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O aluguel

O aluguel

5.0
48 Capítulo
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Sinopse

Índice

Paixões não reveladas pode um dia se tornar um amor pra toda a vida e classe social e raça é o que menos importa, quando é o amor verdadeiro. Aymeé é uma mulher independente, que aprendeu a se virar sozinha. Por toda sua história, não havia permitido viver um amor. Seu maior sonho era de ter sua residência, mas com o sonho, algo virá para transformar a vida dela. Renato é um jovem que tem tudo à disposição, mas por um amor não correspondido no início da juventude e o abandono de uma mulher por quem se apaixonou, resolveu focar somente na carreira de advogado para trabalhar por merecimento na empresa de seu pai. A vida desses dois jovens estão ligadas e eles não sabem... ainda!

Capítulo 1 1. A casa

Pronto senhorita Torres, a casa agora é sua!

- Enfim, uma notícia boa..., mas por outro lado, vou precisar juntar mais grana pra reformar essa casa.

- Sim, isso é verdade. Mas veja pelo lado bom, não deve mais pagar aluguel.

- Sim, sim...

Aymeé era uma garota de sorte, pode-se dizer. Assim como as mulheres de sua família, ela era determinada, e não gostava de depender de ninguém, já que a vida lhe mostrou muito cedo, que era ela por ela.

Sua mãe morrera muito jovem, deixando a filha desamparada de casa e família. Não conhecia seu pai e nem ao menos sabia se ainda era vivo. Passou por muitos momentos difíceis na vida e tomou tudo como lição para continuar a vida. Trabalhou cedo pra conquistar sua casa e hoje pelo menos esse sonho está realizado.

A casa era de uma pessoa conhecida de sua mãe e quando pequena, Aymeé frequentava e achava a casa muito linda. Uma casa estreita no centro histórico da cidade. A entrada dela tinha uma escada em pedras brancas, uma planta próxima a porta da sala. A sala era relativamente pequena. A cozinha era colada à sala e havia três ambientes que dois certamente eram quartos, mas o terceiro ela nunca tinha entrado. O acesso a esse ambiente era pela sala. Frente a entrada da cozinha, tinha uma espécie de quintal: uma área para estender as roupas e uma lavanderia minúscula com um portão que dava acesso à rua lateral. Na época, a casa tinha uma estante grande em uma parede da sala que era cheia de livros e ela adorava aquele clima de biblioteca. Todos os ambientes da casa eram pintados de branco, com exceção do minúsculo quintal que tinha muitas plantas.

Ao receber a chave daquela casa que há anos estava à venda, foi reviver essas memórias só que um pouco diferente. Quer dizer totalmente diferente. A casa estava ali, era a mesma e muitas paredes ainda tinham a tinta branca, mas estava vazia e com muitos reparos a serem feitos.

- Por onde devo começar? Nessas horas que é bom estar com alguém. Nem posso ligar para aquele imprestável do Fábio. Primeiro que ele não sabe fazer nada e segundo que desde que começou a namorar, me abandonou. Ah! Já sei com quem contar! Pegou seu telefone e foi procurar um contato de uma senhora que ela conhecera na parada de ônibus, há um tempo atrás. Mesmo nunca tendo contato com ela depois, sabia que ela seria a pessoa para ajudá-la na lavagem da casa. Pelo menos isso, ela poderia pagar.

- Oi... alô? Esse contato é da senhora Paulina? Perguntou a moça.

- Ah, que bom! Como a senhora está? A senhora ainda está trabalhando como diarista? Sério?!? que bom! Preciso muito do seu serviço na minha casa nova. A senhora estaria disponível quando? Sério?!? Então anote o endereço. Estou ansiosa pra lhe rever e para ver a casa mais limpa.

A sra. Paulina, era uma mulher doce e que sempre fazia algo por alguém por amor, por querer ajudar. Para a sorte de Aymeé, ela estava de folga, mas podia ajudar Aymeé por saber da história de vida dela.

Paulina se arrumou, pegou seu kit limpeza e seguiu para o endereço. Dentro de 30 minutos após a ligação entre elas, d. Paulina chegou ao destino.

Aymeé estava ansiosa e ficou olhando pelo olho mágico, nem esperou a senhorinha tocar a campainha, até porque nem sabia se funcionava ainda e ficou com medo dela levar um choque.

- Senhora Paulina!

- Aymeé minha filha! Estou feliz por você ter comprado a sua casa.

- Mais feliz estou eu, em lhe ver e de estarmos em minha casa.

- Certo, agora preciso te falar: primeiro, vamos ver toda a situação da casa e depois vejo como será.

Aymeé prontamente foi mostrando a casa conforme suas lembranças afloravam. Mesmo sem móveis, ela ia mostrando como se estivesse lá.

D. Paulina olhou e disse: - Vamos precisar de dois dias aqui! Sei que está empolgada, mas vou te mostrar o que você não viu.

As paredes estão mofadas, então será preciso limpar com um produto específico, que tem um cheiro muito forte. Esse aplico hoje no fim do dia, quando formos embora. Amanhã vai estar sem cheiro. Vamos começar a espanar e lavar o chão. Por último as paredes. Amanhã, passamos para a lavanderia e banheiros. No segundo dia, veremos se será preciso mais um dia ou se você já pode vir com os móveis.

- Eu vou lhe ajudar em tudo, quero que termine logo. Não aguento mais aquele quartinho. Tenho uns vizinhos muito barulhentos. Isso me incomoda.

A sra. Paulina e Aymeé partiram pra limpeza. Enquanto Aymeé estava num quarto, d. Paulina estava em outro. A sujeira dos cômodos, pareciam crônicas. Mas d. Paulina disse que sairia na lavagem. Varrendo só sairia superficial. E a tranquilizou que tudo ficaria limpinho. Ao final do segundo dia, era possível ver outra casa de tão limpa que estava. A sra. Paulina era muito caprichosa e viu que havia um jardim de inverno que ficava na lateral de uma parede entre cozinha e a sala e antes de finalizar o dia, entregou a moça três vasos com Bambu-da-sorte. Ela lhe disse:

- Menina Aymeé, desejo que está casa lhe traga paz, sorte e boas energias. Que só entre aqui pessoas de bom coração. Aqueles que vierem e sejam pessoas más, se sentirão incomodadas e sairão daqui muito rápido. Te entrego esses bambus, para que você decore a sua casa como bem quiser. Mas minha sugestão é que seja na lavanderia, no jardim de inverno e na entrada da casa.

- Meu Deus! A senhora é muito fofa sra. Paulina. Que palavras lindas a senhora me abençoou. Sei que é do seu coração e por isso me sinto agraciada com a sua presença aqui. Esses dois dias, apesar de muito trabalho, não vi a senhora de cara feia e muito menos reclamando. Sou grata por ter te conhecido.

As duas se abraçaram e ambas choraram de alegria e emoção. A casa já estava com outros ares e a esperança gritava ali. Mesmo com os reparos a serem feitos, Aymeé decidiu se mudar naquele dia mesmo. Como possuía poucas coisas, levou o essencial para aquela noite.

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