tubos, e zumbido dos aparelhos ao seu redor, teve a certeza de que era um lembrete constante da cirurgia que havia salvado sua vida, e, foi ela, Dra. Ana
iros e médicos atentos aos monitores e ao bem-estar dos pacientes. Ana dedicava a sua vida aquele hospital, naquela noite, caminhava pelos corredores com uma prancheta em mãos, se sentia cansada, um pouco com sono devido ao horário, e em meio a essa tranquilidade que os plantões noturnos passavam, sabia que não haveria com o que se preocupar. Até que então, um barulho muito alto, [CRASH, BAM!], ecoou. A porta de vidro da UTI foi violentamente empurrada, fazendo com que ela batesse contra a parede com um estrondo, por pouco, não a quebrou. Ana ficou apavorada, seu coração batia tão forte e tão rápido como se fosse um tambor de guerra, se enchendo de medo. Deslocou-se depressa em direção a UTI, no caminho começou a escutar gritos que ecoavam naquele corredor. Um homem alto e agitado, com cabelos desgrenhados e um olhar frenético teria invadido a UTI. Seus olhos percorriam o ambiente com desespero, fixando-se em um paciente específico deitado na cama próxima à janela, Lucas Beck. O monitor que acompanhava Lucas, apitava suavemente, com os sinais vitais estabilizados, mas o homem não parecia se preocupar com isso. Ele gritava, sua voz cortando o silêncio como uma lâmina afiada. – EU QUERO TIRAR ELE DAQUI! – bradou o homem, a voz cheia de pânico e determinação. – NÃO É SEGURO PORRA! VOCÊS ESTÃO COLOCANDO A VIDA DELE EM RISCO! As enfermeiras e médicos presentes se entreolharam, espantados. A chefe de enfermagem, Márcia, com uma expressão serena, mas firme, deu um passo à frente. Ela levantou as mãos, tentando acalmar a situação. – Senhor, por favor, acalme-se. Qual é o seu nome? O que está acontecendo? – perguntou ela com calma, mas sua voz carregava um tom de autoridade. O homem não parecia ouvir, sua atenção fixada em um monitor de leitura. Ele se aproximou da cama onde Lucas estava, com as mãos trêmulas enquanto tentava desencaixar os fios e tubos que estavam conectados. Márcia correu até ele, tentando impedir que ele fizesse qualquer movimento brusco. – O senhor precisa se acalmar, – insistiu Márcia, segurando gentilmente o braço do homem. – Este paciente está em cuidados intensivos e qualquer movimento abrupto pode piorar a situação dele. O homem, com uma força inesperada, afastou Márcia de lado. Ele tinha uma expressão de pânico absoluto no rosto. Seus olhos estavam dilatados, e sua respiração era irregular. – VOCÊS NÃO ENTENDEM! ELE ESTÁ EM PERIGO, NÃO HÁ SEGURANÇA AQUI! – gritou ele, olhando para o monitor com uma mistura de raiva e medo. – Eles estão mentindo para nós, não

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