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Capítulo 2 Apresentação - Parte 2 - Sonhos e fatores

Palavras: 1567    |    Lançado em: 06/11/2021

não tivesse gostado. Esse match foi a melhor coisa que já me aconteceu e, ao mesmo tempo, a pior. Queria que ele nunca tivesse acontecido. Os melhores dias da minha vida precederam os pior

mia mundial e uma quarentena trancado em uma casa é realmente um cenário nada animador. Troque uma casa por um quarto de solteiro. Uma cama, um armário, uma geladeira e um gaveteiro. O espaço não era um quarto originalmente na casa, foi construído recentemente nos fundos, ao lado da cozinha. Não há janela para rua, só uma pequena fresta aberta para o corredor. Do outro lado do oceano Atlântico, longe da família. Amigos são poucos. Dentro da casa compartilhada, nenhum. Eu não aguentaria, mas acontece que eu aguentei. Sozinho? Depende do seu ponto de vista. Se for cético, sim, s

mil quilômetros de distância. "Isso não vai dar certo, deixa essa mina para lá", disse minha consciência e eu escutei. Resolvi não dar continuidade ao pap. No dia seguinte aparece uma not

sempre, e adicionei aquela mulher no meu WhatsApp. Antes de mandar aquele "Oi" era impossível imaginar o quanto que aquela decisão afetaria a minha vida, o quanto de alegria teria e quanto de sofrimento isso me geraria. Para nos humanos quando a matemática dos fatos não bate ela pesa mais para o lado da dor no fim das contas.

da mudou e agora não tinha nem um garfo para chamar de meu. O desapego material total estava feito. Restaram somente roupas para caber uma mala, um celular velho e um MacBook. Dos R$ 5 mil previstos para arrecadar, somente pouco mais de R$ 3 mil entraram de fato na conta. Meu calculo era ir com dinheiro suficiente pra viver por dois meses lá. Considerando que, em média, o salário mínimo na Inglaterra é de cerca de mil e quintas libras por mês, três mil pounds era o meu número. A libra ainda valendo "somente" R$ 5, os R$ 13 mil que tinha eram insuficientes e ainda tinha a passagem. Insegurança de mudar para um país onde só tinha duas pessoas que conhecia morando e ainda sim eram relacionamentos distantes. Um antigo amigo dos tempos de escola que não via há uns 10 anos no mínimo e uma menina que conheci no meu MBA dois anos antes, mas que nunca trocamos mais do que 10 minutos de conversa. Estava sozinho nessa. Mas a verdade é que o medo dificilmente me impede de fazer o que quero. Morar em outro país sempre foi um sonho. Precisava dar um jeito nessa questão financeira. Comprei a passagem no cartão de crédito. Estou indo embora do Brasil e o plano é não voltar nunca mais. Paguei muitas taxas para o banco ao longo de 16 anos de correntista. Comecei a trabalhar como office boy aos 17 anos e não consegui juntar nada durante essa jornada. Controle financeiro nunca foi meu forte. Itau, meu caro, essa conta é sua. Calote no cartão de crédito. Foda-se. Agora tinha R$ 13 mil limpos na minha mão. Dá. Vamos. Após entregar o apartamento onde vivia com a minha ex-esposa no final de Julho de 2019, me mudei para Copacabana, casa de mamãe. Um studio, qu

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