img O Som do Sal e do Desejo  /  Capítulo 2 Entre o Sal e o Desejo | 40.00%
Baixar App Lera
Histórico

Capítulo 2 Entre o Sal e o Desejo

Palavras: 2541    |    Lançado em: 04/06/2025

entes sobre as paredes gastas pelo tempo. O ar estava impregnado do aroma doce e amargo do café recém passado, misturado com a brisa

rangentes com a naturalidade de quem conhece cada detalhe daquela construção. Nas mãos, car

histórias que ninguém mais se lembrava. Dedilhou as primeiras cordas com cuidado, produzindo uma melodia su

, além dos músculos firmes e da cicatriz discreta que cruzava a sobrancelha esquerda. Era um mistério envolto em silêncio, u

a o lado e viu Joaquim caminhando pelo cais, com a farda ainda um pouco amassada e o cabelo desgrenhado pelo ve

a voz baixa, mas cheia de

ao lado dele no banco, o corpo ainda tens

dois era preenchido apenas pelo som das o

nte quebrando o silêncio, a voz rouca como

ado demais - respondeu André, soltando um suspiro profundo. - O m

mas os olhos dele não conseguiam evitar a atração pelo lado de A

, quase um sussurro, como se temesse que a respos

ré sorriu, um sorris

se deixar ser

para encarar Joaquim, seus olhos reflet

outros vão pensar. Mas fugir não é resposta - disse ele, a voz

ia ser dito em palavras. Apenas o mar continuava seu ritmo constante

quim, um pouco hesitante, como quem lança uma pedra num

naquele sorriso havia uma promessa - pro

ó o sal do mar, mas também o peso do preconcei

sussurros que viravam ondas pequenas, mas incômodas, que ameaçavam se tornar tempestades. Um dos se

Parece que o moço do bar não é só amigo seu, né? Melho

Não era só o medo de ser descoberto, mas

e engolia as últimas luzes do dia. Quando Joaquim chegou, foi puxado

ou Joaquim contra os cabelos do ou

corpos, nasceu uma resistência silenciosa, a promessa de enfrentar

orrentes perigosas sob sua superfície calma. Joaquim e André se viam com olhares que d

anções melancólicas que pareciam contar a história que os dois ainda não tinham coragem de dizer em voz alta.

s, e os olhares se tornavam lâminas invisíveis que perfuravam a pele. Joaquim se

a do navio, Rodrigo se aproximou de novo

do fixamente para ele -. Aqui as coisas sã

do que o aviso era mais do que

êmula das velas. Quando Joaquim entrou, o ambiente pareceu se fechar em t

s ganhem - disse André, se

pondeu Joaquim, os olhos marejad

aram os de Joaquim num beijo suave, q

e vai nos prote

eles encontraram um refúgio um no outro, um porto s

ravam ao cheiro forte do sal e da madeira molhada. No pequeno quarto nos fundos do bar, A

se um ritual de acalmar a ansiedade que se acumulava dentro dele. A lembrança de

a que pairava entre eles. André sabia que estava se entregando a algo maior do que ele mesmo, mas tamb

a engolir as estrelas. Ele sentia o corpo pesado, como se cada passo fosse uma luta

, firmes e delicados ao mesmo tempo. A sensação daquela pele contra a sua era um lembrete

luz suave da vela. Sem dizer nada, Joaquim se aproximou e deixou que os ded

pronto para isso - confessou Joa

dele para que seus olhos se encontrassem -, m

pacto silencioso entre dois corações à deriva. O beijo foi suave no come

or do abraço,

er. Cada medo, cada

ue as palavras penetrassem, uma ânc

nder a me permiti

e só restaram eles, a respiração compartilhada

a parte do oceano que sempre chamava por ele. As mãos se encontraram de novo, dessa vez com mais firmeza, como se um pacto silen

se quisesse registrar o instante - dois homens, dois

alou num sussurro que quase se confundia

ra... nem tudo. Só o

ndré. Era como se, pela primeira vez em muito tempo, ele pudesse parar de lutar contra si mesmo. A armadura que ves

- disse ele, quase como

o. O silêncio entre os dois era cheio - de respiração, de sensação, de um c

dormia, mas nã

tros se perguntavam por que André andava mais calado que o costume. As pequenas antenas sociais da vila estavam

o aos rumores. Era um homem de fala seca e convicções firmes, mas também de um olhar atento. Já notara as trocas de olhares. Não dizia nada, aind

sem pressa. Joaquim dormia com a cabeça no ombro de André, e este acariciava seus cabelos em sil

pouco", pensou André. "Mas talvez esconder também

nto, os olhos dele

ntra as pedras, paciente, constante - como o

respirasse devagar antes de acordar. Dentro do quarto, o ar tinha o cheiro morno da vela que se apagou

é repousava sobre sua cintura, e o calor daquele toque o ancorava. Ele observou o rosto adormecido do rapaz - os cílios longos, a boca entreaberta, o

é, como quem escreve em silêncio uma carta que jamais seria lida. Era um gesto

sorriso no canto da boca, como se já soubesse quem estava ali

á escuro...

Joaquim. - Mas aqui d

canto dos primeiros pássaros anunciando o amanhecer. Era um momento simples, mas eterno. Um daqueles ins

sto no pescoço de J

bora... me promete q

, no fundo, que o tempo com André era como a maré: precioso, inevit

apertando os dedos de

omens descansaram. Do lado de fora, o sol começava a tingir o céu de dourado, e com ele, nascia

mo uma promessa sussurrada entre dois corpos que

Baixar App Lera
icon APP STORE
icon GOOGLE PLAY