Amor, Mentiras e uma Vasectomia
Grávida de oito meses, eu achava que meu marido, Davi, e eu tínhamos tudo - uma casa perfeita, um casamento cheio de amor e nosso filho milagroso a caminho.
Então, enquanto arrumava o escritório dele, encontrei seu certificado de vasectomia. A data era de um ano atrás, muito antes de sequer começarmos a tentar.
Confusa e em pânico, corri para o escritório dele, apenas para ouvir risadas atrás da porta. Eram Davi e seu melhor amigo, Eduardo.
"Não acredito que ela ainda não sacou", Eduardo riu. "Ela anda por aí com aquele barrigão, brilhando como se fosse uma santa."
A voz do meu marido, a mesma que sussurrava palavras de amor para mim todas as noites, estava cheia de desprezo. "Paciência, meu amigo. Quanto maior a barriga dela fica, maior a queda, e maior a minha recompensa."
Ele disse que nosso casamento inteiro era um jogo cruel para me destruir, tudo por causa de sua preciosa irmã adotiva, Elisa.
Eles estavam até fazendo uma aposta sobre quem era o verdadeiro pai do filho.
"Então, a aposta ainda está de pé?", perguntou Eduardo. "Meu dinheiro ainda está em mim."
Meu bebê era um troféu na competição doentia deles. O meu mundo desabou. O amor que eu sentia, a família que eu estava construindo - era tudo uma farsa.
Nesse momento, uma decisão fria e clara se formou nas ruínas do meu coração.
Peguei meu celular, minha voz surpreendentemente firme enquanto ligava para uma clínica particular.
"Olá", eu disse. "Preciso marcar uma consulta, para uma interrupção."