Então foi abrindo o olho bem devagar, e quando pode ver tudo a sua volta ficou muda de choque, ela realmente estava em um quarto de hospital, aquilo não podia ser uma pegadinha de sua irmã caçula, aquilo estava real de mais para ser mentira, e o pior foi quando o homem alto a sua frente se levantou da cadeira em frente a cama que ela estava e foi em sua direção, ele a abraçou e parecia muito feliz em vê-la.
O problema era que Nina não fazia ideia de quem ele era ou o que aquela cena queria dizer, o homem a chamava de meu amor, ele devia ser algum louco, sera que tinha psiquiatria por ali, por que com certeza ele estava confundindo ela com outra pessoa, e o pior era se Noah entrasse ali e visse aquilo, ele ia dar um show.
Pensando nisso ela empurrou o homem, que a olhou com um olhar de ressentimento.
- Quem e você? E o que eu estou fazendo aqui?
- Meu amor você deve está tendo alguma reação pós coma, vou chamar o médico.
AMOR??? que porra era aquela, afinal de contas quem estava doente era ele, em uma onda de pânico começou a arrancar o acesso de seu braço e já ia se levantar, mas aquele monitor começou a apitar e suas vistas ficaram escura, começou a respirar com dificuldade.
Então o desconhecido entrou havia pânico nos olhos dele quando ele veio para perto de mim, meu braço começou a sangrar onde antes estava um soro, e eu respirava com muita dificuldade, ele não me abriu dessa vez, mas ficou alí, pedindo para eu me acalmar, o que não estava funcionando naquele momento.
O médico entrou em seguida, Nina estava sendo examinada, para ela dizer meu nome a data o ano e a última lembrança que tinha.
- meu nome e Nina e hoje e vinte e nove de abril de dois mil e dezenove.
Ao perceber o choque nos olhos do homem ela não prosseguiu, mas o médico disse para que continuasse, então ela fechou os olhos e relatou sua última lembrança.
- Antes de me deitar eu fui no cinema com meu namorado Noah, depois entrei conversei com a minha mãe, e com a minha irmã Liene.
- Bem, Nina nós vamos, te levar para fazermos alguns exames.
- Não quero ir a lugar nem um, quero minha mãe, cadê minha família? Por que não estão aqui, e quem e esse homem ai
Nina já estava em prantos, alguma coisa estava muito errada ali, suas mãos estava diferente de quando se deitou, vendo seu reflexo na janela viu que seu cabelo grande, e ala sempre usava cabelos curtos, o pânico voltou a dominar suas emoções.
- Por favor Nina você tem que se acalmar, vou te explicar tudo.
O homem olhou para o médico meio que pedindo sua permissão pra falar, o médico fez um sinal afirmativo com a cabeça, e o homem se aproximou, na verdade ele estava próximo de mais .
- Nina...
Ele estava emocionado, e havia lágrimas nos olhos dele, eu não queria ouvir, só queria minha família ali, ele viu meu pânico e recuou, e me disse apenas para se acalmar porque ele ia chamar minha irmã.
Eu fechei meus olhos, talvez se eu voltasse a dormir as coisas voltaria ao normal.
Ouvi quando eles deixaram o quarto, e eu chorei, por que não sabia se queria saber o que estava acontecendo, em alguns minutos a porta voltou a se abri, e lá estava o homem.
- Nina, eu vou te contar o que houve, mas você tem que prometer que não vai entrar em pânico.
- Eu já estou em pânico.
- Que bom que você não perdeu seu senso de humor, nos sofremos um acidente e perdeu a memória, nos estamos no ano de dois mil e vinte quatro, hoje e dia vinte e um de março, você estava a dois meses em coma.
- E quem e você?
- Me chamo Rafael...sou seu marido.
- Não isso não pode ser, eu...
- Eu sei Nina que isso e muito confuso para você agora, mas não fica desesperada vai ser pior
Ele tirou um celular do bolso e pois em minhas mãos, minhas mãos tremiam, eu não queria olhar, mas acabei olhando, na proteção de tela estava uma foto minha, ao lado dele, e nos estávamos sorrindo e até estávamos com blusas combinando, azul marinho, minha cor favorita, olhei novamente para ele, e ele estava triste.
Fiquei triste também, não havia uma única lembrança dele, na minha mente, aquilo era frustrante.
- cadê a minha mãe?
O médico chegou, e parecia haver alívio no rosto de Rafael, fomos para a sala de exames, entrei naquela túnel horrível e sufocante, enquanto Rafael e o médico ficaram do outro lado do vidro.