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O magnata e o seu desejo pelas curvas da arte

O magnata e o seu desejo pelas curvas da arte

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Sinopse

Índice

O magnata e seu desejo pelas curvas da arte. (Entre Luxo e Romance: A Saga Bilionária) ESSE LIVRO É RECOMENDADO PARA MAIORES DE 18 ANOS. PODE CONTER CENAS DE SEXO EXPLÍCITO E GATILHOS. Sebastian D’Amore cresceu sob a sombra de um pai distante, um magnata impiedoso que via na riqueza a única medida de sucesso. A ausência emocional e a constante desconfiança foram sementes plantadas em sua alma desde cedo, fazendo-o desconfiar de tudo e de todos. Agora se ver completamente perdido ao conhecer Alessandra Martins, a luz em sua escuridão. E para não perder essa luz está disposto a acabar com qualquer um, seja os amigos de sua dama, seus inimigos e até mesmo seu Victor D’Amore o seu pai.

Capítulo 1 C1

Sebastian D’Amore

O frio ardente de Nova York preenchia meus pulmões conforme respirava profundamente, abrir os meus olhos olhando aquela correria sem fim das pessoas andando de um lado para o outro. Às vezes alguém esbarra na outra e em um pedido singelo de desculpa continua seguindo o seu caminho. Um casal passa animadamente no outro lado da rua de mãos dadas e entram em um restaurante, pareciam felizes. Sentia náusea, o amor é perda de tempo. Não conseguia enxergar a utilidade dessa perda.

— Não me importo com quem você pensa, é pago para fazer o que eu mando. — Falei ao meu assistente. O tom cortante faz com que se cale. — O investimento será maior e com o retorno financeiro triplicado, usaremos para investir nos nossos imóveis. Quero mais expansão.

— Sim, senhor.

Não me lembro do nome dele e tenho certeza que se pronunciar direi seu nome errado. Prefiro apenas dizer o que ele tem que fazer e pronto, continuando a fazer o seu serviço bem feito, não precisarei me dar o trabalho de aprender o seu nome para demiti-lo. Estamos em um dos meus apartamentos no centro de Nova York. Continuei olhando as pessoas que parecem umas formigas, tão insignificantes.

— Tenho um evento hoje a noite. — Não estou animado para essa exposição de arte em uma galeria nobre de Nova York.

— Sim, senhor! — Se aproxima mais de mim. Olhei de relaxe, o seu terno cinza é desagradável. — É em uma galeria em Manhattan, a sua família vem investindo naquele lugar há anos. Sua presença… é muito… muito importante, senhor. — Gagueja, arrumando os óculos em seu rosto.

Agora tinha a minha atenção, ele não é gago e sei que quando a sua voz falha desse jeito é porque está com medo de mim. Esse homem trabalha comigo há sete anos, esqueci o nome dele no momento, mas tenho que reconhecer que trabalha muito bem. Em uma estatura baixa, ele parece um adolescente nerd que vive trancado no quarto, só faltaram as espinhas. Não me importo com a sua aparência caso faça o seu trabalho direito e é por essa ocasião que está sendo mantido ao meu lado durante esses anos.

Na minha empresa trabalham apenas homens, não me importo que me chame de machista e preconceituoso… Que seja! Não me importo com essa merda. O que me importa é com trabalho bem-sucedido, homens são fanáticos pelo trabalho, seja para cuidar da sua família, ter dinheiro suficiente para sobreviver ou para comer alguma puta e se fazer de machão na frente dos outros. A parte que me interessa é que homens não precisam tirar licença maternidade tanto tempo quanto uma mulher, não fica com humor péssimo durante o seu período menstrual e o ambiente costuma ser melhor.

Mandar e ser mandado. E eu sou o líder, ordenando minhas ovelhas.

— Não voltarei para a empresa hoje, faça o que tem que fazer e me encontre na galeria mais tarde.

— Sim, senhor! — Faltava apenas ele bater continência para mim, essa situação me agradava.

Ergui uma sobrancelha, olhando para ele.

— O cachorrinho está esperando por um osso? — Debochei, mas com a voz grave faz parecer que estou brigando com ele.

O senhor Não Sei O Nome, tropeça em seus próprios pés quando tenta sair às pressas do meu apartamento. Esse homem é um desastre ambulante e com todo esse jeito consegue entregar o trabalho a tempo e em perfeito estado. Não tenho que reclamar sobre seu trabalho, posso ser generoso quando lhe dê sua bonificação de Natal. Espero que use a inteligência para comprar roupas melhores, aquele tom de cinza acaba com a imagem dele.

Ficar no meu apartamento foi opção minha, na empresa encontraria com Victor e não estou a fim de vê-lo. Terei que ir em seu lugar nesse evento na galeria e não quero estar de mau-humor além do normal.

A minha casa fica a algumas horas da galeria e não queria acabar chegando atrasado, quanto mais cedo chegar, mas cedo vou embora. Peguei o copo de whisky balançando o líquido levemente em meu copo, antes de levar a boca e beber de uma vez. Tenho que trabalhar! Vou para o meu escritório, finalmente ignorando aquelas pessoas desconhecidas que andavam de um lado para o outro. Estou perdendo meu tempo como eles. Sentei em minha cadeira e na minha mesa abri meu notebook para ter acesso ao meu e-mail, lendo alguns contatos que não tinha nenhuma urgência por agora. Mas tempo é dinheiro e sei que nesses contratos tem milhões me esperando.

A tarde cai e o cansaço também, seria meu corpo dolorido pela posição que fiquei durante horas. Me espreguiço, erguendo o meu corpo o máximo que posso. Nada que um banho quente nesse frio de Nova York não resolva, no caminho para o quarto meu celular toca.

Não faço questão de atender quando vejo o nome do Victor na tela, tirei a minha camisa e comecei a desabotoar os botões da minha calça quando meu celular começa a tocar novamente. Parece que estava em seus planos falar comigo mesmo se não aparecesse na empresa hoje. No fim das contas, não consegui fugir dele como queria.

— Não ouviu o celular tocar, Sebastian?! — Aposto que está massageando as têmporas nesse exato momento. — Do que adianta ter um celular se não atende?

— Oi, para você também pai…

— Não me venha com sentimentalismo! — Engoli em seco. — Tem uma obra de arte de uma artista chamada Julie Leroy que estará naquela galeria em Manhattan do qual você estará para representar a nossa família mais tarde. É seu dever comprá-lo e fazer essa arte ficar em posse da nossa família.

Olhei meu reflexo no espelho enquanto Victor passa suas ordens. Meu cabelo estava em uma bagunça negra com seus fios caindo pela minha testa, o corpo definido me lembrava que não fiz meus treinos hoje e amanhã teria que acordar mais cedo.

Não tenho tempo para ter ansiedade ou essas coisas que nos param por um determinado tempo, mas o trabalho e a academia é o que me mantém motivado constantemente. Como uma engrenagem. Tenho total controle em minha vida, da comida até a hora de dormir, do trabalho e até mesmo lazer. Tudo devidamente calculado e executado com precisão.

— Não importa o preço, traga! — Ouvia tudo que Victor dizia, conseguia fazer qualquer coisa e respondê-lo quando preciso. Foram anos que acabei me autotreinando.

— Ok! — Respondi.

A ligação do outro lado da linha é encerrada sem se despedir. Não, a ligação não caiu. Victor falou tudo que precisava e então desligou. Simples. Joguei o celular na cama e fui para o banheiro, senti a água morna deslizar pelo meu corpo. Respirei fundo, sentindo uma dor no peito se estalar. Não sei o que é, passei pelo médico e fiz exames, mas essa dor vinha de vez ou outra.

Não me demoro no banho. Minha família é conhecida pela linhagem de magnatas da indústria financeira, a nossa generosidade e eventos beneficentes nos acompanha há gerações. Temos em nossa família obras de artes que invejam muita gente, dinheiro é algo que não precisamos nos preocupar. Termino de vestir meu sobretudo e as minhas luvas, recentemente recebi uma mensagem de meu assistente avisando que o carro estava à minha espera. Dando uma última olhada no meu apartamento para ir à galeria.

E um cumprimento singelo com o meu assistente seguimos para Manhattan.

A fila de carros era esperada na entrada da galeria. Hoje teremos obras-primas bem requisitadas neste meio das artes e novos artistas que vem sendo destaque nos últimos tempos. Sai do carro com meu assistente logo atrás, não faço questão de parar e posar para os paparazzis. Quero ir embora tão rápido quanto cheguei, removo as minhas luvas olhando ao redor.

— Veja quantas obras estão disponíveis da artista Julie Leroy. — Aviso ao meu assistente. — Quero todas!

Ele não precisa de uma palavra e sai rapidamente. Algumas pessoas fazem questão de me cumprimentar, enquanto colocam as minhas luvas no bolso do meu sobretudo. Um casal faz questão de lembrar que me viu quando criança e que já foi próximo de minha família, é claro que finjo está interessado. E uma conversa melancólica e superficial leva os meus olhos além do casal.

Seu cabelo em ondas perfeitamente alinhadas desenhava suas belas costas, o cabelo em um tom de preto se destacava no macacão branco desenhando bem suas curvas, por mais que seja um tecido mais solto no corpo deixava a bela dama muito elegante. O pouco que consigo ver em seu rosto posso ver contornos definidos e as maçãs do seu rosto levemente coradas e um belo queixo esculpido. Quem é essa mulher?

Cercada por outras pessoas ao parar em frente a um quadro pintado com traços modernos, consigo ver a sua felicidade ao movimentar suas mãos e falar sobre a obra do artista. Olhe para mim, o meu subconsciente gritava. E como se pudesse ouvir, a mulher começa a se virar em minha direção. Não que fosse para me olhar, mas para mostrar a arte com mais detalhe. Estava ansioso para poder ver sua imagem por completo, ignorando completamente o que o casal dizia.

O seu sorriso era a mais bela arte presente e… Que merda é essa? Quem esse imbecil pensa que é atrapalhar minha visão?

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Mais Novo: Capítulo 45 C45   03-22 13:43
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