Olhos fechados pra te encontrar. Não estou ao seu lado, mas posso sonhar, aonde quer que eu vá, levo você no olhar... não sei bem certo se é só ilusão, se é você já perto, se é intuição. Pra onde quer que eu vá levo você no olhar... longe daqui, longe de tudo meus sonhos vão lhe buscar. Volta pra mim, vem pro meu mundo. Eu sempre vou lhe esperar. Não sei bem certo se é só ilusão, se é você já perto, se é intuição. Pra onde quer que eu vá, levo você no olhar.
"Os Paralamas do sucesso.
Canção de Bia e Léo.
Numa tarde de setembro de 2006, envolta pela solidão e um suave lamento, eu me vi ali, sentada em um banco solitário diante do imponente Monastério de Sant Cugat Del Valles, em Barcelona, deixando minha mente vagar pelos cantos mais profundos da saudade, uma saudade que ecoava os sons e cores do Brasil distante. Foi então que, como um raio de sol entre nuvens escuras, uma miríade de sonhos ousados inundou minha mente. Sonhos tão repletos de improbabilidades que talvez nunca se tornassem realidade, mas que, de alguma forma, eu sabia que não poderia deixar de vivê-los.
Assim nasceu uma história de amor, tão bela e complexa, que me vi imersa por horas a fio, sentada naquele banco de jardim, onde o tempo parecia suspender-se para dar espaço aos devaneios do coração. E então, munida apenas de uma velha agenda de apontamentos e da coragem de um coração apaixonado, comecei a escrever. Escrever sobre esse amor que brotava naquele lugar encantado que tanto me cativava.
E assim, aqui estou eu, testemunha e protagonista deste romance proibido. Um amor que desafia as barreiras do tempo e do espaço, cruzando mares e fronteiras, escalando montanhas e adentrando florestas, seguindo pelo curso dos vales e rios, e sobrevivendo até nos desertos mais áridos. É um amor que desafia o próprio destino, reunindo-nos novamente, onde quer que estejamos.
E mesmo amando-te à distância, compreendi que não posso mais fugir do teu amor, pois tu te tornaste parte de mim, como se eu fosse teu corpo e tu fosses meus ossos, entrelaçados numa dança eterna de união indissolúvel.