Aurora e seu irmão, Fernando, sempre foram muito unidos. Tendo sido adotada quando ainda era uma recém-nascida e acolhida pelos pais do rapaz, tornaram-se, desde muito novos, melhores amigos e confidentes um do outro; ao seu lado ela sempre se sentiu segura e protegida. E o que menos esperava era um dia perceber que o que sentia por ele estava além de um simples amor fraternal. E, mesmo sabendo que não eram irmãos de sangue, ela se sentia suja por tal sentimento que aflorava em seu coração. Confusa e perdida, Aurora tentará se afastar dele, usando todas as artimanhas possíveis. Mas Fernando, que logo confessará amá-la na mesma proporção, não permitirá isso. Fantasmas do passado ressurgirão, deixando-a ainda mais atordoada, e ela descobrirá segredos que nunca havia imaginado. E, diante de seus olhos, verá a sua vida, aparentemente perfeita, desmoronar. O que fará quando tudo o que acreditava ser verdade se revelar uma grande mentira e os traumas de sua nova vida a impedirem de ser completa como antes? Será o amor capaz de apagar as mágoas e lhe dar um novo recomeço?
O som alto do vizinho, em vez de me irritar, me faz querer levantar e dançar. ..
- Foco, Aurora, você precisa terminar esse livro ou Mari vai te xingar novamente - digo a mim mesma.
Esse é o livro favorito de Mariana, minha melhor amiga, filha dos meus padrinhos Camila e Ricardo. Foi um sacrifício convencê-la a me emprestar.
A música que está tocando agora é eletrônica, e meus dedos se movem involuntariamente. Olho para a porta do meu quarto, para ter certeza de que está fechada, e então me levanto e começo a me requebrar de um lado para o outro, seguindo a batida da música. Meus cabelos balançam junto comigo, e observo, divertida, meus passos no reflexo do espelho.
- Requebra mais, maninha! - Escuto a voz de Nando e me volto para ele, encontrando-o sorrindo com o celular na mão.
- Nando, você estava gravando?! - Ele nega, mas a risada o entrega. - Eu não acredito em você! Me mostra seu celular.
Vou até ele e tento pegar o aparelho de suas mãos, mas ele desvia.
- Se você me pegar, deixo você ver. - Nando começa a correr pelo quarto.
- Nando, para de agir como uma criança. – Mas, mesmo contrariada, corro atrás dele.
Quando me canso, decido fingir que torci o pé e me sento na cama, gemendo de dor. Nando para a sua fuga e vem até mim, o rosto pálido pela preocupação.
- Onde está doendo? - Seus dedos envolvem o meu tornozelo, o toque tão suave que mal sinto, e um calor estranho se espalha pelo meu corpo. Com um suspiro, eu ignoro a sensação e aproveito a sua distração para tomar o celular. Em um segundo, apago rapidamente o vídeo. - Aurora, você me enganou? - Ele sobe em cima de mim e começa a me fazer cócegas. - Eu estava aqui, preocupado com você.
Minha gargalhada ecoa pelo quarto e tento afastá-lo, em vão. E quando Nando aproxima o rosto do meu, sinto meu coração acelerar e minha respiração ficar mais pesada. O que há de errado comigo?
- Você está bem? Suas bochechas estão coradas. - Seu hálito quente me faz arrepiar.
- Saia de cima de mim - as palavras saem um pouco rudes, e Nando se levanta com a testa franzida.
- O que foi? Você ficou brava comigo?
- Não é nada.
Me levanto e vou até a janela.
- Ei. Você sabe que pode me contar qualquer coisa. - Ele me segue. - Além de irmão, somos amigos.
- Já falei que não é nada.
Vejo pela janela Henry estacionar o carro em frente a nossa casa.
- Seu namorado mané chegou, foi? - Ele também olha para fora.
- Ele não é mané, Nando – o repreendo.
- Se você diz. - Ele dá de ombros. - Eu não gosto dele. É perfeitinho demais. Pra mim, é tudo fingimento. Agora vou pro meu quarto, não quero dar de cara com ele. - Dá um beijo na minha bochecha e sai.
Me sento na cama e solto um longo suspiro. Fico olhando para as minhas mãos, perdida em meus pensamentos. O que foi aquilo que senti? Seu toque e sua aproximação fizeram meu coração acelerar. Mas por quê?
Henry e eu já estamos namorando há dois anos. O conheci em um churrasco na casa de uma conhecida, e logo de cara ele já chamou a minha atenção, tanto por sua beleza quanto pela simpatia. Manu e Caio aceitaram o meu namoro com ele super bem, apesar de Caio ter dito, com todas as palavras, que se Henry me machucasse, iria acabar com ele.
- Oi, amor. - Henry vem em minha direção e beija os meus lábios – um beijo rápido, contido.
- Oi, como você está?
Ele se senta ao meu lado e me abraça.
- Estou melhor agora que estou com você. E você? Parece pensativa. Aconteceu alguma coisa?
- Estou bem. Não aconteceu nada. - Tento sorrir para ele. - A que devo a sua ilustre visita?
- Vou precisar viajar até a casa do meu pai. Aconteceu um problema lá com a família perfeita dele - diz, em um tom irônico.
Os pais deles se separaram quando Henry tinha dez anos de idade. E ele não aceita a nova família de seu pai. Sua mãe sofreu muito com a separação, e isso o encheu de raiva. Já pedi para não ser tão rancoroso. É melhor separar do que trair. Ficar juntos só para manter as aparências não vale a pena. Mas ultimamente ele tem ido bastante à casa do pai. É possível que a relação deles esteja melhorando.
- E seu trabalho? Você sabe quanto tempo vai ficar por lá?
- Consigo terminar o projeto do novo cliente em qualquer lugar, amor. Só preciso do meu notebook, papel e lápis. E quanto ao tempo, não tenho certeza, mas acho que uma semana.
Me solto dos seus braços e o encaro sem acreditar.
- Uma semana? Não faz muito tempo que voltou de lá. - Cruzo os braços.
- Eu sei, mas meu pai está precisando da minha ajuda, amor. Eu não posso deixá-lo na mão. - Ele acaricia a minha bochecha.
- Engraçado. Seis meses atrás você nem ligava pra ele. Agora vive mais lá do que aqui comigo - digo, tirando a sua mão do meu rosto.
- Amor... Nós dois tivemos uma boa conversa e decidimos que nossa relação merecia uma nova chance. Agora que estamos bem, estou tentando ajudar no que for possível, mesmo ainda não gostando da mulher dele. Você mesma disse que deveria tentar melhorar as coisas com ele, lembra?
Eu suspiro, ainda contrariada, mas entendendo o seu ponto.
- Vou sentir sua falta - é o que acabo dizendo, e o abraço.
- Eu também vou sentir a sua. - Henry beija a minha testa. - Agora vou arrumar minhas malas. A viagem pra Bahia é demorada.
Antes que ele possa se levantar, seguro o seu braço e o puxo para um beijo, mas quando está ficando mais intenso e profundo, ele para. Eu queria mais, mas, pelo jeito, Henry não. Isso me desanima mais do que gostaria de admitir.
- Tchau, amor. Assim que chegar lá, te ligo. - Ele se levanta e caminha até a porta, sem nem mesmo esperar a minha resposta.
- Tá - murmuro, vendo-o sumir.
Já irritada, me levanto e vou para a sala. Vejo Manu e Caio sentados no sofá, abraçados. Formam um casal tão lindo... Tenho orgulho de fazer parte dessa família, e serei eternamente grata por terem me adotado quando minha mãe morreu. Quando eu era criança, os chamava de pai e mãe, mas depois que cresci, preferi me referir a eles pelo nome mesmo.
Me sento ao seu lado no sofá.
- Alguém não está com uma cara boa. Henry foi embora rápido. Vocês brigaram? - Sinto a preocupação na voz de Caio.
- Ele vai viajar pra casa do pai de novo.
- Já estou começando a achar estranho ele ir pra lá tantas vezes - Manu diz, e eu me vejo obrigada a concordar.
- Está chegando a hora do jantar. Que tal uma pizza? Hoje é sábado - Caio sugere.
- Pode ser. Vou tomar uma banho e já desço.
Subo as escadas em direção aos quartos e escuto Nando xingando sem parar. Preocupada, vou até a sua porta e bato, mas ele não responde. Abro a porta devagar e entro. O quarto de Nando é a cara dele. Limpo e organizado. Cada coisa tem o seu devido lugar. As paredes são brancas e os móveis em um tom de mogno. Vejo-o em frente ao computador. Vou até ele e toco o seu ombro, e ele se vira para mim com uma expressão assustada. Estou sorrindo, mas assim que avisto o que está na tela, meu sorriso cessa.
É uma foto de Henry beijando outra garota.
Lágrimas se formam em meus olhos com o sentimento de traição que cresce em meu peito. Eu não posso acreditar. Não quero acreditar nisso.
Nando se levanta e me abraça.
- Eu planejava te contar de outra forma. Não era pra ser assim. Acabei de receber essa foto. Foi uma colega que tem essa garota nas redes sociais que tirou print e me mandou. Eu sinto muito, Aurora, mas, pela data, foi semana passada. - Nando me leva até a cama e, quando me sento, ele limpa as minhas lágrimas.
- Ele não estava indo pra casa do pai dele. Estava indo ficar com outra. Como sou idiota.
- Você não é idiota. Você é alegre, divertida e muito inteligente. E sempre ilumina tudo ao seu redor. Você é maravilhosa, Aurora. O idiota é ele.
Seu rosto está a poucos centímetros do meu, e ele me olha com uma intensidade que me atordoa. Meu coração acelera quando a sua mão toca o meu queixo, com a mesma suavidade de antes, e os meus olhos, inconscientemente, se fecham. Os pensamentos embaralhados demais para compreendê-los. Sinto os seus lábios tocarem os meus com delicadeza; e só então a realidade me encontra.
Nando está realmente me beijando?
Amigos desde a infância, Ana e Felipe cresceram juntos e sempre confiaram tudo um ao outro. Mas as coisas começaram a mudar quando, dois meses atrás, Felipe resolveu se mudar para a casa ao lado da sua e, assim, estreitar os laços entre eles. E essa aproximação, mesmo Ana tentando reprimir, está mexendo com sua cabeça e seu coração, e ela agora vive em um dilema. Confessar o que sente e arriscar uma amizade de quinze anos ou esconder suas emoções e fingir que ele não é nada além de um amigo para ela? E quando um beijo surgir para mudar toda a história, o que Ana poderá fazer? "Eu sei que Lipe me ama como amiga, mas será que me amaria como mulher?"
Olívia Abertton é doce, engraçada e carinhosa, "a menina dos olhos" de seu pai, Ernest Abertton, mesmo sendo filha de um relacionamento fora do casamento. Gabe Clifford é o CEO da maior indústria farmacêutica do mundo. Inteligente, sagaz, um homem sem coração, capaz de tudo para alcançar o que deseja. Ele levou anos preparando sua vingança contra os Abertoon. Ela seguiu sendo bondosa e alegre, mesmo quando tudo ao seu redor parecia desabar. Ele queria destruí-la para saborear cada lágrima de Ernest Abertton, o homem a quem dedicou sua vida para ver sofrer. Ela era apaixonada pelo irmão dele. Ele montou a teia e ela era a presa. O que Gabe não sabia era que a vingança poderia ser muito mais doce do que imaginava. Olívia, por sua vez, jamais imaginou que poderia existir alguém tão sem escrúpulos e coração como aquele homem. Um desejo de vingança maior que tudo. Uma mulher decidida a mudar seu destino. Um casamento tratado como negócio. Ele a usou como forma de vingança contra o homem que mais odiava. Só não esperava que conhecê-la seria seu pior castigo.
Ela foi presa em seu olhar perigoso. Ele se encantou com sua beleza. Mas ambos queriam apenas uma noite...
Após três anos de casamento sem amor, Katelyn descobriu a traição de Neil, seu marido, e não perdeu tempo para se livrar desse canalha. Depois do divórcio, ela se dedicou totalmente à carreira e alcançou grande sucesso como designer, médica e hacker, tornando-se um ícone respeitado. Neil, ciente de seu grave erro, tentou reconquistá-la, apenas para testemunhar o magnífico casamento dela com outro homem. Enquanto os votos eram transmitidos no maior outdoor do mundo, Vincent colocou um anel no dedo de Katelyn e declarou: "Katelyn agora é minha esposa, um tesouro inestimável. Quem quer que ouse cobiçá-la tem que ter cuidado!"
Em seu casamento com Colton, Allison escondeu sua verdadeira identidade e o apoiou de todo o coração por três anos, apenas para ser cruelmente traída e abandonada. Frustrada, ela decidiu redescobrir seu verdadeiro eu: perfumista talentosa, fundadora de uma famosa agência de inteligência, cérebro de uma rede secreta de hackers. Percebendo seus erros, Colton se arrependeu: "Sei que estraguei tudo. Por favor, me dê outra chance." No entanto, Kellan, um magnata que deveria ser deficiente, se levantou da cadeira de rodas, pegou a mão de Allison e zombou com desdém: "Quer que ela te perdoe? Em seus sonhos!"
Todos ficaram chocados quando saiu a notícia do noivado de Rupert Benton. E para surpresa de todos, a noiva sortuda era uma garota comum, que cresceu no interior e não tinha nada em seu nome. Uma noite, ela apareceu em um banquete, surpreendendo todos os presentes. "Meu Deus, ela é tão linda!" Todos os homens a olhavam com entusiasmo e todas as mulheres a observavam com ciúmes. O que eles não sabiam era que essa suposta garota comum era na verdade a herdeira de uma família bilionária. Pouco tempo depois, seus segredos foram revelados um após o outro e as elites não paravam de falar dela. "Meu Deus! Então seu pai é o homem mais rico do mundo?" "Uau! Ela também é aquela excelente estilista misteriosa!" No entanto, muitas pessoas ainda pensavam que Rupert não a amava. Até que um dia, Rupert silenciou a todos com sua declaração: "Estou muito apaixonado pela minha linda noiva, vamos nos casar em breve." Duas perguntas pairavam na mente de todos: "Por que a garota escondeu sua identidade? E por que Rupert de repente se apaixonou por ela?"
Abandonada no altar pelo noivo que fugiu com outra mulher, Linsey, furiosa, agarrou o braço de um estranho e sugeriu: "Vamos nos casar!" Ela agiu por impulso, percebendo tarde demais que seu novo marido, Collin, era conhecido por ser inútil. Os outros, incluindo seu ex-noivo, zombaram dela, mas ela retrucou: "Collin e eu estamos muito apaixonados!" Enquanto todos pensavam que Linsey estava apenas delirando, Collin se revelou ser o homem mais rico do mundo. Na frente de todos, ele se ajoelhou e ergueu um deslumbrante anel de diamante, declarando: "Estou ansioso pelo nosso para sempre, querida."