Pois eu não deveria está agindo dessa forma com o cara que minha irmã gosta, não mesmo!
Seu olhar me deixava constrangida, era como se ele pudesse me ver nua naquele momento.
E por esse mesmo motivo já não estava conseguindo manter o raciocínio intacto ali naquela mesa com eles reunidos.
- Isso não está certo! - Grito e percebo que acabo atraindo atenção de todos da mesa para mim.
- Você está bem? - Ele pergunta com sua voz rouca e um sorriso de lado
- Eu só preciso ir ao banheiro. - Falo e me levanto saindo dali.
Eu não consigo acreditar que passei esse vexame e ainda por cima atrai os olhares de todos para mim.
Caminho até o banheiro e paro em frente a porta.
O que está acontecendo comigo? Como posso está agindo dessa forma com minha própria irmã?
Como posso está caindo em um jogo de olhares com o cara que será o namorado da minha irmã?
Nesse momento eu estava me sentido muito mal por tudo isso.
Me dou uns tapas leves tentando voltar a meus sentidos.
Mas acaba sendo pior quando abro meus olhos e vejo ele parado em minha frente.
Eles estava sério e me olhava na tentativa de tentar entender o que se passava comigo naquele momento.
E não preciso nem comentar do quão constrangedor isso havia sido.
- Você está melhor? - Ele pergunta suavemente.
- Sinceramente, estaria bem melhor se você não estivesse aqui. - Falo e ele me observa antes de responder alguma coisa.
- Então sou eu o motivo de todo seu nervosismo? Mas porque ficar nervosa apenas com minha presença? - Ele pergunta com um sorriso de lado.
Quando estava prestes a responder ele coloca seu dedo indicador nos meus lábios pedindo silêncio.
Aos poucos ele vai se aproximando do meu ouvido e sussurra algumas palavras.
- Não precisa ficar nervosa. Eu não mordo. - Ele fala com um sorriso e seu hálito quente em contato com minha pele me deixou inebriada por uns instantes.
- Não? Então para quê serve seus dentes? - Pergunto sarcástica e ele apenas sorrir.
- Posso te mostrar, caso você queira. - Ele responde e posso ver a malícia em seus olhos.
- Não, obrigada! Sei muito bem quais são as funções dos dentes. - Falo.
_ Sabe? E quais são? - Ele pergunta debochado.
_ Não se faça de bobo Dylan, eu conheço muito bem seu joguinho e não tenho planos de cair nele. - Falo.
_ Que joguinho? Seja lá qual for eu não quero que caia neles, mas se quiser posso deixar você cair em cima de mim. - Ele fala e aproxima seu rosto mais um pouco e me afasto imediatamente.
_ Idiota! - Falo.
Saio dali apressada, pois caso passasse mais alguns segundos ali não iria conseguir agir por mim.
Não conseguia explicar o efeito que esse homem tem sobre mim.
Talvez seja efeito de uma paixão platônica e eu, esteja vendo coisas onde não tem.
Volto para mesa e ele demora um pouco para retornar.
Quando retorna, ele se senta de volta ao seu lugar sem nem sequer me olhar.
- Laura, você está estranha. - A Liz diz me pegando de surpresa e atraindo novamente a atenção de todos para mim.
_ Não é nada. - Falo tentando voltar ao meu silêncio, tudo que mais queria era que esse jantar acabasse o mais rápido possível.
_ Você parece nervosa por alguma coisa, não quer nos contar? - Ele me pergunta com um sorriso de lado.
Senhor daime paciência, porque se o senhor me der força eu mato esse garoto!
_ Não estou nervosa Dylan, apenas preocupada com umas coisas da faculdade e acho que em um jantar não seja o melhor momento para se falar sobre isso. - Falo.
_ Filha, você pode falar.
Nos conte o que aconteceu, não importa a ocasião. - Minha mãe fala.
_ É Laura, não se preocupe, a gente adoraria saber o motivo que está te deixando assim. - Ele Fala.
Acho bom você tiver sete vidas porque irei acabar com pelo menos umas seis sua depois desse jantar.
_ O que disse? - Meu pai pergunta.
_ Bom, tive uma prova supresa e não me sair tão bem quanto esperava, porque vocês estão tão focados em saber? Tem tantas outras coisas interessantes para conversar... Como por exemplo: quando o Dylan vai pedi a liz em namoro. - Falo e é a vez do Dylan ficar sem graças.
O Dylan parece se instalar enquanto a liz lhe olhava esperando uma resposta, mas não foi só ele.
De repente meus pais ficaram em silêncio e se olhando entre si.
_ Esse brócolis está uma delícia. - Meu pai fala tentando mudar o rumo da conversa.
_ Realmente está muito bom! - Dylan fala concordando com ele.
A liz pareceu meio decepcionado por o Dylan ter fugido do assunto, e eu também não tinha entendido porque todos ficaram estranhos tão de repente.
Provavelmente eu não tô muito bem hoje e deve ser apenas coisas da minha cabeça. Portanto na primeira oportunidade que tiver irei para meu quarto.
_ Você não vai comer? - Meu pai pergunta se dirigindo a mim.
- Acho que não tô muito bem hoje. Acredito que seja melhor eu ir ao meu quarto para descansar um pouco. - Falo.
- Se você achar melhor, pode ir querida, qualquer coisa é só chamar. - Minha mãe fala com um sorriso caridoso.
_ Pode deixar, não se preocupe.
Boa refeição a todos vocês! - Falo antes de sair.
Saio dali e sigo para o meu quarto sem nem olhar para os que ficaram, eu sentia o olhar do Dylan me acompanhar enquanto caminhava.
Chego no quarto, fecho a porta e me jogo na cama.