img Quando o amor floresce  /  Capítulo 1 Prólogo Maria Luíza | 20.00%
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Quando o amor floresce

Quando o amor floresce

Autor: deaneramos
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Capítulo 1 Prólogo Maria Luíza

Palavras: 4231    |    Lançado em: 29/03/2024

nos an

o Paulo, 1

tejam após ter dedicado parte da minha tarde para organizar a cas

senhor Sebastião vale

um lençol azul escuro de estampas florais na cor branca, desgastadas, sua c

oites ela não me pare

tempo até a hora do jantar. Eu não posso me atrasar, esta noite nós temos muitos motivos para comemorar, e pensando em

l, mas ele tem se esforçado tanto, que aqu

pai não tem colocado os seus

prova, mas Deus ouviu as minhas preces e tem lhe

ue ele se encontrava, não haveria mais vergonha. E sim, nós sabiamos que nada seria fácil, e eu estaria aqui para lhe apoiar quantas vezes fosse preciso, mesmo que eu ouvisse de algumas pessoas que era perda de tempo, que logo ele estaria na porta do bar, mesmo quando minha tia se opunha e d

da, imagens vão tomando f

e o laço de fita em cetim vermelha na cabeça, que papai comprara para o momento. Naquela noite, nem mesmo o frio do inverno tirava de mim

rir com as lembran

lta do bolo, com tema de princesas. Eram muitos os balões rosa e branco que tinham duas utilidades, enfeitar e ao mesmo tempo cobrir a velha parede mofada

riei expectativa de que ela fosse me fazer uma surpresa e aparecer. A verdade é que, naquele dia eu não pensei nela,

me presentear. Mas não era com isso que eu me preocupava, nada disso me importava, não, quando ele, a pessoa que mesmo com todos os seus problemas e defeitos, era a quem eu mais amava, e ansiosa, o aguardava. O meu

tinham que ir embora, no dia seguinte todos seguiriam com suas vidas, então com todo carinho

icar pior, ilusão minha, eu acompanhei minha tia até o portão com alguns dos

o a sua boca, bêbado demais para conseguir chegar em casa, bê

ao mesmo tempo, eu sentia pena dele. Um sentimento forte

ara a velha cama no quarto, fiquei de co

ando que todo aquele sentimento saísse de mim através das lágrimas. Sobre seus protestos e com a ajuda d

ele resmungava palavras das quais algumas

a medo, eu tinha medo do que o homem que meu pai se transformava p

s não passaríamos a noite ali, em um quarto com cheiro ruim de bebida. Escreveu um bilhete para meu pai avisando que n

rno secando uma lágrima

mos passíveis a erros, papai não era nenhum santo, mas ele estava se esforçando e merecia uma chance, e

lto a me concentra

sada como mesa, e comecei fazer os trabalhos escolares qu

.

nte para perceber que nada do que havia planejado para colocá-los em dia saira como gostari

nti um pesar tomar conta do meu pei

apai já deveria estar em casa,

todo meu corpo gelou com a hipótese dele ter dado uma p

ei minhas mãos por entre os meus cachos em busca

eio ao ouvir voz da minha amiga acompa

embargada. Deslizo as mãos sobre o meu rosto se

ho e costumeiro alto astral. Adentra o cômodo, me levanto

nuciosamente ao mesmo tempo que arrasta a cadeira descascada com a

sei as dificuldades que uma pessoa da minha classe social possui para adentrar uma universidade e se formar caso queira um futuro melhor, por isso o total empenho. M

Não tinha como esconder alguma coisa dela, sempre

or entre as mãos, exausta por tudo o que venho vivendo nos úl

vulnerabilidade, afinal é muito pesado ser forte o tempo todo. Com os anos, apren

seu sorriso tão marcante já não estava mais ali, ele já havia dado lugar a uma expressão de preocu

podia ver ninguém chorando que acompanhava o des

ãos sobre o rosto s

ada... — fungo — Mas irei ficar bem. — dig

r inerte ao que acontece à minha volta, mas saiba que não gosto de ficar me metendo

Você? — minha voz soa trêmula. Eu br

eta mostrando a pont

os meus problemas, ela já tem os dela. Mas, não

para estar aqui. — o medo domina meu cor

que ele volt

toma as minhas mãos suadas por en

sabe como é o trânsito em São Paulo, a condução, é

ha me dado. Mas eu o conheço muito bem para saber que ele teve uma recaída. — Ele não resistiu, amiga. —dig

— ela respira fundo.

tudo, mas nada consigo encontrar. Ninguém tem culpa ale

do ao meu lado. Carinhosamente me envolveu em

as de papai. Ela já tem coisas demais para se preocupar, e sei exatamente

ão vai sai

ocê vir morar comi

é jovem demais para viver presa a um

fundo e

sozinho? Ele vai morrer. Não posso abando

rar ele chegar e depois v

e controlar. Melhor, enquanto el

u te fazer

ê seria de mim sem você. — me leva

diz com um sorriso presunç

a. — eu rio

ez declamava o seu amor platônico por um dos nossos melhores amigo

sente? Talvez ele esteja apenas esperando qu

ouvir ele dizer que gosta da minha melhor amiga. —

nconfundíve

reta em resposta —

galha d

o lado de fora. Senti o meu corpo inteiro gelar, o meu coração batia nu

Ao sair pelo corredor, o embarçar dos meus olhos me impediam de indentificar quem eram as

sse esbaforido. Meu peito apertou ao co

Fala Tiago, o quê aconteceu?! — Ana se coloca ao meu lado, envolve um bra

po estremeceu, as minha pernas bambeam no exat

meu pai? — engulo

cidente. — sinto

lágrimas inundam os meus olhos. —

instalou entre n

Você está me de

to. — sua voz

o mais ouvir nada. — ME DIZ, TIAGO, ONDE ELE

calme. — tent

mas... — alguém dizia. Estava nervosa de

mo uma faca afiada sobre o

lma. — a voz de A

ito numa tentativa frustrada de fazer com que a

entrar, você bebê um pouc

por fortes mãos que envolver

SOLTA. QUERO MEU PAI,

da pista, ao longe já podia se ver o seu corpo envolto por um lenço

o desesperada.

sou impeça por polícias

eixe-mr vê-lo, por fav

em seu lugar, a cena é forte, se acalme. — dois policiais, um homem e uma

certeza de que seja realmente o seu pai.

eus pertences espalhados pelo asfalto. Uma mochila azul de escola, que ganhara da neta de dona Adelaide para levar seus pertences de trabalho. Os seus velhos sapatos mo

daí, pai

disse que iria me ver formar, você disse q

porque eu não sei onde você está? Quem vai trazer salgadinho para mim à

e nem mesmo todo os seus defeitos eram o suficiente para impedir de t

deixou um buraco enorme

, pós ali já não

mana d

— minha tia se senta no banco ao la

, corpo e coração. — lá

ida, eu também

sto das nossas vidas sem ter nada que um dia fora nosso, tudo frio, t

er assim. — ela se junta a mim no pequeno móvel, me envolve em seu abraço af

esbaforida adentra

s joelhos, os seus cabelos castanhos e

Pensei que eu não conseguiria alcançar você. — seu ro

m me despedir. — me

você está indo embora, Malu, eu... — su

la também se aproxima diminuindo nossa distância a envolvo em um abraço c

juntas todos os dias, eu te amo e te amarei até mesmo se nunca mais nos voltemos

rimas, coloco uma mecha dos

você está me entendendo? — ela assent

— por fim diz com

pode, tia? — eu me viro para ela que com o

uiser ir passar o final de s

um adeus, mas sim um até breve. — eu

la sorri com o canto dos lá

u é minha amiga tamb

Da

tia se dirige

elho roupão de banho branco, cabelos presos em um coque frouxo no alto da cabeça, seu sem

ciliações, conquistas e perdas. Eu convivo com essa família d

áveis, mas as recorda

com pesar na voz. Assento com a cabeça em conc

entos e a fita que eu ganhara de papai quando eu ainda era uma criança. E saí

minha vida sofreu nos últimos dias, foi tudo tão derrepente

metamorfose, ainda assim nunca estamos prontos. Eu

rinhosamente, beijando o meu rosto

ão. — acarici

la me envolve em seu co

e e cuide de sua tia. — passa as mãos sobre o rosto n

entimentos, mesmo que todos saib

. Se cuide

antes de entrar no carro, eu olho por alguns segun

um lugar que ficará apenas gu

l chorava sobre os ombros de tia Lúcia e

essoas que amo, e que fizeram parte da minha vi

quero que você foque na sua vida daqui para frente. Não estou dizendo que é para esquecer tudo o quê viveu aqui, com essas pessoas que de alguma maneira esteve presente em sua vida como uma família. Mas olhe bem, quer

ra muito na vida para se deixar abater. É prá

ra ela ag

emor

dre de

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