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Agora Prisioneiro

Agora Prisioneiro

5.0
5 Capítulo
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Sinopse

Índice

Beomgyu é um adolescente de 17 anos. Mora com sua mãe, pai e seu irmão mais velho. Seu pai amava seu irmão mais velho, mas detestava seu filho mais novo, por ser gay. Seu pai também era agressivo quando bebia, batia nele e em sua mãe. A mulher sempre acabava descontando dizendo que Beomgyu era o culpado de tudo isso. Em um dia, seu pai passa dos limites e machuca Beomgyu. O garoto assustado e com medo, foge de casa. Enquanto andava pelas ruas de noite em meio a chuva, sente que está sendo observado. O garoto sai correndo para o meio de uma floresta e acaba sendo sequestrado por uma coisa assustadora...

Capítulo 1 Berros.

A casa estava em completo silêncio.

Menos o lado de fora que chovia forte, com bastante ventos.

Eu e minha família morávamos um pouco longe da cidade. Era um lugar calmo, grandes árvores por todo lado da pequena casa de madeira. Nossa pequena caminhonete velha azul bebê, que a tinta já estava descascando, ficava na garagem do lado da casa.

A casa havia dois andares, no andar de baixo, havia uma pequena sala, as paredes de madeira meio úmidas por conta da forte chuva, no lado direito da parede, havia umas fotos da nossa família e algumas com parentes. Na sala havia uma tv velha e um grande sofá verde escuro desbotado e a poltrona reclinável favorita do meu pai.

Passando pela sala, ficava a pequena cozinha junto com a mesa onde nos alimentavamos.

No andar de baixo também havia um pequeno banheiro.

Indo para o andar de cima, a direita ficava a porta do quarto de meus pais, virando a direta no corredor, ficava a porta do meu quarto na frente do meu quarto, ficava o quarto do meu irmão mais velho.

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03:12 da madrugada, desliguei meu celular depois de ter visto o horário. Eu não estava conseguindo dormir, então levantei e fui até minha escrivaninha.

Ela estava um pouco bagunçada, não lembro a última vez que parei para arrumar meu quarto. Havia muitas folhas de rascunhos na minha pequena mesa de madeira clara.

Sentei na cadeira de frente para a mesa e comecei a desenhar para passar o tempo.

Estava desenhando várias árvores na folha, entre elas, havia uma longa sombra fina, formava um corpo meio reto, sem face.

A tela do meu celular acende mostrando mostrando uma notificação.

Pego meu celular e vejo um número desconhecido.

Clico no número.

Beomgyu on--

*Número desconhecido:*

— Olá Beomgyu! Sei onde você está, sei o que está fazendo agora! EU VOU TE MATAR!

Beomgyu off--

Solto uma risadinha baixa. Era normal para mim receber esses tipos de ameaças, eram alunos da escola onde eu estudava.

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— ACORDE SEU IMPRESTÁVEL!!

Acordei com alguém berrando batendo com força do lado de fora do meu quarto. Acabei dormindo com a cabeça na escrivaninha enquanto desenhava. Levantei meio sonolento indo devagar até a porta já desanimado.

Girei a maçaneta destrancando a porta e antes que eu pudesse abrir a porta, minha mãe a empurra dando um tapa forte em meu rosto. Dei uns passos para trás e olhei para a mulher que estava com a cara franzida.

— COMO VOCÊ PODE SER TÃO IMPRESTÁVEL?! — Berrou a mulher cuspindo ódio. — MELVINS VAI SE ATRASAR PARA A ESCOLA E A CULPA É SUA! AGORA TRATE DE SE ARRUMAR RÁPIDO, SE NÃO IRÁ A PÉ! — Terminou saindo do quarto batendo os pés.

Fechei a porta do quarto e fui pôr meu uniforme.

Já estava acostumado com esse tipo de coisa, tanto que antes, eu caia em lágrimas e me perguntava o porque de ser tratado desse jeito.

Tirei meu pijama e coloquei meu uniforme que estava dentro do meu armário. Eu só tinha uma peça do uniforme, então sempre cuidava bem para não rasga-la ou suja-la.

Era azul escuro com detalhes pretos. A parte de cima, era igual um terninho, camisa social branca por baixo, por cima uma camisa de lã com mangas cumpridas preta e sempre colocava um casaco de lã azul escuro por cima, pois andava muito frio durante esse mês de outono. A parte de baixo era uma calça moletom preta, com listras azuis escuras nos lados.

Assim que terminei de me arrumar e de fazer minhas higienes, coloquei meus tênis all star preto desgastados e peguei minha mochila que estava em cima da escrivaninha e sai correndo para fora, onde estava meu pais já dentro do carro parecendo sem paciência, meu irmão estava sentado na frente junto dele. Abri a porta de trás entrando no carro e assim meu pai da a partida na caminhonete velha.

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Estava na terceira aula, sentia alguém cutucando minhas costas, nem ligava mais, já estava acostumado a ser incomodado durante as aulas.

Finalmente o sinal bateu para o recreio. Me levantei pegando meus fones de ouvido e saindo da sala.

O pátio era enorme, cheio de alunos. Fui até o refeitório e entrei na fila para pegar o lanche. A fila andava devagar, mas eu não me importava, estava escutando Ghost Cirice enquanto não chegava minha vez.

Assim que chegou minha vez, pego um sanduíche e um suco, depois, vou a procura de uma mesa vazia, mas estavam todas lotadas, então decido ir sentar no pátio.

Havia alguns garotos jogando bola enquanto outros mais novos brincavam e alguns conversavam.

Fui até um canto vazio e me sentei. Enquanto comia, senti que estava sendo observado, olho para os lados e não vejo ninguém além de pessoas conversando e jogando. Deixei para lá e voltei a comer.

Assim que o sinal bate, todos que estavam ocupados começaram a correr para dentro da escola. Espero que todos entrasse para que eu não fosse atropelado, mas antes de me levantar, sinto alguém me puxando para trás de uma árvore que havia atrás de mim.

— Eai Beomgyu — Disse Dan dando um sorriso malicioso.

Dan era um dos valentões populares da escola. Ele era muito bonito. Mas... Machucava muitos alunos, e eu era seu principal brinquedo.

— Estava com saudade de você... — Disse Dan se aproximando cada vez mais de mim e eu já podia sentir sua respiração em meu pescoço.

— Por favor Dan, me deixe em paz... — Pedi com a voz trêmula. Eu realmente estava com medo, não aguentava mais aquilo.

Dan sempre me machucava, ele gostava de descontar sua raiva em mim, que nunca havia feito nada para ele, mas meu irmão mais velho falava mal de mim para ele (que era um de seus amigos), então acabavam pensando mal de mim.

— Deixá-lo em paz? — Disse revirando os olhos e batendo com força o punho na parede que havia atrás de mim. — VOCÊ É UM MERDINHA, SABIA DISSO BEOMGYU?! — Disse cuspindo na minha cara.

— D-desculpa D-Dan... Eu não sei o que eu fiz pra você... — Disse já sentindo uma lágrima escorrer.

Na mesma hora, um dos monitores aparece e pede para nois dois irmos a diretoria.

Dan olha zangado para mim antes de se afastar.

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Acabamos levando um esporro por não termos ido para sala assim que o sinal bateu, tentei me defender, mas sabia que sairia mais caro para mim depois.

Já havia acabado a última aula, eu e Melvins (meu irmão mais velho), esperávamos nosso pai chegar. Assim que ele chegou, entramos no carro e fomos em bora.

Assim que chegamos na frente da casa, meu pai só pediu para que a gente saísse do carro, ele provavelmente iria no bar beber e voltar para casa bêbado e isso significava que quando ele chegasse...

— Entrem! — disse minha mãe abrindo a porta para que nois dois entrassem.

Fui direto pra meu quarto tirar o uniforme e por uma roupa mais confortável.

Desci as escadas e encontro minha mãe colocando a mesa para o jantar.

— Melvins querido, como foi a aula? — Perguntou minha mãe para Melvins que já estava sentado.

— Foi chata como sempre — Disse meu irmão em um tom de tédio.

— Olá mãe — Disse sentando em uma das cadeiras de frente para mesa já posta.

— Garoto imprestável... — Sussurrou minha mãe.

Depois de meu irmãos e minha mãe se servirem, me servi e comecei a comer.

Era macarrão com calabresa.

— Onde o pai de vocês foi..? — Perguntou minha mãe já imaginando.

— Para onde você acha? — Disse meu irmão rindo da cara dela.

Depois de um tempo, escutamos a porta ser aberta com força e alguém entrando dentro de casa batendo os pés com força.

— L-Lui..za! — Berrou meu pai entrando na cozinha.

Minha mãe se levantou tremendo indo até o homem que cheirava álcool.

— Oh querido, você bebeu de novo... — Disse colocando as mãos no ombro do marido.

— CALE A BOCA MULHER! — Berrou meu pai dando um tapa no rosto de minha mãe que caiu no chão com as mãos no rosto.

Eu e meu irmão nos levantamos ao mesmo tempo.

— SENTE! — Berrou meu pai novamente olhando para mim e Melvins que voltamos a nos sentar.

O homem bêbado foi até a geladeira e pegou uma garrafa de cerveja e depois se sentandou na cadeira na ponta da mesa e abriu a garrafa.

A mulher que estava jogada no chão, se levanta e fica de pé do lado da pia.

— Como foi aula hoje filho? — Perguntou dando um sorriso para Melvins. — Alguma novidade?

Melvins olhou para meu pai sorrindo e depois olhou para mim.

— Na verdade pai, sabia que Beomgyu foi para diretoria hoje? — Disse Melvins olhando sorrindo para mim.

ELE NÃO PODIA FAZER ISSO!!

— P-pai, não foi bem assim... — Digo secando uma das lágrimas que escorria em meu rosto.

— O que voceyfez dessa vez seu imprestável?! — perguntou meu pai.

— Ora pai, ele estava se pegando com um guri depois do recreio e acabaram sendo pegos kkk — Disse Melvins olhando para meu pai.

Meu pai olhou furioso para mim e se levantou vindo em minha direção.

Tentei me afastar, mas o homem foi mais rápido e me deu um soco no rosto.

— TINHA QUE SER UM VIADINHO MESMO!! PORQUE VOCÊ NASCEU?! PORQUE ESTÁ NESSA FAMÍLIA?! ESPERO QUE VOCÊ MORRA LOGO SEU DESGRAÇADO!! — Meu pai berrava enquanto me socava.

Isso durou meia hora, minha mãe acabou de alterando e berrou com meu pai e os dois brigaram, depois minha mãe descontou em mim me batendo. Eu não aguentei mais, já estava tão machucado...

Levantei mancando e sai de casa. Estava chovendo e fazia muito frio, mas eu não queria voltar, estava doendo demais ter que aturar todos os dias isso! Meu braços estavam roxos, com alguns cortes que pingavam sangue e eram lavados com a chuva forte que caia. Minhas pernas doloridas, meu rosto estava cortado e um olho roxo.

Só queria alguém que se importasse comigo...

Estava caminhando já se fazia 30 minutos, não aguentei mais e sentei no asfalto gelado. Enquanto chorava e berrava de dor, sinto estar sendo observado, olho para trás e escuto um barulho vindo de uma moita.

Me levanto de vagar e saio correndo mancando, escuto passos atrás de mim, mas quando olho para trás, não vejo nada. Entro na floresta e vou correndo e entrando cada vez mais, não me importava se ficaria perdido, estava com tanto medo que nem liguei.

De repente, algo aparece em minha frente, era uma sombra escura muito alta, não conseguia ver direito por conta da chuva, mas conseguia ver seus olhos incrivelmente vermelhos, que me fizeram sentir medo e recuar alguns passos. Depois disso eu não me lembro mais de nada, só de algo atingindo minha cabeça.

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