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Contos Para Ler Antes de Dormir

Contos Para Ler Antes de Dormir

4.6
13 Capítulo
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Sinopse

Índice

É hora de dormir

Capítulo 1 Coração de Gelo

Ashely tinha a vida dos sonhos. Melhores amigas ao qual podia confiar de olhos fechados, uma mãe amorosa que estava sempre lá quando a mesma precisava, um pai que, mesmo longe, fazia de tudo para vê-la bem.

Em resumo, realmente uma vida dos sonhos

Mas isso mudou quando Lucas Côrrea apareceu em sua vida.

Por mais clichê que seja, tudo começou com o sorriso. Aquele maldito sorriso.

Para Ashely, aquele sorriso era como o Sol: caloroso, aconchegante, convidativo. Vivia sonhando acordada com o momento em que o garoto sorriria apenas para ela.

O tempo passou e nada do seu amor tomar uma atitude, de notá-la. Decidiu então, que ela o faria.

Apenas suas amigas sabiam dos seus sentimentos em relação a Lucas. A moça não teve coragem de contar aos pais por medo da reação. Nunca foram muito receptivos a esse tipo de conversa.

Tudo estava pronto.

Caminhando até a quadra onde ele estaria treinando, ela declararia seu amor e torcia para que o rapaz correspondesse aos seus profundos sentimentos. Ou pelo menos, estivesse disposto a ouvi-la e se darem uma chance de tentarem um romance.

No entanto, ao chegar no local, estancou no lugar e desejou estar em um pesadelo, desejou abrir os olhos e acordar em sua cama. Seu coração estava despedaçado. Em sua frente, Lucas estava ajoelhado, pedindo Daisy, uma de suas melhores amigas, em namoro. E a garota aceitou, dando um beijo apaixonado no rapaz.

Não podia acreditar em seus olhos. Não queria acreditar.

Daisy... Uma de suas confidentes. Elas estiveram lado a lado sempre que foi preciso. Nunca havia passado em sua cabeça que sua amiga a trairia daquela forma.

Se Daisy amava Lucas da mesma forma que Ashely, deveria ter dito. A jovem teria desistido de seu sentimento e deixado o caminho livre para a amiga (agora namorada do garoto ao qual era apaixonada).

Repassou mentalmente todas as conversas que teve com suas amigas e, finalmente percebeu onde havia errado.

Daisy sempre ficava em silêncio quando entravam nesse assunto e de todas, ela era a mais falante e alegre. Na época, tinha ignorado esse pequeno sinal e agora, veja só! Isso custou um amor e, possivelmente, sua amizade.

Ela não conseguia aceitar o sentimento de que tinha sido traída por sua "amiga".

Depois daquele dia, a jovem mudou. Optou por se isolar de todos. Não conversava com as amigas ou com os pais. Sabia que estava agindo de forma muito idiota e egoísta. No entanto, era adolescente e estava tendo sua primeira desilusão amorosa - e por muito azar, perdeu uma das pessoas que mais confiava.

Não chorava. Não permitiria que a vissem o quanto ela estava destruída e fragilizada. Não permitia a aproximação de ninguém. Nem mesmo Daisy, que tentou esclarecer as coisas, deixar tudo em pratos limpos como deveria ter sido feito, Ashely não deixou.

Não permitiria essa humilhação.

Ashely acabou por construir um muro em volta de seu coração, o congelou e vestiu uma armadura emocional. Não queria se machucar de novo. Ficou esperando o pior de todos. Afinal, se não podia confiar em alguém que havia crescido junto com ela, como confiaria em um estranho? Como deixaria outra pessoa entrar na sua vida?

Ashely não se importava com o namoro. Se importava com a falta de diálogo e sinceridade de Daisy. Isso foi a única coisa que ela pediu durante toda a vida. Sinceridade.

"A verdadeira solidão não é outra senão o próprio passado. Agora você já sabe o que me matou"

-Ashely Crisitina

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