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Histórico

Capítulo 4 Amor que Reconecta

Palavras: 1993    |    Lançado em: 06/11/2021

nômica causada pela escolha errada de carreira e um mercado de trabalho extremamente fechado que só se abre para quem faz parte da panela. Nunca fui bem vindo em panelas. A

tado lá, tinha me apaixonado por aquela cidade. A escolha não foi difícil. Lá eu sabia que encontraria emprego fácil com bons salários, desde que estivesse disposto a fazer de tudo, e ainda tinha a questão da língua. Já dominava o i

onceito contra quem é da zona norte. Quem é da zona norte tem preconceito contra quem é da zona sul. Veja bem, pessoas da mesma cidade se separam em grupos por causa de uma linha geográfica ilusória que em dado momento alguém decidiu que deveria estar lá para haver uma coisa batizada de bairro. Entendo que é mais fácil sub-dividir as cidades para administra-las, mas o ego das pessoas em geral vê isso de uma outra forma. Na real, nada disso existe se você parar para pensar. Dentro do Brasil, aqui no sudeste temos preconceito contra quem é do norte, do nordeste, do sul e do centro-oeste. Se alguém falar que um cara veio do norte para cá, automaticamente nossa cabeça já traça um estereótipo. Esse sujeito provavelmente veio fudido de grana, vai morar na favela, trabalhar de garçom, de porteiro, ou qualquer outro chamado sub-emprego. Vai trabalhar feito um cão, mandar dinheiro para família

taurante, mas não rolou nada. Elas falavam um inglês péssimo, entre elas só falavam italiano. A conversa simplesmente não evolui e para você atingir um nível de atração sexual em alguém você precisa conversar e bem. A coisa foi indo, fui desanimando ali e resolvi baixar o Tinder então. Real, só dava match com brasileiras. Mano, eu não queria me relacionar com brasileira. Queria experiências novas. Até que um dia apareceu uma menina nova no restaurante. A primeira coisa qu

tória de vida das pessoas se confundem lá. Cada um pela sua razão, mas a maioria se mudou para lá sozinha atrás de grana e de uma vida melhor. Era um paraíso. Búlgaras, italianas, romenas, portuguesas, polonesas (!!!!!), sérvias (S2). As experiências que buscava chegaram. Aprendi muita coisa nessa era. Você sabia que na Moldávia as pessoas não fazem sexo oral?

isar forçar nada. Já mais solta ela confessou a sua dor. Eva tinha se divorciado há pouco tempo e estava se sentindo sem rumo na vida. Foi aí que contei a ela que eu também tinha me divorciado, só que há um pouco mais de tempo que ela, e que o motivo de eu estar morando ali agora era muito parecido com o que a levou para essa viagem. Se reconectar. "Eva, está na hora do meu break. Preciso sair agora. Você quer ir conversar lá fora?", perguntei. Ela disse que sim, então indiquei o caminho e falei para ela me esperar na porta lateral do casino. Precisava ir pegar meu casaco, celular e outras coisas antes de sair e, acima de tudo isso, não queria ser visto andando com ela. Conversas muito próximas entre funcionários e clientes não são muito bem vindas dentro de um casino. Naquela altura a segurança do local já tinha visto que estávamos conversando há muito tempo. Casino é foda. Tudo, absolutamente, tudo que é feito é visto e tudo que é falado é escutado. Foi eu sair do bar que minha supervisora perguntou quem era aquela mulher e o que estava acontecendo. Expliquei tudo e para acabar com qualquer desconfiança falei: "Ela nem jogou. Está aqui só para beber". "Go run for your sex Joao", disse ela. Barra limpa. Assim que abri a porta da saída, dei de cara com ela. De casaco ela ficava ainda mais linda. Mais alta do que eu poderia imaginar. Foi aí que ela abriu o sorriso mais lindo que já tinha visto. Passava da meia-noite então já era 15 de janeiro de 2020. Naquele momento me apaixonei pela primeira vez desde o meu divórcio. "Vou beijar essa mina agora", pensei. Dane-se que o seguranç

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