Improvável amor

Proibido para menores de dezoito anos. Contem cenas de sexo explicito e linguajar improprio;

Thaissa

— Como está indo seu final de semana com a vovó , Lucy? Ela está gostando da casa de repouso?

— Lori, minha melhor amiga, pergunta com seu constante bom humor

assim que atendi sua ligação na lanchonete de um posto de gasolina de beira de estrada,onde parei para abastecer e comprar um café antes de seguir viagem.

Segurando as lágrimas que ameaçavam cair de novo, respondi:

— Ela achou que eu era a mamãe na maior parte do tempo e no restante dele, eu era só uma estranha que ela estava se esforçando para dar atenção. Foi difícil pra mim fazer de conta que estava tudo bem ela não saber quem eu era.Mas o lado bom é que ela ainda parece muito mais feliz e calma lá do que quando estava em casa. E isso é o mais importante.

— Eu sinto muito ,Thai. Nunca passei por isso , mas imagino o quanto deve ser difícil.

— Muito. Mas tudo bem. Talvez eu tenha mais sorte no próximo final de semana.

— Dylan está com você ?

— Não. Ele tinha muito trabalho acumulado da empresa para colocar em dia. O meu pai dele não está pegando leve. Mas ele prometeu que vai vir comigo na próxima vez sem falta.

— Eu não acredito ,de novo ,Thai ? Vocês estão juntos há seis meses e ele ainda não conhece a vovó Lucy. Que tipo de namorado é ele ?

Pelo menos ele sabe que ela é como a sua mãe e pai juntos ? Que o quadro de Alzheimer dela está piorando e o quanto isso afeta você ?

Se disser que sim, meu termômetro de raiva vai ferver um pouco mais. —Ela bufa e eu nem ouço defender Dylan porque nesta parte ela está certa. Dylan e eu estamos juntos há seis meses e ele ainda não conhece a mulher que praticamente me criou.

Eu tinha doze anos e meu irmão Adam dezesseis quando a nossa mãe morreu e a vovó ficou com a gente porque tanto eu como Adam não queríamos ter que morar com o nosso pai ausente que já tinha outra família em Nova York.

Mas Dylan sabe o quanto ela significa pra mim , sobre a doença dela, e o quanto isso me afeta e tem sido muito atencioso e um bom ouvinte para minhas lamentações. Então,ao me lembrar disso , não consigo ficar chateada com ele. E além disso, não é como se não quisesse vir comigo para conhecer a vovo. Ele só anda muito ocupado com os negócios da empresa do pai exigente da qual logo vai se tornar o presidente.

Tanto que anda ocupado que até os nossos encontros tem diminuído nos últimos dois meses devido às suas viagens aos finais de semana para fora de Austin. Mas como ele mesmo diz , não há sucesso e nem vitória sem esforços.

— Sim ,ele sabe sobre a doença dela e o quanto isso me afeta. E é muito atencioso comigo sobre isso. Então, pode diminuir seu termômetro de raiva contra meu namorado, Srta explosiva. — Brinco.

— Espere um minuto …— Ela fica em silêncio por alguns segundos e eu reviro os olhos porque sei que ela vai vir com uma das suas gracinhas. —

Sinto muito ,amiga , mas agora que ele foi ativado ,leva algum tempo para desativar. — Ela diz , fingindo desapontamento. — Você é impossível— Não consigo deixar de rir.

— Depois de cinco anos de amizade ,você já deveria ter se acostumado com o quanto sou protetora com meus amigos , Thaissa Albertine. Estou de olho Dylan.

— Eu sei que é protetora e eu te amo muito , mas não precisa me proteger do meu namorado. Ele é maravilhoso e eu o amo. E como pode estar de olho nele se mora em outro estado? — Perguntei rindo. Lorin mora em Seattle onde estuda direito na melhor faculdade do país. A gente se encontra nas férias ,e eventualmente em feriados e datas comemorativas como ações de graças e ano novo já que os pais dela moram em Austin,onde eu também moro. Lori e eu nos conhecemos desde os dez anos e somos amigas desde então.

— Eu tenho meus contatos. —Ela respondeu toda confiante e eu ri.

— Está bem. Se está dizendo.

— Aonde você está agora ?— Ela pergunta.

—Voltando para casa. Tinha planejado ficar até amanhã, mas a tia Dorothy e tio Bennett estão tendo outra crise no casamento e eu não quero ter que ficar no meio da briga deles. E eu não tenho dinheiro para pagar por um hotel.

— Que droga,amiga.

— Pois é. E falando em amiga , você falou com a Molly hoje ? Estou tentando falar com ela o dia todo,mas só cai na caixa postal. — Eu perguntei.

Molly e eu moramos juntas há um ano , mas somos amigas desde o segundo grau. Assim como ela também é amiga de Lorin.

— Não. Eu ia ligar para ela depois da nossa ligação. Que estranho, ela nunca larga o celular. — Lori diz e eu concordo.

— De qualquer forma, vou pegar a estrada agora e não vou poder usar o telefone. Se conseguir falar com ela , lembra-a por mim que ela tem que trocar a ração e a água da Dori. Dori não come a ração adormecida e não bebe água se não estiver fresca.

— A gata é dela e é você que tem que lembrá-la de alimentar o bichinho ? Que espécie de mãe ela é? — Lori disse a gargalhada.

— Uma mãe ainda em adaptação , mas que nem por isso,ama menos seu filho. — brinco. —Não esqueça,está bem ? Vou direto para a casa do Dylan.

— Está bem,eu digo a ela. Tome cuidado na estrada.

— Sempre. Beijos e até amanhã.

— Beijos e até amanhã. — Ela diz e desliga. Pago pelo café e gasolina e volto para casa.

******

Duas horas mais tarde, estou no mercado do bairro onde fica a casa de Dylan

comprando ingredientes para uma refeição caseira para nós dois.

Conhecendo meu namorado como conheço . Provavelmente comeu porcaria desde ontem.

Ele é péssimo na cozinha .Uma única vez que tentou cozinhar,ele não foi capaz de comer sua própria invenção . Intragável seria a palavra exata para definir a comida estranha e pegajosa que ele transformou o macarrão. Sorri com a lembrança . Minutos depois tenho tudo que preciso para preparar a refeição predileta dele em sacolas no banco de trás do carro. Lasanha. E para sobremesa, estou levando um pote do seu sorvete de chocolate com menta ,o favorito dele.

Eu ainda não liguei para ele . Acho que vai ser legal fazer uma surpresa.

Quando eu me aproximei da casa dele , meu coração deu uma sacudida e meu estômago gelou ao reconhecer o carro na garagem do lado do carro dele . É o carro de Molly. Da minha amiga Molly. O que ela faz aqui ?

"Tudo bem, Ally. Não tire uma conclusão precipitada. Ela é sua amiga. Ela deve ter um motivo diferente do que você está pensando para ela estar na casa do seu namorado às nove da noite.

Digo a mim mesma, mas é difícil de acreditar que não é o que parece que é.

Desliguei o carro e respirei fundo. Com as mãos trêmulas ,peguei o celular e liguei para ela. Caixa postal. Liguei para Dylan. Só tocou até cair na caixa postal também.

Ele deve estar muito ocupado porque nunca deixou de atender uma ligação minha. Ocupado. Oh ,meu,Deus. Meu namorado e minha amiga. Isso não está acontecendo. O meu coração está batendo mais rápido agora . As minhas pernas estão tão moles que mal consigo me mexer do lugar, mas eu preciso muito ir até lá e ver com meus próprios olhos se é o que está óbvio que é independente do quanto isso vai me ferir. Saio do carro e tomando cuidado para não fazer barulho , subo os primeiros degraus da escada.

Minha respiração está tão descontrolada que luto para a manter estável ,mas , está muito difícil . Paro em frente a porta e tento me acalmar , mas desisto quando percebo que não tem como e pego minha chaves e abro a porta de uma vez.

Muitos gemidos me recebem e eles me ferem no peito como flechas pontiagudas invisíveis , mas a dor é real. Uma vez minha avó me contou sobre como foi a dor que ela sentiu quando descobriu que o vovô a traiu. Ela definiu sua dor como punhais cravando em seu coração. Eu achei exagero. Não acreditava que alguém pudesse se sentir tão ferida a esse ponto com uma traição. Mesmo que a pessoa em questão fosse alguém que amávamos. Queria que a vovó estivesse lúcida para eu dizer a ela que ela tinha razão. Dói demais. Fecho os olhos com força e tento me recompor para ter coragem de ir até lá , mas eles tornam as coisas mais difíceis para mim.

Estalos de tapas seguidos por Molly gritando "oh meu Deus Dylan! Por favor, Dylan , me faz tremer ,meu estômago embrulhar e meus olhos viraram uma piscina de lágrimas. Ele geme feito um animal enquanto estapeia a bunda dela e a fode.

De um jeito que ele nunca gemeu comigo. Fazendo ela gritar de prazer como nunca me fez gritar. Dylan foi meu primeiro namorado e eu era virgem. Tudo que experimentei de sexo foi com ele , mas ele nunca transou comigo desse jeito. Como se tivesse descontrolado de tanto tesão. E isso me faz me sentir pior.

— Dy.. lan ! — Molly grita, sua voz saindo engasgada. Me pergunto a quanto tempo eles estão fazendo isso comigo e me odeio por nunca ter desconfiado de nada.

— Isso ,vadia ! Grita enquanto eu fodo duro e fundo seu rabo guloso ! Você gosta disso não, é ? Gosta de receber meu pau com força no seu rabo. — Ele grunhi ,batendo em sua bunda tão forte que o som ecoa pela casa. Acho que vou vomitar.

— Sim ,eu amo ! Mais forte ! —Molly grita.

Cadela traiçoeira.

— Então, nunca mais ameace contar sobre nós para a Thai ,ouviu ? Por que se fizer isso de novo …. —Dylan pausa como se precisasse de fôlego— Nunca mais vai ter meu pau em nenhum buraco seu.

Aí está a resposta para minha pergunta. Eles estão me traindo há muito tempo.

— Como se você conseguisse ficar sem me foder , não é, seu cretino ? Acha que consegue ficar só com o sexo sem graça que tem com sua namoradinha santinha ? — Moly ri entre gemidos. Maldita cobra traiçoeira.

— Não fale dela! — Dylan a repreende com mais tapas. Como ele ainda se atreve a me defender depois do que está fazendo comigo ?

Já chega. Seco as lágrimas dos rosto e subo a escada até o quarto.

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