Baixar App hot
Início / Romance / Aprisionada
Aprisionada

Aprisionada

5.0
2 Capítulo
267 Leituras
Ler agora

Sinopse

Índice

Ayla é uma mulher simples que chegou aos 30 e ainda não se casou, apesar do seu grande sonho de ter uma família. Ela está noiva de Eduardo, o casamento acontecerá em breve, e sua felicidade está estampada em seu rosto. Quando numa noite seu noivo se distrai e ela percebe algumas notificações curiosas no celular dele, seu mundo começa a desabar. E o homem que ela pensava conhecer e ser o seu príncipe, se torna o pivô de seus pesadelos. A insegurança a impede de se livrar dele, E o medo de nunca viver seus sonhos a deixam paralisada. Mas no instante em que ela conhece seu novo vizinho, Miguel, um agente penitenciário que se mudou recentemente para a cidade, seu coração fica dividido. Será que é tarde demais para o amor verdadeiro?

Capítulo 1 Novo vizinho

Olhei para o relógio uma última vez para confirmar que eu já podia ir embora. O expediente no banco tinha sido agitado. Início de mês é sempre assim. Me despedi de alguns colegas durante minha caminhada acelerada até a porta de saída.

Não podia me atrasar, hoje a noite tenho um compromisso com meu noivo. Filmes e pipoca no sofá! Seria bom relaxar um pouco em meio a tanta correria .

Nosso casamento está marcado para daqui 2 meses , e meu coração acelera só de pensar.

Ao chegar no meu prédio entro no elevador e aperto o número 4 , e quando a porta está prestes a se fechar eu vejo um rapaz moreno e alto carregando duas caixas grandes empilhadas nos seus braços, ele parecia apressado. Segurei a porta pra ele poder entrar. Ele entrou e colocou as caixas no chão, dando um suspiro e respirando fundo antes de se referir a mim.

-Obrigado moça. - Ele sorriu bem rapidamente. -De nada. - o olhei por alguns instantes

O rapaz olhou para o painel do elevador mas não apertou nenhum botão. Será ele meu novo vizinho que estava de mudança?

Assim que o elevador para e as portas se abrem, eu saio e sou seguida por ele. Agora tenho certeza de que tenho um novo vizinho. E além de alto e com porte musculoso, ele anda bem cheiroso, pois o aroma másculo que preenchia o elevador me seguiu até em casa. Ele entrou na porta ao lado, e eu levei alguns segundos para notar que fiquei um pouco agitada por aqueles minutos. Meu novo vizinho não é de se jogar fora. Pena que sou comprometida.

—————————————

A noite chega e meu noivo tbm. Já preparei a pipoca e o filme, me arrumei e só o estava aguardando.

Colocamos informe e ficamos abraçados no sofá.

- Mais um final feliz? - Eduardo diz ao notar que o filme está quase no fim.

-São os melhores. -Respondi.

Ele ficou Calado, senti seu telefone vibrar em seu bolso e ele não se moveu. Vibrou mais algumas vezes e ele se levantou para ir ao banheiro. Eu pausei o filme e esperei ele voltar.

-Mais pipoca? - pergunto.

-Não, não. Já estou de boa.

Eu deitei no colo dele quando ele sentou no sofá e continuamos o filme até o final

-E agora ? - perguntei o olhando

- O que você quer fazer? - Ele pergunta

- Hum…namorar? - Perguntei já olhando pra ele

-Está no dia?

Estávamos tentando ter um bebê. A princípio ele não concordou com a ideia. Mas eu insisti muito pois eu já estava muito ansiosa pra ter uma família. Desde então temos tentado nos dias certos para aumentar nossas chances.

- Na verdade não está…

- Vou guardar energia para o dia certo então- ele sorriu brevemente, mas me pareceu uma desculpa. Ele não era de me negar nada.

Eduardo se levantou e foi até a cozinha buscar mais suco. Seu celular havia caído de seu bolso.

A tela acendeu com uma notificação. Era uma mensagem de um número que não estava salvo nos contatos dele. Eu consegui ler o que dizia:

“Quando puder falar me chama. Beijinhos”

Ele volta da cozinha com o suco. Penso em perguntar de quem é a mensagem, mas não quero parecer controladora, ele fica muito bravo quando pareço. Mas minha curiosidade é forte.

-Tem alguém falando com vc. - Eu disse como se não me interessasse.

Ele deu uma olhada no celular e disse sem hesitar:

-É só o grupo da família

Agora tenho certeza de que tem algo de errado aqui. E minha curiosidade não vai me deixar quieta até eu investigar isso.

————————————————-

Alguns minutos depois eu me despeço do Edu. Meus pais estão quase chegando e ele prefere não ficar até muito tarde. Ele me dá um beijo rápido e se apressa até o elevador. Eu o vejo checando o celular antes das portas se fecharem.

Antes que eu possa me virar e fechar a porta, uma voz me chama a atenção;

-Com licença vizinha..

Eu me viro para olhar o novo vizinho parado à porta ao lado. Eu nem percebi que ele estava ali, é silencioso como um ninja. Ele estava de camiseta de academia, e dava pra ver claramente os braços musculosos e torneados, tentei não encarar o peito dele que saltava pela gola larga da camisa.

-É Ayla… meu nome…- Caramba mal consegui formar uma frase, ele me deixou desconsertada.

-Prazer Ayla. Miguel.- ele sorriu exibindo aqueles dentes brancos perfeitos.

Miguel, nome de anjo. Combina bem pra alguém que é a própria visão do paraíso.

Volto a mim, lembrando de que estou pra casar e percebendo que ele está falando algo enquanto eu encarava a boca dele.

-…e se por acaso também você poderia me emprestar uma carequinha de arroz. Ainda não fiz compras desde que cheguei.

Eu perdi a primeira parte, mas com certeza ajudaria ele com a segunda.

-S-Sim, claro!

Entro no apartamento e vou direto pra cozinha buscar o que ele me pediu. Volto pra porta e percebo que andei mais rápido do que deveria. Ele estava bem ali parado à porta, imponente e alto, um pouco suado. Ele deve ter feito um treino pesado.

Percebo ele com a mão um pouco estendida. E logo entrego a canequinha pra ele.

Fui dormir naquela noite me sentindo mal, como eu poderia olhar pra outro homem e ainda me sentir tão atraída quando já escolhi quem vai passar o resto da vida ao meu lado?

Preciso afastar esses sentimentos e cuidar do meu relacionamento que, no momento, me parece um pouco frio pra um casal que está prestes a se casar.

—————————————————-

Alguns dias se passaram sem que eu tivesse a chance de investigar o celular do Edu. Eu já estava quase esquecendo aquela história.

Até que eu liguei pra ele pois sabia que ele estava de folga. Perguntei se ele queria me buscar no trabalho pra gente sair e ele disse que estava se sentindo mal, parece que estava ficando doente, gripado talvez.

Me senti culpada, eu aqui pensando mal dele…

Decidi passar na farmácia e levar uns chás e remedinhos pra ele.

Chegando no seu apartamento eu já passei pela portaria, cumprimentei o porteiro como de costume. Ele somente acenou com a cabeça. Eu já era de casa.

Toquei seu interfone e esperei…

Mais alguns minutos e toquei mais uma vez. Ele atendeu.

-Oi?

-Oi amor, abre aqui eu te trouxe chá.

-A..Ayla… Não precisava…

-Não precisava mas eu vim. Abre aqui.

-Só um minuto.

Demorou bem mais que um minuto e ele abriu, eu subi e cheguei na porta dele. Ele morava sozinho no apartamento. Ficou parado na porta me olhando e deu um sorriso amarelo.

- você está melhor?

-Melhorando. -Ele disse pigarreando um pouco. - Entra.

Eu entrei e fui preparar o chá de gripe. Mas o olhando bem, ele não parecia doente. Ele foi pro banheiro e enquanto eu esperava a água ferver, tentei espiar o celular dele, mas não tinha nenhuma notificação. E eu não tinha a senha.

-Não precisava se incomodar de vir aqui. - disse ao sair.

Eu apenas sorri e levei o chá pra ele.

-Você parece bem.

Ele bebeu o mais rápido que pôde.

-Edu, o que está acontecendo?

-Como assim?

-Você me evita ultimamente, quando vai me ver, não fica muito tempo, vive grudado nesse celular e agora nem transar comigo quer mais.- Falei tudo de uma vez, mesmo me sentindo insegura.

-Olha, nós dois estamos estressados com toda essa história de casamento…

-Sim, mas apesar disso eu também estou feliz, animada. Mas você só me parece desanimado e distante.

-Eu estou animado também.

-Prove.

Ele pensou por alguns segundos e logo se aproximou de mim me segurando firme pela cintura. Começou a beijar meu pescoço, ele sabia que era meu ponto fraco, e logo eu já estava me derretendo nos braços dele. O agarrei me entregando. Até que enquanto recebia seus beijos e carícias e ele erguia minha blusa eu olhei em volta e vi algo Incomum; algo brilhando no sofá, eu o soltei e fui direto verificar. Era um brinco. E não era meu.

Continuar lendo
img Baixe o aplicativo para ver mais comentários.
Mais Novo: Capítulo 2 Infidelidade   03-01 21:33
img
Baixar App Lera
icon APP STORE
icon GOOGLE PLAY