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Te Encontro no Éden: Baile de Máscaras

Te Encontro no Éden: Baile de Máscaras

5.0
6 Capítulo
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Sinopse

Índice

Isabella é uma jornalista investigativa renomada, conhecida por sua determinação e coragem ao desvendar casos complexos. Após receber uma dica anônima sobre atividades suspeitas em um clube noturno exclusivo chamado "Éden", ela decide se infiltrar como funcionária para investigar.O "Éden" é famoso por atender a uma clientela seleta, oferecendo experiências luxuosas e discretas. Seu proprietário, Nicolas Santiago, é um empresário enigmático e sedutor com características asiáticas e um sorriso capaz de desarmar até a mais forte das mulheres, mas um passado envolto em mistérios. Desde o primeiro encontro, Isabella sente uma atração irresistível por Nicolas, que parece retribuir o interesse, embora mantenha uma postura reservada.Conforme Isabella se aprofunda na investigação, ela descobre que o clube é palco de encontros secretos e negociações obscuras, envolvendo figuras influentes da sociedade. Ao mesmo tempo, sua relação com Nicolas se intensifica, levando-a a explorar desejos que nunca imaginou possuir. Dividida entre a ética profissional e a paixão avassaladora, Isabella enfrenta dilemas que colocam em risco sua carreira e sua segurança.À medida que segredos são revelados, Isabella percebe que Nicolas pode estar mais envolvido nas atividades ilícitas do que ela gostaria de admitir. Agora, ela deve decidir entre expor a verdade ou seguir seu coração, sabendo que qualquer escolha terá consequências profundas.

Capítulo 1 Local Proibido

A música vibrava nas paredes do clube "Éden", misturando-se ao som abafado de risadas e conversas em tom baixo. Eu observava tudo atentamente enquanto me apoiava no balcão do bar, tentando parecer mais interessada no coquetel à minha frente do que na movimentação ao redor.

Eu havia passado semanas investigando aquele lugar, conhecido apenas pelos ricos e poderosos da cidade. Um paraíso para prazeres discretos e encontros proibidos. A dica anônima que recebi mencionava negócios escusos e segredos que poderiam abalar os alicerces de algumas das maiores empresas do país. Era a oportunidade perfeita para um furo de reportagem - e eu não era do tipo que recuava diante de um desafio.

A música mudava de ritmo, ficando mais envolvente, enquanto tentava não parecer deslocada. Um homem alto,olhos puxados, com um terno impecável e um ar confiante, aproximou-se do balcão e pousou um olhar avaliador sobre mim.

Sorrindo de lado ele falou:

-Você é nova por aqui. O Éden não costuma abrir as portas tão facilmente.

Erguendo os olhos com calma, tentando manter a compostura respondi friamente -Sempre tem uma primeira vez para tudo.

Ele arqueou a sobrancelha -Interessante. Mas as primeiras vezes aqui geralmente são... supervisionadas.

Ele sinalizou para o barman, que rapidamente serviu uma bebida sem sequer perguntar o que ele queria. Percebi que ele era alguém importante naquele lugar.

-Eu sou apenas mais uma visitante. Não sabia que precisava de aprovação para entrar.

Ele inclinando-se levemente para mais perto, com a voz baixa.

-No Éden, ninguém é apenas o que parece ser.

Antes que eu pudesse responder, uma mulher elegante, com cabelos pretos presos em um coque apertado, apareceu ao lado dele.

Ele ,com tom firme, olhou diretamente para ela.

-Acho que já está na hora de vocês mulheres modestas se retirarem.

Tentei avaliar a situação, mas decidi concordar para evitar chamar atenção.

-Claro, obrigada pela preocupação.

Ele seguiu a mulher pelos corredores do clube, mas senti os olhos do homem ainda sobre mim. A música ficava mais abafada à medida que eles se afastavam do salão principal.

Então de repente ele volta ,me puxa pelo braço até um local escuro e vazio, parando abruptamente em um corredor estreito.

-Sei que você não é uma simples visitante. Então vamos economizar o tempo de ambos e ir direto ao ponto. Quem te mandou aqui?

Tentei manter a calma.

-Não sei do que você está falando. Sou só uma mulher "modesta" tentando se divertir.

Ele cruzou os braços, com olhar avaliador.

-Você é rápida. Mas não o suficiente. Quem quer que tenha te mandado deveria ter te preparado melhor.

Senti o coração acelerar, mas não podia perder o controle. Ele já tinha descoberto meu plano ? Mas como?

- Por acaso você tem algo contra minha pessoa? Ou tem algum motivo pelo qual mulheres comuns não posso frequentar esse clube?

-Claro que não, mas esse lugar não é seguro mais mulheres "comuns".

-Aaah, entendi! Acho que os homens que frequentam esse local não gostam de mulheres.

Soltei um sorriso de canto e virei as costas. Dei dois passos em direção ao balcão, mas de repente senti uma mão enorme envolvendo minha cintura.

-Teimosa! Você acha mesmo que esse é o caso? Quer testar minha heterossexualidade?

Ele sussurrou no meu ouvido, e pela primeira vez um homem vez minhas pernas tremerem com palavras aleatórias. Consegui sentir o cheiro amadeirado e o hálito de vinho que ele tinha. É, ele era assustador, mas por algum motivo eu me senti atraída, talvez seja porque tem cinco anos, cinco longos anos que não sou tocada. A última vez foi a minha primeira vez, e eu nem consigo mais me lembrar do rosto daquele idiota , nem nos meus pesadelos. Desde que me tornei jornalista investigativa da MJSP não tenho uma vida social, nunca pude conhecer pessoas porque era muito arriscado confiar em alguém. Trabalhar pro governo brasileiro sempre foi um sonho, mas essa missão não está sendo nada fácil.

-Por favor, tire suas mãos do meu vestido, é uma edição ilimitada da Channel, só tem um desse na Itália.

Fingi ser superficial, e meu vestido era de feira. Que cara de pau a minha de fazer essa comparação.

Ele riu, me senti envergonhada.

-Channel? Sem problemas! Posso te dar todos os vestidos que quiser. Mas você sabe... nada nessa vida é de graça.

De repente uma memória embaçada veio a mente, eu já tinha ouvido isso de alguém, mas não consegui me lembrar.

-Ok, percebi que está tentando me assustar. Estou indo nessa! Não precisa me acompanhar até a porta. Aah, antes que eu me esqueça, só mais uma coisinha.

Me aproximei dele, até sentir sua respiração.

-Você até que faz o meu tipo, é uma pena que não curte mulher.

Tchauzinho!

Ele mordeu a boca, talvez fosse de raiva já que eu feri seu orgulho masculino. Sai do clube como se nada tivesse acontecido e fui para meu apartamento.

☆ MJSP é a sigla para Ministério da Justiça e Segurança Pública, um órgão do Governo Federal do Brasil. O MJSP é responsável por manter a ordem e a segurança pública, atuando em diversas áreas, como: Combate ao narcotráfico, Combate à corrupção, Combate à lavagem de dinheiro, Combate ao financiamento do terrorismo.

-Enfim, em casa. Dessa vez não consegui nada relevante, mas vou me esforçar mais e descobrir o que eles escondem. - caí na cama feito pedra. Quase não percebi que estava começando a chover. Eu disse "quase".

No dia seguinte acordo assustada.

-Não, Não! - gritei! Percebi que estava no meu apartamento e dei um respiro de alívio. Mais uma vez tive pesadelos, o mesmo de sempre.

Sempre quando chove tenho pesadelos, e são daquela noite...

"Era uma noite chuvosa, recebi minha primeira missão em Milão. Eu deveria ir até um local onde havia distribuição ilegal de medicamentos controlados, seria minha primeira matéria internacional. Mas nada poderia dar errado.

Naquele dia um pouco antes de sair Thalita, minha amiga, me liga.

-Belle, onde você está? Tá viva? - ela perguntou com tom de sarcasmo.

-Estou no hotel, e não, eu não estou viva! Foi minha alma que atendeu o telefone.

-Belle, presta atenção! Hoje à noite não saia do hotel, OK

"Ela acha que é minha mãe?" Pensei!

-Por quê? Vai vir me visitar?

-Não! Mas estou te pedindo. - disse ela, com uma voz trêmula.

-Está bem, vou ficar no hotel! - menti descaradamente.

Eu já estava pronta para meu golpe fatal e disposta a ir até o fim.

Saí do hotel, peguei um táxi e passei o endereço para ele. O taxista me olhava estranhamente pelo retrovisor. Seguimos viagem, o lugar era do outro lado de Milão, eu ainda não tinha muito conhecimento sobre a cidade.

–Com licença ,senhor. –disse gentilmente,ele olhou pelo espelho retrovisor –Vai demorar muito até lá?

–Só mais vinte minutos, caso esteja com sede tem algumas bebidas aí atrás.–ele respondeu com um sotaque italiano bem raiz.

O taxista tinha uma aparência amigável, mas usava máscara preta, devido a pandemia.

–Certo, vou pegar um refrigerante.–peguei a lata de Chinotto.

Poucos minutos depois me senti estranha, como se estivesse embriagada. Estava com a vista embaçada, de repente apaguei.

Minhas últimas memórias foram de outro homem se aproximando do taxista, ele o golpeou com um soco. Depois me senti sendo carregada, fui colocada sob uma cama, e senti a presença dele do lado.

Naquela noite algo aconteceu, meu corpo queimava, havia um fogo entre as pernas.

No dia seguinte acordei em um lugar desconhecido, havia uma pequena mancha de sangue no colchão. E aí foi que meu desespero bateu. Eu fui violentada? Quem foi? Porque eu ? Não!Não!"

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