Fez tudo exatamente calculado para que seu marido não descobrisse seus planos, e executou com perfeita maestria ao retirar a menina da casa sem que fosse percebida. Odiava olhar a menina de olhos azuis como o céu em um dia límpido, e dos cabelos dourados como o mais puro ouro. Odiava como a menina lembrava a primeira esposa do marido, e mais ainda, odiava saber que o homem, ao olhar para a filha, só conseguia se recordar da ex mulher, o verdadeiro amor de sua vida.
A mulher acreditava fielmente que sem a menina dos olhos do marido, lhe sobraria mais tempo para si, e para a criança que já estava sendo gerada em seu ventre. Ela sabia qual poderia ser o destino da criança no carro, mas não se importava, no fundo até gostava de saber que a menina sofreria. Achava que era justo por todo incômodo que sentia.
Estacionou o carro na entrada da mansão, Don Dominic, um homem cruel, chefe da família Venturi, inimigo de longa data de Otto Campbell. Um soldado revistou o carro e a guiou para dentro da casa, local em que o homem já esperava, sentado em sua cadeira de revestida de de couro, com dois seguranças altos, segurando metralhadoras.
A pequena Alicia segurou firme nas mãos da madrasta, com medo, queria chorar porque estava assustada, seu pequeno coração batia acelerado, queria ir embora dali, queria sua casa, a tia Dada, que era na verdade a governanta da casa, mas a pessoa que mais lhe dava amor depois de seu pai, e mais que tudo e todos, queria seu pai, pois sabia que com ele teria a proteção que precisava.
- Que prazer lhe receber em minha casa, Cassandra - O homem falou com soberba e um sorriso arrogante no rosto - Seu marido sabe que você pisa em solo inimigo?
Dominic é um homem muito bonito, no auge dos seus trinta e cinco anos, a barba bem feita moldando o rosto, cabelo bem cortado, a pele possuindo um tom bronzeado natural, os olhos escuros, assim como o tom do cabelo. Uma demonstração de como o diabo pode ser bonito.
- Dominic, já conversamos, temos um acordo e eu trouxe a minha parte - Cassandra respondeu segura, não se importava de estar onde estava, era fria o suficiente para não sentir nem medo - A pirralha é toda sua.
Empurrou a menina ao chão, sentindo-se aliviada de se livrar da criança, ainda sorriu ao ouvir o resmungar de dor da garota, achava que todo sofrimento era pouco para ela. A culpava por algo que definitivamente não era sua culpa. Era só uma criança que recebia amor do pai, era só uma criança que tinha perdido a mãe muito cedo. Era só uma criança e estava sendo usada como moeda de troca.
- Você é uma vadia má, é maravilhoso saber que o Otto dorme com uma cobra feito você, meu inimigo dorme com uma mulher que é pior do eu - Ele riu debochado e se levantou, indo até a mulher, que permaneceu parada. Alicia ainda estava no chão, queria se levantar e voltar para perto da Cassandra, mas estava com medo da mulher, mas estava com ainda mais medo das outras pessoas naquela sala de escritório.
- Eu sou o amor da vida dele, estou fazendo dois favores a ele - Cassandra respondeu com prepotência e sorriu - Sou a solução para todos os problemas dele.
- Ah Cassandra, você é uma vagabunda, entregando a filha do cara assim - Riu e se aproximou da mulher tocando-lhe de forma ousada, e não deixando ela se afastar - Mas sabe, eu não quero mais só a menina, se quiser sair daqui com vida, vai ter que foder comigo em cima daquela mesa enquanto meus homens assistem.
- O quê? Você enlouqueceu? - Cassandra perguntou, abalada, pela primeira vez desde o momento que saiu de casa - Não foi isso que nós acordamos, eu trazia a garota, você transferia o dinheiro e eu ia embora. É só isso e acabou.
- Não, vadia, não é assim que funciona, eu estava ali na minha cadeira te olhando e vi quanto você é uma puta gostosa, e o quanto seria gostoso foder com a mulher do Campbell, ele sempre se sentiu tão superior, mas vai ser tão gostoso saber que eu mandei a vagabunda da mulher dele de volta para casa com a buceta cheia de porra - O homem falou enfiando a mão dentro da blusa da mulher - Achou o que? Que viria aqui e agiria como uma mulher poderosa e de valor? Você é muito burra.
- Eu me recuso a fazer isso - Ela disse se afastando bruscamente, enquanto os seguranças olhavam sem expressão, Alícia estava em completo pânico, não sabia o que pensar de outro homem tocando a mulher do seu pai, não sabia o que fazer mesmo que dos seus olhos escorressem lágrimas sem qualquer controle.
- Se você sair por aquela porta sem fazer o que eu quero, você morre - Dominic falou sorrindo, sabia que a mulher não iria arriscar - Agora você vai tirar a roupa e chupar meu pau.
- Eu quero ir para casa, eu quero meu pai - Alicia falou, pela primeira vez.
- Você agora mora aqui - Dominic respondeu, se abaixando.
- Eu não quero morar aqui, eu quero meu pai - Alicia pediu, os olhos vermelhos enquanto fungava um pouco, não queria mais ficar ali vendo e ouvindo aquilo, só queria o abraço quente e confortável do seu pai.
- Mas você não vai a lugar algum - Dominic falou com um sorriso maldoso - Levem ela para a Margo, diga que depois eu vou lá dizer o que ela terá de fazer.
- Sim senhor - um dos soldados respondeu.
Caminhou até eles, pegando a menina no colo, que gritou desesperada, implorando para Cassandra a levar embora dali, a mulher apenas virou o rosto, mesmo que morresse ali, Otto também não teria mais a preciosa filha, a lembrança viva da ex. Alicia sentia tanto medo que não conseguia mais se conter, gritava, tentava escapar do homem que levava embora daquela sala, tão pequena e já sentia que nunca mais veria o pai novamente.
- E você... - Dominic falou quando a criança foi completamente retirada da sala de reuniões - Espero que já esteja sem roupa.
- Estou tirando - Cassandra respondeu ao se dar por vencida.
Dominic sentou em uma poltrona que havia no canto da sala e ficou observando a mulher tirar cada peça de roupa, sorriu de canto, talvez um dia fosse necessário mostrar o vídeo que era feito pelas câmeras que haviam pela sala colocadas especialmente para esse momento que foi pensado e calculado. Além de estar completamente satisfeito em foder a mulher de seu inimigo.