pítulo 3: Prisio
a, um mê
ençóis impecáveis, uma cômoda de mogno, uma pequena janela com grades que deixava entrar apenas fiapos de luz, e uma pilha de livros velhos em um canto - era tudo o que Clara tinha para preencher seus dias. O silêncio era seu maior
roz, feijão, uma fatia de carne insossa e, às vezes, uma maçã murcha. A empregada, uma mulher de meia-idade com olhos baixos e mãos calejadas, nunca respondia às pergunt
escobriu um caderno com algumas páginas em branco. Com um toco de lápis que encontrou na cômoda, começou
mas quero que saiba que sua mãe lutou por você. Que nunca deixou de
ndo a mansão silenciava, ela levantava uma tábua solta no chão de madeira do quarto, um segredo descoberto por acaso ao derrubar um livro. Ali, sob a madeira rangente
o dep
, marcas de noites insones e lágrimas secas. Ela perdeu a conta de quantas cartas escreveu para Alaz - dezenas, talvez centenas, escondidas sob o assoalho. Cada uma contava histórias sobre José, sobre o amor dele
a. A janela com grades era inútil, mas a porta... a porta era sua única chance. Ela precisava de uma arma, algo para se defender. Durante semanas, estudou as basob o travesseiro, o coração disparado. Era agora ou nunca. Ela esperou, contando as horas, ouvindo o silêncio da mansão se aprofundar à medida que a noite avançava. O plano era
arrogante que Clara reconheceria em qualquer lugar. A porta se abriu, e Sônia Almeida entrou, o rosto iluminado pela luz frac
echando a porta atrás de si. - Não cansa de
manga do vestido puído. - Cadê meu filho, Sônia? - perguntou, a vo
hor sem você. Uma mãe que não sabe nem proteger o próprio marido
é! - retrucou Clara, dando um passo à frente.
sou eu, Clara. Todos os dias, desde que seu marido tirou meu Lucas de mim
tar separada de Alaz. Com um grito, ela puxou o garfo da manga e o cravou no braço de Sônia, o metal r
oveitou o momento para correr até a porta, empu
os batendo contra o chão de mármore frio. Ela ouviu gritos atrás de si, o som de Sônia chamando os capangas. "Peguem el
mansão, o ponto onde todos os corredores convergiam. Clara parou, ofegante, olhando para baixo. A escada descia em uma curva elegante, mas não havi
do de fúria. - Você acha que pode me desafiar? - gritou ela, arran
o olhar desafiador. - Eu vou encontrar meu filho
hos faiscando de ódio. - En
hoque. Por um instante, tudo ficou em silêncio. Então, seu corpo cedeu, e ela caiu, rolando pelos degraus da escada, o vestido rasgado ma
de frieza. Ela olhou para o corpo de Clara, sem um pingo de remorso. - Enter
nia voltava para o quarto, limpando o sangue do braço como se nada tivesse acontecido. O silêncio voltou à m