Para Luther, aqueles 13 dias deveriam ser apenas uma excursão escolar para comemorar o fim das aulas. Ele nem sequer estava animado para isso, mas precisava admitir que o lago para onde iriam era um dos mais belos pontos turísticos da região, apesar de ser um tanto esquecido em meio as praias, cidades famosas, museus e tantos outros lugares para se visitar na costa oeste dos estados unidos. O que Luther com certeza não esperava era encontrar um garoto lindo e misterioso vagando pelas redondezas; e as coisas começam a complicar quando um simples beijo se mostra capaz de mudar tanto o físico, quanto os sentimentos que habitam em seu coração.
Com o fim do ano letivo, todas as turmas do ensino médio se organizam para fazer uma excursão em algum lugar do país para comemorar o término das aulas e o início das férias de verão, desde que alguns professores e supervisores se prontifiquem para ir junto e haja autorização dos pais.
Esse ano esperávamos uma viagem para Las Vegas, mas como a escola estava em reforma após uma temporada catastrófica de tornados destruir praticamente metade do telhado, eles precisaram economizar e nossas opções para a excursão diminuíram para algo em um raio de 300 quilômetros da nossa pequena cidadezinha, assim poderíamos ir de ônibus mesmo.
Após dias e dias de organização, decidimos passar duas semanas acampando à beira do Flathead lake, o lago mais cristalino de todos os Estados unidos e a maior reserva de água doce de todo o país. É um pouco surpreendentemente como algo tão perto de nós seja praticamente esquecido por nós mesmos. Parece que durante a maioria do ano, a água é fria demais para banho, mas como o verão já começou e uma onda extra de calor banha o hemisfério norte durante os próximos meses, será uma oportunidade perfeita.
O ônibus faz uma curva brusca em uma estrada praticamente deserta, me jogando contra a janela de vidro com tanta força que preciso me segurar para não soltar um grunhido de dor. Já faz umas 4 horas que estamos presos dentro desse maldito ônibus. Paramos apenas uma vez em um posto de gasolina, depois que a galera lá do Fundão implorou e disse que estavam quase mijando nas calças (desconfio que o real motivo foi para comprar bebidas e cigarros na lojinha do posto e escondê-los nas mochilas).
A gritaria lá atrás me faz olhar por cima do banco e encarar os garotos do time de futebol, que estão rindo e falando alto como se fossem os donos do lugar. A maioria está com uma das líderes de torcida no colo, me fazendo revirar os olhos e voltar a sentar direito no meu lugar.
Nossa turma tem 40 alunos. Nenhum deles que eu poderia verdadeiramente considerar um "amigo". Até certo ponto, acho que gosto de ficar sozinho, só eu e meus pensamentos, mas ter alguém com quem falar as vezes pode ser legal. E ser o garoto esquisitão da sala não ajuda em nada.
Minha aparência não é algo do que me orgulhe muito, mas também não me considero feio. Minha mãe sempre me diz que eu só sou meio desleixado comigo mesmo. Meus olhos azuis são até interessantes quando analisados separadamente do "todo", mas eles ficam meio apagados no mar de sardas que são as minhas bochechas e a ponte do nariz, além dos cachos escuros que não são aparados faz uns três meses e insistem em cair sobre minha testa.
Olho para a garota loira sentada ao meu lado, que está digitando rapidamente no celular como se sua vida dependesse disso e não lança sequer um olhar em minha direção. A gritaria lá no fundo, as conversas altas e risadas estridentes me deixam um pouco incomodando, eu poderia pegar meus fones de ouvido, colocar minha playlist no máximo e tentar ignorar tudo isso, mas como vamos passar duas semanas acampando, não quero que meu celular fique sem carga já no começo.
Movo meu olhar para fora, em direção às colinas verdes que se estendem por todo o horizonte. O sol me faz precisar apertar um pouco os olhos por conta da luminosidade excessiva (ter olhos claros não ajuda muito), mas a vista é tão deslumbrante que vale a pena continuar observando, mesmo que eu sinta meus olhos ficarem úmidos devido a luminosidade excessiva.
Ajeito minha mochila sobre minhas pernas tentando achar uma posição mais confortável, já que ela está super pesada devido aos livros e a imensidão de coisas que coloquei dentro dela para o caso de alguma emergência. A mala com a barraca e cobertores estão no bagageiro, só não quis colocar essa lá também porque poderia amassar meus livros ou danificar outras coisas.
Solto um longo suspiro e rezo para chegarmos o quanto antes no lago.
❇️❇️❇️
Depois do que parece ser uma eternidade, finalmente chegamos ao lago. Os gritos de alegria e a conversa se intensificam assim que o ônibus para em uma enorme clareira as margens do Lago, já consigo ver a água cristalina a uns 30 metros pela janela de vidro.
- finalmente chegamos pessoal! Desçam e peguem suas coisas do bagageiro.- um dos professores fala, sua voz é quase inaudível em meio à gritaria. A multidão de alunos se apressa em andar até a porta tão rápido que é como se o ônibus tivesse pegando fogo ou sei lá. Permaneço sentado até o caminho ficar vago, não querendo entrar nesse mar de corpos e correr o risco de ser pisoteado.
Quando finalmente a maioria dos alunos já está fora, jogo a bolsa sobre o ombro e caminho em direção a porta em passos rápidos, enquanto tiro algumas mechas de cabelo que insistem em cair pela minha testa.
O ar fresco e a bela visão da água cristalina me cumprimentam assim que coloco os pés fora do velho e grande ônibus amarelo. Todos estão amontoados ao lado do bagageiro, esperando o motorista abrir o compartimento para que possamos pegar nossas coisas. Observo em silêncio o amontoado de adolescentes; alguns garotos já estão sem camisa, e mas meninas não vestem mais do que shortinhos jeans e a parte de cima do biquíni.
Não sou fã de muito contato físico com pessoas com quem nem convivo direito, então não me arrisco entrar naquela massa desorganizada de pessoas. Acho que minha vida se resume em observar os outros e não me arriscar em nada, talvez por isso não há nenhum acontecimento que realmente deva ser lembrado, e provavelmente não haverá até o dia que eu morrer.
Acho que deveriam colocar isso na minha lápide um dia. Me resume perfeitamente.
Luther Willians: um monte de nada.
- Hey esquisitão. Isso é seu? - uma voz me tira dos meus devaneios e me faz olhar para frente novamente. Devo ter pedido a noção do tempo enquanto estava pensando (isso acontece com muita frequência), já que a maioria das pessoas já pegou suas coisas do bagageiro e só sobraram algumas sacolas e as minhas malas. Uma delas por sinal, está nas mãos de um cara moreno que não sei o nome, mas pelo casaco vermelho amarrado na sua cintura, ele deve ser do time de futebol.
- É sim. - vou até lá, tentando equilibrar meu corpo com a mochila cheia de livros pendendo do meu ombro esquerdo. Acho que tenho sorte por não ter tido um problema sério de coluna até agora.
Pego a mala das mãos dele e aceno em agradecimento. Essa aqui não é tão pesada, já que dentro dela há apenas roupas e um cobertor.
- Será que você pode me dar aquela outra alí também? - aponto para a velha bolsa com estampa do exército onde guardo minha barraca. O cara pega a bolsa do bagageiro e a estende para mim, então agarro-a com os dedos livres.
- Obrigado. - Agradeço-o novamente, antes de dar meia-volta e encarar a praia em forma de meia lua que se estende diante de mim. Os grãos brancos de areia são misturados com pequenos pedaços de calcário, criando um mosaico de cinza e branco até onde minha visão consegue alcançar.
A luz do sol reflete na superfície e deixa a água de um tom de azul tão claro que é possível ver o fundo do lago, como se ele fosse uma piscina imensa. Não consigo ver nenhuma planta aquática, mas há alguns peixinhos coloridos nadando tranquilamente. Também consigo ver uma ilha no centro do lago, com árvores altas e pedras grandes e circulares perto da água.
Voltando a encarar a praia, vejo que a maioria das pessoas já escolheu o lugar onde ficarão suas barracas, deixando-as a alguns metros de distância da margem, já que o vento faz pequenas ondas irem e voltarem de forma calma pela areia.
Caminho em passo cuidadosos entre eles, tentando encontrar um lugar bom para armar a minha própria barraca. Não quero ficar perto das árvores porquê sou um pouco medroso, mas também não quero ficar muito próximo das outras barracas porque a baderna provavelmente vai ser semelhante ou até pior a que estava no ônibus, e se for o caso eu não poderei ler em paz.
Por fim, escolho um lugar plano que parece ser perfeito. Ele fica a uns bons quinze metros da barraca mais próxima, então deverá ser bem de boa.
Coloco as minhas malas no chão, quase chorando de alívio ao me livrar de todo o peso. Consigo sentir uma gota de suor solitária escorrer pela minha têmpora, em tão a limpo rapidamente com as costas da mão.
- Tudo bem aí? - A minha professora de português grita, olhando para mim. Ela deve ter uns trinta e cinco anos, mas já há várias mechas acinzentadas em meio ao seu cabelo loiro.
- Tudo sim! - grito de volta, abrindo um sorriso amarelo e erguendo os polegares na sua direção.
- Porquê não vem para mais perto? Iremos acender uma fogueira aqui no meio a noite, porque deve fazer muito frio. - ela diz, apontando para o círculo de pedras que há perto dos seus pés, que deve ser o local onde campistas anteriores faziam a fogueira.
- Estou bem aqui. - Respondo num tom simpático, não querendo soar grosseiro. Os meus cobertores são bem fofinhos e quentes, e se for realmente frio como ela disse, eu posso acender uma fogueira só para mim.
A professora me encara por alguns segundos, erguendo uma das sobrancelhas bem feitas e me analisando com seus olhos de um tom frio de azul, antes de por fim confirmar levemente com o rosto e mover sua atenção para outro grupinho de alunos.
Voltando a apressiar a minha velha e boa amiga chamada "solidão", tiro o meu celular do bolso e checo a hora. Já são pouco mais de duas da tarde, e como havia imaginado, aqui não há sinal de internet, então coloco o meu celular no modo avião e desligo tudo que possa acelerar o consumo da bateria. Esses 97% devem durar pelo menos uns 5 dias!!
Assim que sento em cima das minhas malas (não em cima da mochila com meus livros), abaixo-me para tirar os sapatênis e as meias na velocidade da luz, já que meus dedos estão doendo desde o momento em que coloquei os pés dentro daquele ônibus, umas cinco horas atrás.
Preciso segurar um gemido alto de alívio assim que me livro do aperto constante do sapato. A areia faz cócegas entre meus dedos, mas a sensação é maravilhosa, me fazendo enterrar os dedos mais fundo nela e esfrega-los uns nos outros.
Não estava muito animado para essa excursão, mas tomar um pouco de sol pode me fazer bem. Minha mãe sempre fala que eu pareço um morto vivo, e que é mais fácil juntarem as duas Coreias ou fazer o Trump reconhecer a derrota das eleições passadas do que me fazer sair de dentro do meu quarto sem necessidade.
Sei que não sou o filho que eles gostariam que eu fosse. Meu pai queria que eu fosse do time de futebol; queria que eu fosse aquele machão pegador e que simplesmente apagasse a minha sexualidade, mas não ligo muito para ele.
Minha mãe é um pouco mais sútil. Sei que ela quer o meu bem, então sempre tento agradar ela quando vejo o quão chato e mal filho estão sendo.
"Luther, tem certeza de que não é só... Uma fase?"
"Luther... Por que não sai do quarto e larga os livros um pouco?"
"Luther, vai cortar o cabelo! Você tem que cuidar de si mesmo!"
"Luther, por que não vem cumprimentar as visitas?"
"Luther, por que suas notas estão caindo se você lê tanto?!"
"Por que não arruma uma namorada??"
"Luther... Luther... Luther... Luther....!"
É um pouco sufocante tudo isso. E talvez por isso o silêncio é o meu melhor amigo. Ele me deixa ser eu mesmo o tempo todo.
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