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Mr.X : Volume II

Mr.X : Volume II

5.0
93 Capítulo
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Sinopse

Índice

Dália Penedo Salazar se deixou levar pelos encantos de Mr. X.. Porém, como todos sabem para toda escolha, uma consequência. No caso de Dália, uma noite lhe trouxe uma consequência que mudou sua vida para sempre.

Capítulo 1 Além de nós…

Estou em choque… estou apenas três semanas em Madrid, não é possível que eu esteja grávida… a menos… não… não pode… não pode ser…

— Parabéns aos dois — diz o médico despertando dos meus pensamentos.

— Obrigado — diz Carlos, empolgado. Ele segura minha mão e sorri.

— Obrigada, doutor — digo levantando.—Quando posso ir embora?

— Hoje mesmo — diz o médico — Só ficará mais algumas horas para observação, está bem?

— Claro — respondo, pensativa.

Aproveito aquelas horas em observação para pensar… estou grávida… finalmente estou grávida… Toco em minha barriga… meu filho finalmente. Então a angústia surge: quem será o pai do meu bebe?

***

Saímos do hospital, meu marido está radiante, toca em minha barriga várias e várias vezes, fala muito sobre a gravidez, mas não consigo prestar atenção. Entramos no carro e fico admirando a paisagem do hospital. Estou feliz , mas pensativa. Sinto que devo falar da minha gravidez para X, mas, ao mesmo tempo, não quero. Ele desconfiará que o filho pode ser dele... e as coisas podem se tornar maiores e incontroláveis e afetar Carlos. Olho para meu marido, ele está tão radiante... se esse filho não for dele... ele não irá me perdoar… esse bebe tem de ser do meu marido…

— Eu te disse — diz Carlos dirigindo. Seu sorriso é como uma faca cravando meu peito.

— Desculpa, mas o que disse? — pergunto, séria.

— Eu te disse que a engravidei aquele dia — repete Carlos.

— Sim, você disse — confirmo com um leve sorriso.

— Está tudo bem? — pergunta Carlos, sério. — Você não parece feliz com a notícia...

— Estou sim. — respondo. — Penso que ainda estou em choque…

— Eu te amo , Dália — diz Carlos segurando em minha mão — E passaremos por isso juntos, pode ter certeza disso.

***

Para celebrar a gravidez nada melhor que fazer um belíssimo jantar em nosso lar. Convido a todos sem dizer o motivo, sei que eles esperam mais uma promoção do Carlos, ou apenas uma recepção de retorno à Madrid... qualquer coisa, menos um filho. Escolho um vestido claro e leve. Antes de vesti-lo fico admirando meu corpo no espelho. Viro de lado para ver se já tenho algum indício de que existe uma vida sendo gerada dentro de mim. Mesmo não aparecendo, passo a mão sobre minha barriga… pela primeira vez me sinto completa… meu filho está preencheu finalmente o vazio existencial que sentia…

— Eles chegaram — diz Carlos surgindo na porta. Ele sorri ao me ver admirando minha barriga — Deixe um pouco para os convidados.

— Tudo bem — digo colocando meu vestido. Olho mais uma vez para o espelho: Aquela será a noite mais importante da minha vida.

— Bem vinda de volta ao lar! — diz minha mãe se aproximando. Ela me abraça, emocionada. Então percebo que desde que cheguei não vi meus pais e muito menos dado notícias de que estava viva. Ela segura meu rosto e diz — Como você está pálida… está tudo bem com você? Parece estar doente… pegou alguma doença da África?

— Querida, deixe nossa filha em paz — diz meu pai se aproximando. Ele dá um beijo em meu rosto e diz — Está muito bem. Então, já definiu o que fará da vida, ou a viagem foi só para gastar dinheiro.

— Também senti sua falta, pai — digo, amarga.

— Dáliaaa — grita minha irmã me abraçando forte — Que saudades!

— Senti muitas saudades também — digo apertando a bochecha da minha irmã.

— Trouxe presentes? — pergunta minha irmã , curiosa.

—Sim , eu trouxe — respondo — E também uma grande novidade.

Logo depois da minha família está Elson, Ramon e suas respectivas acompanhantes. Em seguida, minha amiga Filomena e seu esposo fechavam o grupo. Jantamos a maravilhosa comida elaborada por Carlos, eu e ele contamos sobre a África, os lugares, sobre o rally… estão todos se divertindo.

— Então — diz meu pai chamando atenção de todos para si — Qual é a grande notícia que vocês têm para dar a todos nós?

— Bom — começo sorrindo para Carlos que beija minha mão, apaixonado. Encarado demoradamente cada um de meus convidados e sorrio triunfante: finalmente dar-lhes-ia a notícia que tanto aguardaram nesses últimos anos — Eu e Carlos estivemos no médico ontem…

— Não me diga que está doente? — pergunta minha mãe, preocupada — Sabia que você ir para África era uma má ideia. Eles têm muitas doenças, algumas letais…

— Acreditei que sim… — começo a explicar, ansiosa — Supus que fosse malária…

— Você está doente? — pergunta meu pai. — Aposto que comeu alguma comida exótica e agora está com AIDS…

— Eu não estou doente — reajo olhando para Carlos.

—Oh meu Deus, AIDS? — pergunta Valéria acompanhada do rebuliço dos convidados presentes.

— Gente, a Dália não está doente — explica Carlos tentando acalmar os ânimos.

— Mas ela disse que foi ao médico — diz Elson recebendo apoio de todos à mesa. — Até onde sei, só pessoas doentes vão ao médico.

— Estou grávida! — disparo calando a todos na mesa. Seguro na mão de Carlos enquanto observo a reação de todos os presentes e noto um certo desconforto vindo deles — Essa é a hora em que vocês ficam emocionados e nos parabeniza por finalmente não ser mais uma promoção do Carlos.

— Parabéns — diz minha mãe, tímida. Sinto uma ponta de dúvida no tom da sua voz, como se desconfiasse de algo.

Porém, ela não foi a única, todos da mesma demonstraram isso ao nos dar os parabéns, deixando o clima da mesa pesado o suficiente para até o Carlos demonstrar um certo desconforto.

— Se soubéssemos que você tinha de ficar todo esse tempo longo do Carlos para engravidar, devíamos ter incentivado você a ir sozinha desde a lua de mel — brinca meu pai tentado aliviar a tensão da mesa e como sempre, me humilhando.

Todos riem com o comentário ácido, inclusive Carlos, mas eu não consigo. Eu só consigo pensar que todos sabem… todos pensam igual ao meu pai…

— Pelo menos o bebe nem vai se preocupar com protetor solar, já que será pura melanina — solta Elson.

— Se for menino, já tenho um nome perfeito para ele: Eto'o — diz Hernandez, sócio do meu marido.

— Só espero não termos nenhuma surpresa na hora do parto — brinca meu pai.

— Carlos, não esquece de pedir para deixarem as luzes acesas, se não será difícil encontrar seu bebe lá dentro. — zomba Elson mais uma vez.

As risadas aumentam a cada brincadeira relacionada ao meu bebê. Olho para Carlos que não parece se importar. Porém, a cada indireta, sinto um soco em meu estômago, meu sangue ferve, não por duvidarem de mim, mas por zombarem do meu filho. Tenho vontade de expulsar a todos e me refugiar em meu quarto até meu bebê nascer. Todavia não o faço, fico soltando sorrisos muxoxos até o final do jantar. Nunca agradeci tanto quando eles começaram a ir embora, sendo os últimos, meus pais.

— Mais uma vez, parabéns — diz meu pai abraçando Carlos — Cuide bem do meu neto.

— Ou neta — diz Carlos, deixando bem claro sua preferência.

— Parabéns, minha filha — continua meu pai me abraçando forte. Ele toca em meu rosto e percebe minha irritação — Minha filha, não leve as brincadeiras de hoje a sério. São apenas… brincadeiras.

— Diga isso, quando duvidarem que a respeito da paternidade do seu filho

— Mas ninguém está duvidando — argumenta meu pai. Só achamos um pouco estranho essa situação, talvez algo possa ter acontecido nessa viagem...

Não sei se foi a raiva, mas meu estômago embrulhou e rapidamente tudo o que comi no jantar parou no terno do meu pai. Vingança… às vezes vêm em forma de vômito.

***

Saio do banho e encontro Carlos arrumando a nossa cama, sorrio-lhe e sento do meu lado da cama, escovando meus cabelos molhados. Gostaria de dizer que sentia muito pelo episódio do vômito, mas meu pai bem que mereceu. Deito ao lado do meu marido que me observa atentamente.

— O que foi? — pergunto me aconchegando em seu peito.

— Nada… só estou pensando se você teria feito aquilo de propósito.

— Bem que eu gostaria, mas isso é só o nosso filho avisando que está presente e não gostou nada das indiretas do jantar — respondo irritada.

— Não esquenta com isso, Dália. — diz Carlos passando a mão em meus cabelos — Eles só estavam brincando, sabe como eles são.

— Eu sei — digo sem olhar para Carlos — Eles não me preocupam, mas sim o que você pensará de mim… se você também dúvida de mim…

— Amor — diz Carlos se ajeitando na cama. Ele senta de frente para mim e toca em minha barriga — Eu não me importo com o que digam ou pensem, eu sei que esse filho é meu. Esse bebê é nosso filho , Dália e sempre será. Não me importo com mais nada além da chegada do nosso filho.

— Eu te amo — digo tocando na mão do meu marido. Esse filho tem de ser dele — Eu te amo muito , nunca se esqueça disso.

— Eu também te amo — responde Carlos deitando novamente e me abraçando.

Aconchego—me em seus braços, toco em seu peitoral tentando fugir dos meus pensamentos. Tento enfiar em minha cabeça que não importa quem seja o pai do meu filho, Carlos é o pai, mesmo que não.

— Sabe, a única coisa que rodeia minha cabeça a respeito do bebê — diz Carlos chamando minha atenção. Prendo a respiração, ele pode ter desconfiado de algo — É para qual lado da família, o nosso filho irá puxar? O meu ou o seu?

— Uma boa questão — respondo aliviada.

Quem ele irá puxar? Eu, o Carlos... ou o Mr.X ?

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