito tempo. Eu era apenas uma adolescente."

"Claro," Josh riu, claramente não acreditando nela. "Bem, ele deve chegar em algumas horas. Está ansioso para te ver, sabia? Perguntou sobre você várias vezes ao longo dos anos."

O coração de Lana deu um salto. "Mesmo?"

"Mmm-hmm," Josh murmurou, dirigindo-se à porta. "Vou deixar você se acomodar. Tome um banho, descanse um pouco. O jantar será às oito."

Quando ficou sozinha, Lana sentou-se na beira da cama, deixando as emoções que mantivera sob controle durante a viagem finalmente emergirem. Ethan havia perguntado sobre ela. Ele se lembrava dela. A ideia fez seu estômago dar voltas de uma maneira que não sentia desde... bem, desde a última vez que o vira.

Ela caminhou até a janela, observando a rua familiar abaixo. Sua mente vagou para sete anos atrás, para aquela tarde quente de verão quando tinha apenas 15 anos. O dia do jogo de futebol, quando voltara para casa ainda usando o uniforme de líder de torcida, suado e colado ao seu corpo adolescente. Ethan estava lá, na cozinha com Josh, e o olhar que ele lhe lançara... Aquele olhar havia alimentado suas fantasias por anos.

Com um suspiro, Lana abriu uma das malas e retirou seus produtos de higiene pessoal. Um banho quente ajudaria a acalmar seus nervos. Enquanto se dirigia ao banheiro, não pôde deixar de pensar em como seria rever Ethan agora, como adulta. Ele ainda teria aqueles olhos penetrantes? Ainda teria aquele sorriso torto que fazia seu coração acelerar?

O banheiro era exatamente como se lembrava, exceto por alguns detalhes modernizados. Lana ligou o chuveiro e deixou o vapor preencher o ambiente enquanto se despia lentamente. Diante do espelho embaçado, observou seu reflexo – os seios firmes, a cintura definida, as coxas tonificadas. Seu corpo havia mudado tanto quanto sua mente nos últimos anos. Não era mais a menina que Ethan conhecera, mas uma mulher confiante e experiente.

Sob a água quente, permitiu-se fantasiar sobre o reencontro. Como seria sentir aqueles olhos sobre ela novamente, agora que não havia mais o tabu da idade? Agora que ela tinha experiência suficiente para saber exatamente o que queria e como consegui-lo?

Após o banho, Lana secou-se meticulosamente e envolveu-se em um roupão macio. De volta ao quarto, abriu a segunda mala, onde guardara suas roupas mais especiais. Seus dedos deslizaram pelo tecido de vários vestidos até encontrar o que procurava – um vestido preto justo, com um decote que insinuava sem revelar demais. Perfeito para um jantar casual que não tinha nada de casual para ela.

Enquanto se arrumava, o sol começou a se pôr, lançando um brilho dourado através da janela. Lana aplicou maquiagem com precisão – sutil, mas suficiente para destacar seus olhos verdes e lábios carnudos. Seu cabelo castanho-escuro, agora mais longo do que na adolescência, caía em ondas suaves sobre seus ombros.

O som da campainha a fez congelar, o coração disparando instantaneamente. Ela olhou para o relógio – ainda faltava uma hora para o horário combinado. Só poderia ser ele.

"Lana!" A voz de Josh ecoou pelo corredor. "Pode descer? Ethan chegou mais cedo!"

Ela fechou os olhos por um momento, tentando controlar a respiração. Sete anos de fantasias, desejos reprimidos e sonhos noturnos culminavam neste momento. Com uma última olhada no espelho, Lana ajeitou o vestido e caminhou para a porta.

O corredor nunca pareceu tão longo enquanto ela se dirigia à escada. Cada passo a aproximava do homem que, sem saber, havia moldado sua visão de desejo durante toda a adolescência. Seus dedos deslizaram pelo corrimão enquanto descia lentamente, ouvindo as vozes masculinas que vinham da sala de estar.

E então, ao chegar ao último degrau, ela o viu.

Ethan Wang estava de costas para ela, conversando animadamente com Josh. Mais alto do que se lembrava, seus ombros mais largos preenchendo impecavelmente a blusa de linho azul-marinho dobrada até o cotovelo. Seu cabelo negro estava mais curto nas laterais, mas ainda mantinha aquele estilo levemente bagunçado no topo que ela sempre achara irresistível.

Como se sentisse sua presença, Ethan virou-se lentamente. Seus olhos, aqueles mesmos olhos escuros e intensos que povoavam seus sonhos, encontraram os dela. Por um momento, o tempo pareceu congelar. Lana viu o reconhecimento em seu olhar, seguido por algo mais – surpresa, admiração e, se não estava enganada, um lampejo de desejo rapidamente suprimido.

"Lana," ele disse, sua voz mais grave do que ela se lembrava, enviando arrepios por sua espinha. "É bom te ver novamente."

Ela desceu o último degrau, sentindo o peso de seu olhar em cada movimento. "Olá, Ethan. Quanto tempo."

Josh observava a interação com um sorriso divertido. "Vou buscar algumas bebidas. Vocês dois têm muito o que colocar em dia."

Quando Josh saiu, um silêncio carregado preencheu o espaço entre eles. Ethan deu um passo à frente, diminuindo a distância.

"Você mudou," ele comentou, seus olhos percorrendo-a de cima a baixo de uma maneira que fez seu corpo esquentar.

"Sete anos é tempo suficiente para isso," ela respondeu, orgulhosa por sua voz não trair o turbilhão de emoções que sentia.

"Sim, é," ele concordou, um sorriso lento se formando em seus lábios. "A Itália te fez bem."

Lana sentiu o poder da atração entre eles, tão palpável quanto o ar que respiravam. Não era mais uma fantasia adolescente – era real, elétrico e perigoso. E pela maneira como Ethan a olhava, como se estivesse vendo-a pela primeira vez, ela sabia que não estava sozinha nessa sensação.

"Josh me contou sobre seu sucesso," Ethan continuou, indicando o sofá para que se sentassem. "Design de interiores na Itália. Impressionante."

Ela sorriu, sentando-se a uma distância segura dele. "E você? Wang & Co. é um nome respeitado agora. Devo dizer que não estou surpresa."

"Não?" Ele ergueu uma sobrancelha, aquele mesmo gesto que costumava fazer quando estava intrigado.

"Você sempre foi talentoso," ela respondeu, sustentando seu olhar. "E determinado."

Algo passou pelos olhos dele – uma sombra de reconhecimento, talvez. Como se ele estivesse se perguntando quanto ela realmente sabia sobre ele, quanto havia observado durante aqueles anos de adolescência.

Josh retornou com três taças de vinho, interrompendo o momento. "Um brinde ao retorno da minha irmãzinha," ele propôs, entregando as taças.

"Não tão pequena agora," Ethan comentou baixinho, seus olhos nunca deixando os dela enquanto erguia a taça.

O vinho desceu quente pela garganta de Lana, mas não tão quente quanto o olhar que Ethan lhe lançava por cima da borda de sua própria taça. Ela sabia, naquele instante, que os próximos dias seriam um teste para seu autocontrole – e para o dele.

Porque se havia uma coisa que Lana Smith aprendera em seus anos na Itália, era que algumas paixões nunca morrem realmente. Elas apenas amadurecem, como um bom vinho, tornando-se mais intensas, mais complexas e infinitamente mais embriagadoras com o tempo.

E enquanto a noite apenas começava, uma certeza se formava em sua mente: desta vez, ela não seria apenas uma adolescente espiando pelo corredor. Desta vez, ela estava pronta para transformar suas fantasias em realidade.