mo se cochichasse segredos antigos entre as pedras da costa. Era fim de tarde, e o ar cheirava a sal, peixe fresco e maresi
de muitos mares - e de coisas que ele nunca soube explicar. Joaquim Duarte não era homem de palavras. Era mais feito de silêncios e cicatrizes, como
nda de madeira rangendo sob o vento e uma música tocando de longe, feita de violão, copos e risos. Joaquim seguiu, mas em silêncio, como
cachaça e outro, que ele
e bagunçados, como se o vento tivesse brincado com eles. Camisa branca, com os botões de cima soltos e o peito dourado pelo sol à mostra.
anto da boca quando alguém fazia piada, mas seus olhos, profundos, pareciam carregar histórias mais velhas do que sua idade
rá
ho dentro do peito. Ele desviou o olhar, levou o copo aos
ão ap
ouvir apenas o mar. Mas o som era outro. Era o som do sal batendo contra o casco,
treza de quem fazia aquilo desde menino. Não trocaram palavras - só o tilintar do líquido encontrando o vidro, e o leve roçar dos dedos
o mansa, rouca de fim de tarde, como qu
mado a gente nova a cada porto, a perguntas que não levavam a
izer... sou daqui agora - comple
que mostrar demais pode ser perigoso. Mesmo jovem, havia nos gestos de André um cuidado
calmos por fora, mas profundos, imprevisíveis. Pela primeira vez em muito tempo, Joaquim se sentiu visto. Não
a estivesse vestido
brando o silêncio pesado entre os dois. Joaquim se virou bruscamente, co
bebida - murmuro
olhando-o ir, ma
óximas. Joaquim respirou fundo, tentando se lembrar de quem era antes daquel
latido de um cachorro distante. Mas havia outro som que insistia em voltar. O som do mar, sim, mas mais do que isso -
m do
do d
da. Joaquim caminhava pelo cais, os passos firmes mas menos seguros que na noite anterior. O mar re
es passageiras dos portos. Mas não conseguia tirar da cabeça o olhar de André, tã
lhado com calma. André estava sentado na varanda, a camisa ainda aberta no peito,
o inteiro tenso. Então, como se puxado p
rar de tocar. O sorriso era um
onder o calor que subia do rosto. Sentou-se ao lado
o - disse, aponta
le, olhos brilhand
quecer o mun
ntre eles, recheado de palavras
- Joaquim pergunto
de tocar e
e q
De se deixa
meio triste, m
do é de não ser. De fingir tanto
ela confissão como uma ond
a promessa silenciosa - a promessa de que talvez, naquele