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•Deixe-me Ir•

•Deixe-me Ir•

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24 Capítulo
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Sinopse

Índice

Amber é uma jovem mulher que acabou de perder o pai para uma terrível doença. Pelos muitos gastos com remédios, sendo seu pai o único a trabalhar, eles faliram, tendo uma mãe e irmã ambiciosas, sem aceitar viver na pobreza, planejaram dar o golpe em um homem de 32 anos, chamado Demétrio Patterson um CEO rico, charmoso, intimidador e nada misericordioso com quem ousa enganá-lo.

Capítulo 1 Deixe-me Ir

Amber Lopez

A manhã parecia chorar comigo, o clima chuvoso inundava o gramado, pingava sobre minha cabeça, rolando por meu rosto se misturando com minhas lágrimas. Não tive forças para ir ao enterro do meu pai.

Foram dias tão difíceis, passei parte da minha vida cuidando dele. Sua doença era rara, tinha consciência que a morte chegaria. Não quis desistir da vida dele, logo quando diagnosticado, sugeriram que houvesse a morte espontânea, sendo decidido por ele.

Mas, não aceitei aquilo. Larguei minha faculdade somente para me dedicar a vida dele, não me arrependo de nada. Talvez somente de não o ter abraçado mais, dito que o amava a cada segundo.

— Amber, sua tola. Saia dessa chuva — viro para a pessoa que me tirou das lembranças com meu pai. — Você quer morrer?

— Mãe! — digo surpresa por vê-la aqui. — O que faz aqui?

— Mds! Você está encharcada — se aproxima com sombrinhão. — Esses anos com seu pai, somente lhe fizeram mal. Olha para você, é horrível!!

Ela deixou meu pai logo no começo do tratamento dele. Nunca houve amor, da parte dela, já meu pai a adorava.

— Devia estar no enterro, mãe — ignoro como sempre, suas palavras. — Aconteceu alguma coisa?

— Faz três horas que aquele homem foi enterrado, Amber — odiava a maneira que ela se referia ao meu pai. — Se o amava tanto, porque não compareceu?

— Não consegui, não suportaria ver ele dentro de um caixão, terra sendo jogada em cima dele — ela revira os olhos, sem se importar com minha dor.

— Devia ter ido, tive que responder milhares de perguntas para aqueles fofoqueiros. Vamos, venha comigo. Temos problemas para resolver!

Obediente a seguir. Uma coisa estava mais que certa para nossa família, era que com a morte de Pedro López, a ruína tomaria conta. Tentei ao máximo, trabalhar para ter dinheiro para os medicamentos, tratamento, mas meu pai quando descobriu que o dinheiro era eu quem estava dando, se recusou a me deixar continuar trabalhando.

Deu ordem para que usasse sua fortuna, o que gerou grande briga. Pela primeira vez briguei com minha mãe, e depois dessa vieram muitas outras, sou uma pessoa calma. Mas, era necessário ser braba e lutar pela vida do meu pai.

— Anália, onde está? Não veio com a senhora? — pergunto enquanto enxugo meu cabelo.

— Estar vindo, o voo atrasou — responde, pegando os porta-retratos da sala. Essa casa é a do campo, meu pai comprou porque eu amei ela. - Fazia anos que não vinha aqui.

— Anália ao menos fez questão de vir para o enterro do nosso pai?! — digo magoada.

— Você sempre foi a preferida dele, Anália via isso.

— Papai nunca teve preferência, mãe. Ele era somente recíproco em tudo que fazia por ele. Enquanto Anália não fazia questão ao menos de ligar para saber se ele ainda respirava.

— Não vou discutir com você, Amber - diz, ela sempre procura defender minha irmã mais velha, não tenho ciúmes disso.

Peguei minha mala que ainda estava na sala, e subi. Troquei minha roupa, e comecei a guardar minhas coisas, para me distrair de tudo. Não sabia no momento o que fazer com minha vida, não tinha mais condições para continuar com a faculdade, a solução seria trabalhar, coisa que me agradava.

×× ××

HORAS MAIS TARDE .. abro meus olhos ao ouvir alguém batendo na porta do quarto. Com voz preguiçosa perguntei quem era, tive como resposta que era minha mãe. Disse para que entrasse.

— Não suporto esse quarto, Amber — abri a porta, mas não entra.

— Era seu e do meu pai - fiz questão de me acomodar nesse, somente para sentir o cheiro dele. — Devia ficar nele.

— Desce, sua irmã chegou. Vamos conversar! — saiu, sem comentar ou questionar meu último comentário.

— Droga!! — me levanto da cama, sem coragem, e vontade alguma de ver minha irmã.

Desço as escadas, cambaleando um pouco, ainda estou com sono. Vejo a silhueta da minha irmã que está de costas para mim. Ela está abraçada com minha mãe, quando coloco os pés sobre o último degrau, ouço seu choro alto.

— Como você pode ter sido tão burra, Anália — minha diz, segurando os braços dela.

Não era o que pensava, seu choro não era por nosso pai.

— Amber, me proteja, não deixe ela me bater — corre para trás de mim, quando me ver.

Fico perdida, minha mãe tem a expressão furiosa, e agora tem a vassoura velha nas mãos.

— Mãe, o que acontece? — pergunto, antes que ela arremesse essa vassoura e pegue em mim.

— Sua irmã é uma idiota — diz raivosa.

— Foi um pequeno acidente — diz Anália aos prantos.

— Que acidente, Anália? — viro para ela.

— Na barriga dela, diga para sua irmã que está grávida de um vagabundo — mamãe responde.

Olho espantada para ela, que chora sem controle.

— Você arruinou tudo, sua burra — se aproxima e começa a dar com a vassoura em minha irmã.

— Mãe, não pode fazer isso. O bebê — me coloco na frente impedindo que continue. — Lembre de quando engravidou, tinha a idade de Anália, vai ser seu neto mãe, um neto é uma benção.

— O início da minha história foi espetacular, engravidei , mas foi de um homem que podia me bancar. Não fui burra, igual a essa besta que não soube escolher um mísero homem.

— Mamãe, posso abortar. Demétrio nem desconfiaria — diz minha irmã.

— Isso é ridículo, Anália — digo horrorizada. — Tem uma vida dentro de você.

— Não se mete, Amber. Isso vai servir para você também.

Olho incrédula para ela.

— Ou você pode dizer que esse filho é de Demétrio — diz minha mãe pensativa, mostrando um sorriso.

— Tudo que precisa é seduzir ele.

— Ele é esperto mãe. Nunca transou comigo sem preservativo.

— Use a cabeça Anália — bate com o dedo na cabeça dela. — Dê seu jeito, fure, o deixei louco ao ponto de não lembrar disso.

— Quem é Demétrio? — pergunto, perdida nas palavras das duas.

— O homem que vai salvar nossa pele da ruína — responde minha mãe.

— Seu futuro cunhado, maninha — as lágrimas já sumiram do rosto de Anália.

— Papai não se agradaria disso — entendi qual a intenção delas.

— Pedro está morto, se acostume com esse fato, Amber.

— Não ficarei para fazer parte disso. Irão enganar um homem.

— Vai ficar, e fazer parte disso, sim — me olha medonha. — Demétrio não é qualquer homem, Amber. O que não falta é dinheiro para ele, e é o que precisamos, dinheiro.

— Em troca ele faz sexo com sua filha, Elle? — são raras as vezes que me refiro a ela pelo seu nome.

— Anália gosta disso, Demétrio é um homem fabuloso.

— Grande, muito grande maninha — Anália diz, revirando os olhos, de maneira delirante.

— Isso é vergonhoso — digo.

— É isso, ou vamos ter que nos desfazer das coisas que seu pai comprou. Como essa casa que ele fez questão de gastar milhões, somente para agradar sua filha caçulinha.

Fico em silêncio, pensando.

— Maninha, não é sacrifício nenhum para mim, me tornar mulher de Demétrio. Estou fazendo isso por nós, mas principalmente por mim mesma.

— Façam o que quiserem, então. Somente não me envolva nisso — digo, me retirando.

— Amanhã ele virá aqui, Amber. Trate de ensaiar, e não passe a noite chorando por seu pai — grita, enquanto subo as escadas.

Tranco a porta do quarto, pego a foto de meu pai que coloquei ao lado da cama, em cima da pequena madeira.

— Pai, me ajude a ser forte, para lidar com com minha mãe e irmã — digo chorando, abraçando a foto dele.

××××××××××××××××××××××××××××××××

Demétrio Patterson

Acaricio os cabelos da mulher ajoelhada na minha frente, enquanto sua cabeça se move, engolindo meu pau.

— Mais fundo — digo, exigindo mais dela. Nada melhor que a boca de uma mulher para desestressar.

— Não consigo, senhor — diz baixo, sem deixar de ter a voz manhosa.

— Vou ajudar você, meu bem!

Enrolo seus cabelos em meus dedos, sua expressão de safada vai diminuindo. Faço ela colocar meu membro novamente em sua boca, e dessa vez todinho em sua garganta.

Sinto suas unhas cravarem em minha coxa por cima da calça.

— Não devia fazer isso, minha flor — começo a fazer movimentos rápidos em sua garganta num curto intervalo o que faz ela agoniar mais.

A liberto somente quando gozo, quanto tudo é liberado, cada gota, solto sua cabeça, ela torce começando a vomitar, se engasgando com o mesmo.

— Disperdicio — me refiro a minha porra vomitada. — Me disseram que era a melhor da casa.

Abotou minha calça, caminho para fora do quarto, sem ajudar a pobre mulher que ainda parece mal.

— Termine o serviço, Beto — digo para meu segurança.

— Sim, senhor — sorrir.

— Seja carinhoso com a moça, ela é forte, mas não tanto — faço careta insatisfeito.

×× ××

NO ELEVADOR .. Pego meu celular para ver as mensagens, e há uma específica que me interessa. Ellie e sua tentativa em usurfluir de meu dinheiro.

Sua filha Anália, apesar de não ser muito do meu agrado,não deixa de ser gostosa. É qualificada para ser minha esposa, por um pequeno período, até a frescura da mídia, e o contrato da empresa estiver de acordo com a vontade do meu avô.

— Vai ser com ela mesmo, Demétrio? — pergunta Liz fazendo cara de nojo.

Me encontro dentro do carro. Ela é a única mulher que permito que trabalhe comigo, temos certa intimidade.

— Penso que sim — faço pouco caso. — Não vou viver com ela para sempre, e ela está acostumada com meu ritmo.

— Hum, seu ritmo — mostra seus dentes brancos, um sorriso debochado. — Soube que ela tem uma irmã mais nova.

— Soube?

— Tá, andei investigando — não mente. — Tenho que cuidar do meu chefe, se não, não ganho dinheiro.

Concordo.

— Nunca soube sobre uma quarta pessoa na família Lopez.

— Ela cuidava do pai, comentam que ela não se dá bem com a mãe — diz. — Quer ver uma foto dela?

— Você gostou dessa menina? — pergunto estranhando.

— Sim, ela me parece perfeita para seus planos — diz. — Quer ver?

— Não, amanhã conhecerei a mocinha. Hoje foi o enterro de Pedro, ela deve estar junto com a mãe e a irmã.

— Vai escolher ela?

— Não, se for uma menina, não terei interesse para ter na minha cama, e claro do meu lado diante a sociedade.

— Garanto que vai ficar louco, pela boneca por nome Amber — diz convicta, a boca dessa mulher é como uma praga.

— Amber — aprovo o nome. — Verei se ela realmente me deixará, Liz.

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