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Predestinada ao chefe da máfia

Predestinada ao chefe da máfia

5.0
65 Capítulo
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Sinopse

Índice

Yurich sofre um atentado que quase o leva a morte, mas é salvo por uma médica dedicada e experiente em busca de uma noiva para cumprir com suas obrigações dentro da máfia propõe um contrato de casamento a bela médica Lyana. Ele ama matar e ela ama salvar vidas , porém o que os une é um contrato. Em meio a perseguição e com tantas diferenças será que esse acordo se transformará em um casamento verdadeiro?

Capítulo 1 O Paciente

Lyana

Por mais estranho que seja não consigo desgrudar os olhos do homem deitado na cama a minha frente, seus batimentos ritmados deveriam ser algo positivo, mas a realidade é que ver como o corpo de porte forte se perde no meio dos lençóis brancos do leito causa uma pontada de dor dentro do meu peito. Suspiro mais uma vez criando coragem para dizer-lhe algumas palavras de alguma forma preciso saber que está bem, saber que irá sobreviver. Cassandra bipa uma mensagem de emergência no meu celular, saio apressada para a emergência do hospital encontrando a dupla de emergencistas que trazem um senhor idoso sob a maca apressadamente, coloco o estetoscópio prontamente, fazendo uma rápida ausculta identificando a batida fora do ritmo por algum sopro ventricular. Aceno para a enfermeira.

—Bipe o Doutor Michaels para o centro cirúrgico. — Passo a ordem.

Deixando os internos para trás correndo apressada para o centro cirúrgico, paciente de idade avançada desacordado, batimento cardíaco baixo, ausculta com sopro ventricular, pressão baixa. Todos os indícios de um infarto necessitando de uma intervenção cirúrgica, como médica traumatologista muitos costumam diminuir as minhas capacidades em outras areas da medicina, as mesmas piadas de sempre.

‘Se o osso não quebrou então não tem nada errado’

‘Passa um relaxante muscular e não verifica a pressão’

Na verdade, não é minha culpa se muitos colegas não estão nenhum pouco preocupados com seus pacientes ou se desrespeitam nossa especialização sendo idiotas, o que posso fazer é dar o meu melhor por aqueles que chegam as minhas mãos.

Por isso não me preparo para entrar em cirurgia, entro dentro do centro cirurgico indo direto para o equipamento de ecocardiografia ajudando o técnico a conectar todos os pontos para agilizar a entubação do paciente e prepara-lo. Como imaginava o ecocardiograma mostra o inicio de um infarto, vejo Michaels entrando.

—Me bipou para uma cirurgia? — Ergue a sobrancelha e posso ver em seu olhar a descrença

— Infarto com sopro intraventricular, ecocardiograma com ritmo fora do padrão curva com padrão restritivo.

Informo rapidamente sem me importar que isso faça alguém olhar para mim como se fosse uma interna e não uma médica especialista em cirurgias traumatológicas. Posso ver a maneira como o olhar do homem se transforma enquanto dá ordens para as mudanças dentro do centro cirurgico solicitando o equipamento de video para iniciar uma abordagem menos invasiva. Quando tudo está pronto e a mão dele começa a movimentar o fio pelo ramo aortico inferior questiono:

— Ainda precisa de alguma coisa?

Posso jurar ter visto um sorriso no canto dos seus lábios enquanto manuseia a camera de video junto com o stent padrão.

— Gostaria da sua companhia se possivel.

O som dos cochichos na sala cessam, as técnicas que estão babando no homem a alguns meses completamente curiosas, solto um suspiro por baixo da mascara não é como se tivesse outra chamada no momento, Adria costuma me chamar por saber que tenho o costume de identificar prontamente a necessidade cirúrgica de algum paciente, mas é algo do qual pretendo conversar com ela, não posso continuar fazendo o impossivel por todos principalmente porque não sou nenhuma chefe de cirurgia e não pretendo receber uma chamada de atenção por isso.

— Pelo que posso ver tem tudo sobre controle Doutor. — Respondo confiante.

— Casos assim costumam ser erroneamente interpretados, alguns pacientes não chegam na mesa cirúrgica e qual só a minha surpresa ao já ter meu paciente diagnosticado.

— Antes de ser seu paciente, ele é paciente do hospital dando entrada na emergência, atendi ao chamado e fiz o diagnóstico.

Não abaixo a cabeça muito menos tenho porque pedir desculpas por fazer o meu trabalho bem feito.

— Não é uma critica doutora, na verdade é um elogio me admira ser traumatologista. — ele abre o sorriso estupido.

Se em algum momento durante essa semana tirei algum momento para achar esse homem bonito retiro totalmente a minha admiração, costumo amar os homens como eles amam a nós mulheres: Na cama.

Entretanto, tenho certos pré requisitos e por isso muitos que trabalham comigo costumam ser desclassificados pela extrema arrogancia o que parece ser um padrão da profissão.

— A traumatologia lida com constantes casos de colapsos e ao contrario do que muitos pensam, nós não lidamos só com ossos. — Deixo claro a minha reprovação pelo seu comentário estupido.

Antes que possa dizer mais alguma coisa, escutamos o som do celular tocando o que quebra completamente o silêncio da sala, os olhares recaem sobre a mesa, especificamente sobre o meu celular, Jane uma das assistentes cirurgicas pega o mesmo e atende.

— Doutora, o paciente da explosão acordou. — Sua voz suave atrai nossa atenção.

Ninguém consegue esconder as feições de espanto, os boatos sobre o homem correram feito uma peste dentro do hospital, preciso inspirar e respirar três vezes antes de me afastar da mesa de cirurgia em direção a saída da sala. Mas principalmente em busca de esconder a ansiedade em conferir o demônio russo como escutei alguns o chamando baixinho.

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