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O Som do Sal e do Desejo

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Capítulo 1 Maré de Chegada

Palavras: 1236    |    Lançado em: 04/06/2025

mo se cochichasse segredos antigos entre as pedras da costa. Era fim de tarde, e o ar cheirava a sal, peixe fresco e maresi

de muitos mares - e de coisas que ele nunca soube explicar. Joaquim Duarte não era homem de palavras. Era mais feito de silêncios e cicatrizes, como

nda de madeira rangendo sob o vento e uma música tocando de longe, feita de violão, copos e risos. Joaquim seguiu, mas em silêncio, como

cachaça e outro, que ele

e bagunçados, como se o vento tivesse brincado com eles. Camisa branca, com os botões de cima soltos e o peito dourado pelo sol à mostra.

anto da boca quando alguém fazia piada, mas seus olhos, profundos, pareciam carregar histórias mais velhas do que sua idade

ho dentro do peito. Ele desviou o olhar, levou o copo aos

ão ap

ouvir apenas o mar. Mas o som era outro. Era o som do sal batendo contra o casco,

treza de quem fazia aquilo desde menino. Não trocaram palavras - só o tilintar do líquido encontrando o vidro, e o leve roçar dos dedos

o mansa, rouca de fim de tarde, como qu

mado a gente nova a cada porto, a perguntas que não levavam a

izer... sou daqui agora - comple

que mostrar demais pode ser perigoso. Mesmo jovem, havia nos gestos de André um cuidado

calmos por fora, mas profundos, imprevisíveis. Pela primeira vez em muito tempo, Joaquim se sentiu visto. Não

a estivesse vestido

brando o silêncio pesado entre os dois. Joaquim se virou bruscamente, co

bebida - murmuro

olhando-o ir, ma

óximas. Joaquim respirou fundo, tentando se lembrar de quem era antes daquel

latido de um cachorro distante. Mas havia outro som que insistia em voltar. O som do mar, sim, mas mais do que isso -

m do

do d

da. Joaquim caminhava pelo cais, os passos firmes mas menos seguros que na noite anterior. O mar re

es passageiras dos portos. Mas não conseguia tirar da cabeça o olhar de André, tã

lhado com calma. André estava sentado na varanda, a camisa ainda aberta no peito,

o inteiro tenso. Então, como se puxado p

rar de tocar. O sorriso era um

onder o calor que subia do rosto. Sentou-se ao lado

o - disse, aponta

le, olhos brilhand

quecer o mun

ntre eles, recheado de palavras

- Joaquim pergunto

de tocar e

e q

De se deixa

meio triste, m

do é de não ser. De fingir tanto

ela confissão como uma ond

a promessa silenciosa - a promessa de que talvez, naquele

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