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Num dia chuvoso

Num dia chuvoso

4.8
56 Capítulo
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Sinopse

Índice

Katherine Alpine Weyland , uma jovem loba de 20 anos, se vê em uma situação a qual não tem volta. A jovem cujos pais morreram quando tinha apenas 10 anos, e a partir daí foi criada por uma tia cruel e maldosa. A menina sai dos cuidados da tia quando completa seus 18 anos, e então, começa sua vida em trabalhos com um salário favorável... Depois de um tempo, a jovem se muda para Oxford, onde vai começar a verdadeira aventura. Cheia de amor, intrigas, e muita confusão... Acompanhe essa história de perto!

Capítulo 1 1

Quando olhamos o passado, muitas vezes o encaramos como uma ferida jamais fechada, uma cicatriz jamais curada, ou aprendizados jamais aprendidos corretamente. Muitas vezes um sorriso pode estar escondendo aquela lágrima insistente... muitas vezes a palavra: eu estou bem, é apenas para a pessoa pensar que estamos mesmo bem... mas precisamos seguir em frente, apenas achando uma forma de sobreviver nesse turbilhão de pensamentos e sensações esquisitas.

Quando me mudei para Oxford, foi na esperança de que tudo que vivi na minha cidade antiga, deixasse de existir... Desde a morte dos meus pais, aos maus tratos da minha tia Rose.

Com muito esforço, consegui me mudar, arrumar um lugar para morar e uma vida melhor...

Minha casa fica de frente para a floresta, separada epenas pela pista. A casa era um pouco isolada das outras, pois não tinham mais casas pra lá. De certa forma, a natureza me conforta... longe das pessoas, de todos... prefiro ficar perto dos animais, do que dos seres humanos, os quais deveriam ser os verdadeiros "animais".

Soube por boatos, que havia uma alcatéia "dona da cidade" em Oxford, e eu definitivamente não queria problemas, já basta ser novata em uma cidade, não preciso lidar com a dor de cabeça da territorialidade lobisomem.

São sete da noite, e eu estava me preparando para dormir, seguindo minha rotina de todos os dias. Tomei um banho, comi um sanduíche e fui deitar-me.

Antes de subir para o meu quarto, verifiquei se todas as trancas da casa estavam fechadas, e então pude relaxar em paz, afinal, todo cuidado é pouco.

(...)

Acordei com o despertador gritando nos meus tímpanos, e o calendário avisando uma quarta feira de tempo nublado. Tratei de me levantar e começar a me aprontar para o trabalho. Há algo em reconfortante em morar perto da floresta... o ar é mais puro, é como se eu pudesse sentir minha conexão com a natureza pulsar nas minhas veias. Eu me sentia em casa. O cheiro de grama molhada devido ao sereno da noite anterior e o perfume variado das flores faziam meu cérebro liberar seretonina o suficiente para dar um pé na bunda no mau-humor que infelizmente nasceu comigo. Uma pena que esse efeito só dura até eu chegar no trabalhos e me deparar com a cara feia de certas pessoas.

Coloco uma calça jeans preta, um vans e a blusa do trabalho.

Desço sonolenta pela escada, e apenas pego uma maçã e saio.

Trabalho em um bar perto da floresta, é um bar com aparência rústica, mais frequentado por homens que trabalham nas obras das casas novas e o "grupinho" da cidade, os quais me refiro são os mais "populares" pode se dizer... e eu achando que esse tipo de hierarquia tinha ficado no ensino médio. Considerando que resido em uma pequena cidade, isso é de se esperar. Na verdade, é exatamente nas cidades pequenas que todo mundo conhece todo mundo, um passo em falso e eu seria conhecida e rotulada facilmente das piores formas possíveis. Imagino que seja pela falta de atividades que atraiam a atenção alheia, que todos só sabem falar um do outro. No entanto, é nas cidades pequenas que grupinhos considerados "poderosos" proliferam como fungos em uma plantação. Todos querem fazer parte da "elite", bom... eu acho que é o preço que se paga por optar por um lugar mais calmo para residir. Ok, não tão calmo assim, mas é o que temos para hoje, não é?

Fala sério... essa cidade tem o que? 90 mil habitantes?. Deixo meus questionamentos de lado e

pego minha moto, para ir a mais um dia de trabalho.

- bom dia, dona Lil!- digo deixando meu casaco no porta casacos da entrada.

- bom dia, querida!- a mesma responde me dando um sorriso.

O lugar era confortável, admito. Mesas de madeira e bancos acolchoados com um tecido escuro davam um toque único ao lugar, junto com quadros pendurados nas paredes brancas e a mesa de sinuca no fundo do bar, onde ficavam algumas máquinas de jogos, e um pequeno palco para música ao vivo.

(...)

O dia foi como o esperado, muitos senhores vindo tomar suas "doses" e a dona Lil me chamando a atenção por estar parando o trabalho para comer meu pote de nutella que ficava guardado em uma gaveta em baixo do balcão. Sim, digamos que eu tenha um vício.

Começo a limpar a bancada de bebidas, quando vejo o "grupinho" chegar, meus olhos se reviram automaticamente.

- "o gostoso" chegou- diz Lúcia, filha da dona Lil.

- nossa, para que tanto fogo? - digo rindo.

- para, que eu sei que você já se imaginou transando com ele- ela diz rindo passando com uma garrafa de vodka por mim.

- não me atraio por gente assim- digo sem a olhar.

Mas confesso que já fiquei encarando a beleza exuberante de Max, o líder daquele grupo... mas ele estava muito bem acompanhado por Tânia, uma...bom ela é uma vadia, e também tinha a Kristen, que parecia estar ali apenas para se sentir parte de alguma coisa... ah, e não vamos nos esquecer do Alec, ele também é um perfeito idiota.

- vai trabalhar e para de babar porque eu é que vou ter que limpar esse balcão!- diz Lúcia batendo com o pano de prato na minha bunda.

- aí, merda! - digo de bico e indo atender um senhor que acabara de chegar.

(...)

Duas horas depois, e o grupinho não havia saído dali, mas acredite, acho que até um surdo escutava a conversa daqueles babacas.

As meninas estavam em uma mesa afastada conversando que nem gente, já os meninos, estavam jogando sinuca como animais.

Depois de alguns minutos, saem do jogo e se juntam as "damas" para uma bebida.

- vá atende-los, por favor? Estou um pouco ocupada...- diz Lúcia calmamente.

Assinto e sigo para a mesa.

- boa tarde, o que vão querer?- digo com um bloquinho em mãos.

- você na minha cama...- diz o loiro me analisando.

- e eu quero dar com esse bloco de notas na sua cara, mas infelizmente não conseguimos tudo que queremos nessa vida - digo calmamente sem levantar a voz. Confesso que havia ironia na minha voz, não pude evitar.

- hahahah- Kristen cai da risada.

- hey Alec, já é hora de você melhorar o seu gosto para mulheres- diz Tânia me olhando com desprezo.

- vão pedir alguma coisa ou só vão ficar enchendo o meu saco?! - digo começando a ficar irritada.

- eu adoro as que se fazem de difíceis - diz Max se mencionando pela primeira vez até agora.

Saio dali quando vejo que estou para perder o controle. Lúcia percebe pois em seguida vai para a mesa atender os animais.

Ando para longe do bar a caminho para a floresta, é difícil manter o controle quando se tem um lobo interior com os nervos descontrolados. A lua cheia certamente estava chegando.

∆ Katherine ∆

Loba

Jovem de cabelos castanhos ondulados, olhos azuis e pele clara. Kat é uma jovem moça adorável, engraçada e sorridente, embora tenha mais cicatrizes do passado do que gostaria de ter.

Ainda não tem companheiro.

∆ Lúcia ∆

Bruxa

É a única amiga de Katherine. Lúcia é uma jovem de cabelos que vão até o meio de suas costas e olhos castanhos claros. É uma mulher muito animada e que sempre está disposta arrancando risadas.

∆ Max ∆

Beta

Sem companheira

26 anos

Irmão gêmeo (fraternos) de Felipe.

Ao contrário de seu irmão, Max é rebelde e adora irritar seu irmão. Seus cabelos são negros e seus olhos são azuis, talvez essa seja a única diferença entre ele e Felipe.

∆ Alec ∆

Bruxo

É um jovem esbelto e galanteador, seus cabelos loiros e seu corpo muito bem torneado o torna um sucesso com as meninas. Alec é o melhor amigo de Max, e sempre está junto dele quando o assunto é festas.

∆ Tânia ∆

Loba

É uma jovem bela, é apaixonada por Max desde o início, e não se importa em dividir a cama com ele ou ser sua companhia frequente, mesmo que ele a só veja como uma diversão. Tem um tom moreno lindo de pele, seus lábios são carnudos e muito bem desenhados.

∆ Kristen ∆

Loba

É amiga de Tânia. Se esforça ao máximo para fazer parte do grupo ou tentar se enturmar, mas a verdade é que ela não faz o tipo de bagunceira ou é vulgar como Tânia gosta de parecer. Sua pele é clara e seus cabelos cacheados contrastam perfeitamente. É uma jovem bela.

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Mais Novo: Capítulo 56 56   06-27 10:20
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