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Amor Perigoso - Mafia

Amor Perigoso - Mafia

5.0
97 Capítulo
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Sinopse

Índice

Quando o impiedoso chefe da Máfia Capital envia seu filho, Damiano Mazzini, para cobrar uma dívida, ele não faz ideia de que essa missão desencadeará uma série de eventos que mudarão sua vida para sempre. Victoria Moretti é uma jovem estudante de medicina, animada para passar as férias da faculdade com seus queridos pais. No entanto, ela não imagina que esse reencontro familiar se transformará em um pesadelo quando sua casa é invadida por criminosos impiedosos, deixando seus pais reféns. Movida por uma coragem surpreendente e altruísmo, Victoria se oferece para tomar o lugar de seus pais como garantia na dívida. É assim que ela se vê no centro do perigoso mundo da Máfia, presa em uma mansão sombria e imponente. Enquanto Damiano obedece às ordens de seu pai, ele não consegue ignorar a presença cativante e corajosa de Victoria. Intrigado pela bela ruiva de cabelos longos, ele é confrontado com sentimentos conflitantes em meio à vida criminosa que ele sempre conheceu. À medida que o tempo passa, os dois são envolvidos por uma teia de segredos, traições e paixão proibida. Em meio ao perigo iminente e ao caos, Damiano e Victoria são forçados a confrontar seus desejos mais profundos, redescobrindo o significado do amor e da lealdade em um ambiente repleto de perigos mortais.

Capítulo 1 Pesadelo

Sem imaginar o terror que acontecia na casa onde passou sua infância, Victoria estava sentada no banco da praça onde costumava ir acompanhada de seus pais quando criança.

Já que seu voo decolou um pouco mais cedo, ela decidiu aproveitar um pouco do clima agradável antes de ir até a casa onde seus pais moravam.

A falta de pressa não era sem explicação, já que chegando de surpresa em Luca, uma pequena cidade na Itália, Victoria sabia que a essa hora seus pais ainda estariam na fábrica de tecidos onde trabalhavam.

Com calma, ela percorreu pelas ruas onde cresceu, sentindo as memórias a visitarem de forma vívida mesmo após tanto tempo. Apenas quando suas pernas se cansaram, ela decidiu ir até a casa de seus pais para descansar das longas horas em que passou apertada no assento do avião.

Tudo parecia normal. Os vizinhos continuavam silenciosos, e as flores do jardim em frente a casa onde cresceu continuavam bonitas e aparentes, exibindo o extremo cuidado que seu pai tinha com as suas preciosas plantas.

Os passos arrastados de Victoria demoraram a alcançar a entrada, e talvez, devido ao seu cansaço, ela tenha demorado demais a notar que havia algo de errado.

A porta entreaberta a surpreendeu, a fazendo acreditar que seus pais, por algum motivo, teriam chegado mais cedo em casa. Porém, sua intuição só a alertou sobre algum perigo, quando ela avistou pequenas machas vermelhas espalhadas pelo carpete que cobria o chão.

Talvez a atitude mais lógica fosse sair dali o mais rápido possível e acionar a polícia. No entanto, quando pensou na possibilidade de seus pais estarem feridos, ela jogou ao chão todas as bolsas que segurava com firmeza, correndo o mais rápido que pôde até o quarto, que para a sua surpresa, estava vazio.

Confusa, ela observou todos os cômodos vazios até perceber o barulho que vinha da cozinha.

E nesse momento, Victoria o viu pela primeira vez.

Escondida atrás da parede que separa a sala e a cozinha, ele não a enxergou de volta. E assim Victoria permaneceu, estática, o observando enquanto pensava em qualquer tipo de atitude que pudesse tomar para manter seus pais seguros.

Ele estava parado, com o corpo apoiado sobre a ilha, exibindo uma expressão nada agradável em seu rosto. Alguns fios soltos de seu cabelo longos caíam sobre suas bochechas, e ele continuava a encarar com ódio o celular em suas mãos.

Quando os olhos de Victoria seguiram mais a frente, ela viu seus pais.

Seu corpo automaticamente desabou sobre o chão marcado com o sangue despejado anteriormente, sem conseguir forças para se manter intacto diante de uma cena tão difícil.

Ela os viu amarrados um ao outro, chorando copiosamente ao mesmo tempo que pediam para terem as suas vidas poupadas.

Infelizmente, estavam buscando misericórdia em uma fonte vazia. Vez ou outra, os olhos negros do chefe que os mantinha ali os encontrava, dispersando rapidamente ao exibir um sorriso ladino no canto de sua boca.

Ele parecia se divertir com a situação, e isso deixou Victoria enojada.

Tentando pensar de maneira lógica, ela decidiu aproveitar a sua invisibilidade diante dos homens que os mantinham como reféns e correu até a porta, fazendo o mesmo caminho que usou para chegar até lá. Desesperada, continuou buscando o celular dentre as peças de roupas emboladas em sua bolsa, e no momento em que viu uma luz no fim do túnel ao observar a tela acesa no fundo da mala, toda a sua esperança se esvaiu.

Um homem magro e esguio surgiu em sua frente, surgindo pela porta de entrada, sorrindo maliciosamente ao vê-la com lágrimas nos olhos.

Ele agarrou seu braço sem qualquer gentileza, a arrastando até a cozinha. O sorriso em seu rosto fazia parecer que ele havia ganhado um prêmio, e de fato, ele tinha motivos para estar contente.

— Chefe! — Ele gritou animado antes de continuar — Achei isso aqui na porta de entrada.

Os pais de Victoria se desesperaram no momento em que enxergaram sua filha indefesa nas mãos de um marginal como aquele, e, ao mesmo tempo, os olhos dele se acenderam.

Ele a fitou atentamente, a observando espernear e se debater contra o chão, dificultando o trabalho do capanga que a manteve sob o seu controle.

Indignado, ele se aproximou, dando passos lentos e intimidadores em direção à ruiva, que permaneceu caída no chão.

— Se levante! — Ele ordenou, fazendo Victoria estremecer ao ouvir o tom grave de sua voz — Está surda? Se levante agora! — Dessa vez, ele sacou sua arma de calibre 380 em direção a jovem que, por fim, acatou a sua ordem.

Ela se levantou com dificuldade, sentindo suas pernas bambas pelo terror que sentia naquele momento. Desajeitada, arrumou seu vestido branco que insistia em subir todas às vezes em que ela se movia. O líder dos outros homens seguiu o movimento de suas mãos puxando o tecido do vestido justo, e o sorriso malicioso que surgiu em seu rosto fez Victoria temer imaginar o que se passava em sua mente naquele momento.

— Por favor, não os machuque — Ela pediu com a voz baixa e receosa, notando um sorriso largo surgir na face dele.

Ele não respondeu, apenas seguiu em sua direção, segurando seu rosto com uma força desproporcional.

— Quem te deu permissão para falar, putinha? — suas palavras fizeram Victoria querer cuspir em seu rosto. No entanto, ela precisava pensar com sabedoria. — Já que você quer salvar seus pais, o que me propõe em troca? — O moreno perguntou maliciosamente.

— Faço o que for preciso. — Ela respondeu com a voz trêmula, assistindo os olhos de seus pais saltarem de preocupação.

— Está disposta a qualquer coisa? — Ele perguntou antes de continuar. — Seu pedido é uma ordem, princesa. Você vem comigo.

O homem arrastou o aço frio da arma que empunhava com firmeza sobre a pele sensível de Victoria. Ela não debateu, apenas aceitou o destino que a escolheu naquele exato momento.

Pensando no bem de seus pais, ela fez o que achou necessário, e estendeu sua mão trêmula em direção ao homem que a devorava com os olhos desde o momento em que a viu pela primeira vez.

O sorriso que ele exibiu em seu rosto não transmitia felicidade. Era óbvio para Victoria que ele não passava de um sádico, que naquele momento, encontrou um novo brinquedo para se divertir.

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