apítulo 1: A So
a, 24 an
, carregado com o cheiro de asfalto quente e o rumor distante de sirenes. No bairro operário de São Lázaro, as luzes dos postes piscavam, como se hesitassem em iluminar as v
burburinho. José, um homem de trinta anos, magro, com olhos fundos e uma barba rala que escondia as marcas de noites mal dormidas, enxugava o balcão com um pano puído. Ele era conhecido no bairro: um sujeito quieto, mas com
u perder força. José congelou por um instante, o pano parado no balcão. Ele conhecia aqueles homens. Não precisava olhar duas vezes para reconhecer o jeito de andar,
do balcão. Os outros dois, conhecidos apenas como Tito e Rato, ficaram um passo atrás, os olhos varrendo o ambiente. Vargas
Vargas era rouca, quase amigável, mas carregava
de suas mãos. Ele tentou manter a compostu
pou as mãos no avental, mais por nervosismo do q
a piada. Ele se inclinou ainda mais, o rosto tão perto que J
fez uma pausa, deixando o peso das palavras pairar. - Aquela
era essa dívida? Algo em seu passado, algo que ele tentava enterrar, mas que sempre voltava para assombrá-lo
rtante. - Você tem duas horas pra entregar o que d
iso torto que era mais ameaçador que qualquer palavra. O que Miguel queria? Por que agora? E por que a menção a alg
estão falando - gaguejou José,
mãos no balcão com força sufici
eja o que ele pediu. - Ele se virou, fazendo um sinal para os outros
trêmulas. Ele sabia que não podia ignorar a ameaça. Não com Miguel. Não com aqueles homens. Ele jogou o pa
.
presos em um coque frouxo, olhos gentis, mas com uma força que vinha de anos enfrentando dificuldades ao lado de José. Ela dobrava roupas, varria o chão e organizava os poucos brinquedos de Alaz, que dor
ntrou como um furacão, o rosto pálido, os olhos arregalados. Ele tran
ora! - Sua voz era um misto de desespero e
, confusa, o pano de
endo? Por que essa press
e abrindo gavetas, jogando roupas em uma bolsa velha. - Pega o Alaz, Clar
es crises. O que poderia ter acontecido no bar para deixá-lo nesse estado? Ela correu para o quarto de Alaz, pegando o bebê com cuidado. O menino
ela, voltando para a sala com Alaz no colo. -
poderia? Como contar a Clara sobre o passado que ele jurou deixar para trás? Sobre os erros que comet
a. Confia em mim.
uidado. Três carros pretos, com vidros escuros, pararam em frente à casa. Portas se abriram, e vultos desceram, as silhuetas iluminadas
-a em direção à porta dos fundos. - Cor
os e o coração disparado, s
a, mas José já estava pegando uma pistola escondida em uma gav
mpurrou suavemente, mas com firmeza, em dire
o quintal escuro, o som de vozes graves e passos pesados ecoando da frente da casa. Então, o silêncio foi quebrado por disparos. Tiros altos, secos, que cortaram a noite como facas. Clara paro
todas as respostas que ela nunca teve. O que José devia a Miguel? Por que queriam seu filho? E o que aq