A vida do casal foi atrapalhada por um acidente inesperado. Algumas feridas são difíceis de cicatrizar...
Já faz alguns dias que não nos falamos. Acho que desde que eu voltei do hospital as coisas tem sido estranhas. Ele não me dá atenção alguma. Vez por outra vem ao nosso quarto para saber se eu estou bem, mas apenas me olha na cama e sai novamente.
Eu fico muito no quarto, pois depois do acidente, tenho ficado cansada com mais frequência. E ele parece não se importar. Não me maltrata, não me destrata, mas me ignora. Os dias têm sido iguais. Ele sai pela manhã para levar Amélia para escolinha e vai para o trabalho. Volta apenas pelo início da noite com ela. Eles brincam um pouco, ele dá banho, faz o jantar, fazem dever da escola e depois vão dormir. Ele ainda vai escrever um pouco no diário antes de ir para o sofá. Confesso que me dá um pouco de ciúmes ver minha menina tão próxima dele.
Ela não me ignora em nada. Muito pelo contrário, vem brincar comigo um pouco todos os dias. Me dá uma peninha de ver que ela, tão pequena já vivencia um problema como esse dos adultos. Ela não me procura quando está com ele. Muito esperta meu anjinho. Ainda assim, quando ele está escrevendo ou tomando banho ela aproveita esse tempo e vem me dar um abraço. As vezes eu também vou até a cama dela pra gente brincar um pouco. A única alegria que tenho nos últimos dias.
Ele simplesmente se recusa a me olhar. Desvia o olhar, tenta não me tocar. Nos finais de semana também tem uma rotina. Eles acordam, se arrumam e saem. Voltam apenas no final do outro dia para dormir e seguir a rotina da semana. É uma tortura muito grande. Meu telefone não tem funcionado direito e não tenho coragem de pedir pra ele pra arrumar. As vezes fico assistindo a tevê e na maior parte do tempo eu durmo. Não tenho ânimo nenhum pra sair de casa. Se me bater o cansaço ou um sono repentino, como volto pra casa? Estou de licença do trabalho por causa dessa depressão toda. Não sei quando vou voltar. Não é fácil. O que me conforta um pouco é ver minha pequena Amélia me contar o que fizeram no final de semana. Nas últimas semanas eles tem passeado no sítio da Ana Clara, uma das amigas dele.
Ah, Deus. Como eu me arrependo daquele dia. Eu estava tão estressada com o trabalho. Tinha tanta coisa pra resolver. Amélia estava doente e a febre demorava a ceder. Ele estava impaciente com tudo e tentou me acalmar, mas eu não ouvi. Dei toda a atenção ao meu trabalho. Amelinha ficou tão mal que acabou indo para o hospital. Ele ficou cuidando dela todo aquele tempo sozinho. Como eu fui egoísta. Eu não consigo ser calma que nem ele ou até mesmo fria. Sim, fria. Ele está me ignorando faz muito tempo.
As vezes tenho saudades de discutir com ele. Não era um prazer, mas era um jeito de a gente trocar palavras. Nem isso acontece mais. Não sei mais o que fazer. Estou escrevendo essa mensagem em uma das folhas do diário dele na esperança que ele leia e alguma coisa mude. Que seja um bom dia, boa noite ou até mesmo aperto de mão. Qualquer coisa que me sirva para acabar com a tensão. Sei que às vezes ele também fica em dúvida, pois já o vi na hora que escreve chorando e falando baixo. Sei que não está fácil, mas vou ter que ter paciência pra suportar. Quero ser forte para aguentar até lá. Uma coisa que me machucou muito foi quando tentei abraçá-lo no sofá. Sim, na sala, pois ele se recusa a voltar para o nosso quarto. Ele se encolheu, cobriu o corpo e fez questão de se afastar de mim. Nunca mais tentei.
Eu não tenho muita fome ou sede, mas como quando eles estão fora ou dormindo já. Não sei o que fazer para sair dessa situação. Vou deixar esta carta e quando ele retornar, talvez tenha algo para dizer. E foi o pior dia.
Eu acordei agora há pouco, saí do quarto e eles não estavam. Procurei em todos os lados e ainda chamei pelo nome. Nem sinal. As malas de Amélia tinham sido feitas, as chaves do carro não estavam lá. Cheiro do perfume dele por todo lugar. As roupas dele não estavam lá. Entrei em desespero. Comecei a chorar e corri para o lado de fora da casa. Alguns vizinhos me olharam, mas não me disseram nada. Voltei e já não sabia como agir. Percebi que o diário ficou na mesa. Abri para ver se minha mensagem estava lá. Talvez ele tenha respondido. Encontrei uma mensagem, mas não era pra mim.
"Querida Beatriz. Já faz alguns meses que não nos vemos, mas fico contente que tenha me respondido. Estes últimos dias têm sido terríveis. Não sei mais o que fazer para esconder minha infelicidade. Amelinha já está fazendo perguntas demais e fico constrangido em responder. Vou aproveitar a licença do trabalho e passar uns meses no sítio da Ana Clara. Deixei o endereço no final desta carta. Quero que você venha me visitar. Não consigo apagar aquele dia da memória. Não sei o que fazer. Eu ia pegar o carro e levar Amélia para o hospital. A febre não tinha cedido mesmo depois de todos os remédios que demos. Ela não me deixou. Eu insisti que deixasse. A demissão em massa que estava tendo no trabalho dela deixava o estresse em ponto alto. Ainda assim deixei ela pegar o carro pra levar a menina. O telefone tocou.
Olhei o display e era do trabalho. Não queria que ela atendesse, mas não adiantou. O problema estava grave e só ela poderia resolver. Eu sabia disso, mas aquele momento, naquele exato momento dentro do carro, nossa prioridade deveria ser nossa menina. Eu pedi para não atender, mas não deu certo. Amélia começou a chorar e ela falava alto com alguém ao telefone. Não vimos a moto atravessar nossa frente. Tudo que eu me lembro era de ver a moto, escutei o estrondo e tudo ficou escuro. Só me lembro de acordar no hospital com o médico dizendo que não poderia salvar nem a ela e nem meu filho. Ela estava grávida de três meses. Seria nosso primeiro filho. Amélia é do primeiro casamento que ela teve. Eu tenho dificuldades de fertilização. Talvez fosse a única chance e eu perdi. Recebi alta e desde que voltei para casa as coisas têm sido assim.
Eu me vejo repetindo todos os passos da minha rotina, e, por Deus, às vezes parece que ela ainda está lá na cama esperando por uma palavra minha. Quando escrevo me dá a impressão que ela virá para me mandar deitar. Até mesmo o abraço na cama. Só de lembrar me arrepio. Não tem sido fácil. Prometi cuidar da Amelinha e vou fazer isso. Senti que perdi tudo naquele dia. Ela não resistiu, nosso filho não resistiu e minha vida desmoronou. Até das discussões pela comida fria me dão saudade. Viver nesta casa não dá mais pra mim. Nem mesmo na minha cama eu consigo voltar a deitar. O cheiro dela ainda está lá e isso me machuca demais. Quero que você veja o que é melhor fazer com as coisas dela. Com as minhas não se preocupe, minha mãe irá buscar o meu e da Amélia até o final da semana.
O resto fica com você. Se quiser ficar com a casa ou vender, não tem problema. Ela confiava em você acima de tudo e eu também. Você tem a minha procuração para este tipo de coisa, então faça uso dela. A coitada da Amélia tem sonhos com a mãe. Já ouvi ela no quarto brincando que está conversando com a mãe. As vezes ela vai no meu quarto e liga a tv fingindo brincar com a mãe como estava acostumada a fazer. Me dói. Dói demais. Por esta razão precisamos mudar. Espero que você fique bem e em breve venha nos visitar. Deixei meu diário, pois ele tem toda a minha história com ela e você sempre foi curiosa. Tem detalhes de tudo, inclusive daquele dia terrível e é por isso que não consigo mais ficar com ele. Fique bem. Um beijo e abraço forte de seu amigo."
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