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Apocalipse Nuclear Volume 2

Apocalipse Nuclear Volume 2

5.0
20 Capítulo
347 Leituras
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Sinopse

Índice

A aventura de Richard de castro continua, agora tendo de lidar com um grupo de fanáticos religiosos que buscam apenas carnificina em um mundo onde a lei já não existe mais e está tomado por criaturas

Capítulo 1 Na Toca do Diabo

No meio do tiroteio, Miguel ao ver seu irmão e pai sendo mortos, começa a correr para longe dali, conseguindo sair da Comunidade se distanciando, um pouco longe já ele percebe a aproximação de um carro, imediatamente Miguel se esconde de baixo de um carro abandona na rua e tenta segurar a respiração já que estava bem ofegante daquela correria, após o carro passar ele sai de seu esconderijo e começa a caminhar.

Após um dia caminhando e matando alguns infectados pelo caminho, comendo o que encontrar por aí, ele finalmente chega em uma instalação grande com muros altos cercando o lugar com pessoas armadas no portão que era feito de aço, uma delas se aproxima de Miguel e fala.

— Finalmente voltou. Onde estão os outros?

Miguel ofegante e cansado diz.

— Preciso falar com To...Metatron.

— O que aconteceu?

— Só com ele mesmo, é importante!

— Ok. Entre.

Ao entrar lá haviam pessoas orando em seus quartos, a instalação tinha vários, pessoas abençoando suas armas, outras gritando de dor já que estavam sendo crucificadas sem dó, outras recarregando as armas que na sua maioria eram fuzis e no pátio do lugar vários caminhões de lixo, chegando perto do quarto principal, na porta tinha um homem de braços cruzados com uma grande franja, então Miguel diz.

— Tenho que falar com ele.

O homem lhe respondeu.

— Miguel você sabe que quando ele está no harém, ninguém pode perturba-lo.

Miguel se aproxima do homem ficando cara a cara e diz.

— É extremamente importante, Gabriel!

Gabriel olha ao redor e pergunta.

— Onde estão Caio e Rafael?

Miguel responde nervoso.

— Mortos! Culpa daquela putinha e daquele preto!

Gabriel surpreso diz.

— Mortos? Como? O que vocês fizeram de errado?

— Fizemos tudo conforme o plano, mas o motoqueiro tinha armas escondidas que não estavam no arsenal, mas consegui sair vivo, minha família não teve a mesma sorte, por isso preciso falar com Metatron!

—Vou entrar contigo Miguel.

—Ok.

O garoto já ia entrando quando Gabriel o segura pelo braço dizendo.

— Ei!!! Você esqueceu que se tiver que entrar no harém tem de usar os falsos olhos?

— Eu ... tinha esquecido, estou ansioso com a situação, me dê eles.

Gabriel pega duas vendas com olhos desenhados, ambos colocam sobre os olhos e entram vendados num quarto iluminado apenas por velas e no centro uma cama onde uma orgia estava acontecendo com cinco pessoas, quatro mulheres e um homem, Gabriel e Miguel se ajoelham perto da cama e entre gemidos Gabriel fala.

— Metatron. Eu...

O homem fala interrompendo Gabriel enquanto fazia sexo na cama.

— Já não te falei para não me perturbar, Gabriel?

— Perdão senhor, mas Miguel retornou com más notícias.

— Miguel retornou? Garotas saiam.

As mulheres saem da cama e vão embora do local.

O homem se levanta se cobre com uma toalha em volta da cintura, e chega perto dos que estavam ajoelhados e fala.

— Miguelzinho, me conte sobre as boas novas!

Então Miguel começou a falar.

— Senhor Metatron eu...

O homem interrompe dizendo.

— Não precisa ne chamar assim aqui, estamos só nós três, em família!

Miguel engole a seco e diz.

— Tom...meu pai e irmão estão mortos!

Tom fica surpreso e fala.

— Tirem os falsos olhos.

Eles retiram as vendas e Tom continua.

— E o plano? Foi concluído pelo menos?

Miguel excita um pouco antes de dizer.

— Não. A putinha e o motoqueiro os mataram, eu consegui fugir.

Tom vai passando a mão na barba e cabelos ruivos em sinal de nervoso, sorrindo e olhando fixamente para Miguel que estava de cabeça baixa e sem esperar Tom bota um sorriso em rosto com poucas sardas e começa a rir muito e fala.

— Eles são fortes, veremos o quanto. Gabriel!!!

— Senhor. —Falou enquanto se erguia.

— Não vamos mais entrar em contato com eles, não por enquanto. Vamos realizar o plano nos outros grupos que encontrarmos e só vamos nos armar ainda mais, vamos ficar mais fortes. Gabriel lidere o próximo ataque a outro grupo.

— Sim!

— Pode sair, vou falar a sós com Miguelzinho.

Após Gabriel sair e Miguel ficar de pé, Tom se direciona a ele e fala.

— Como você falharam?

— Estava indo tudo certo meu pai até comeu aquela putinha para conseguirmos a chave do arsenal, mas o preto desgraçado tinha armas em casa e nos pegou de surpresa!

— Filho da puta esperto, —suspiro— bom teremos que dar o troco da pior forma, não só os matar todos de uma vez, isso não será o suficiente.

Tom começa a se trocar botando uma calça jeans vermelha e uma jaqueta de couro vermelha com uma cruz nas costas e por fim um colar com pingente de cruz no pescoço.

— Eles vão sofrer. —Disse Tom.

— Posso te pedir um favor?

— Diga Miguel.

Miguel olha no fundo dos olhos castanhos de Tom e fala.

— A putinha de coque e o motoqueiro negro são meus e só meus —começa a sorrir como um psicopata— pela minha família!

Tom chega bem perto do garoto coloca sua mão na nuca de Miguel e encosta sua testa na dele dizendo.

— É por isso que eu gosto de você Miguelzinho, eles são todos seus!

Ambos começam a sorrir até Tom o soltar e dizer.

— Agora vá descansar um pouco, você merece meu Arcanjo.

— Ok.

Miguel sai do quarto e vai para um dos cômodos do lugar e Tom, antes de sair também vai até sua mesa e se senta nela pensativo, ele pega um cubo magico e começa a tentar montá-lo e em poucos minutos ele o termina e coloca de volta em cima da mesa, sai do aposento e vai fazer uma caminhada pelo lugar com um estranho sorriso no rosto, até que dois guardas aparecem segurando um homem pelos braços enquanto ele se debatia então um dos guardas fala para Tom.

— Senhor esse cara estava andando ao redor do Éden.

O homem se debatendo fala.

— Por favor eu só estava passando, por favor eu não quero machucar ninguém, por favor me deixe ir!

Tom chega perto do homem e fala.

— E se você estiver mentindo? E se for um espião?

O homem estava assustado e com muito medo, então disse:

— Eu não sou de nenhum grupo, eu juro, jamais faria algo com alguém muito menos vocês, olha esse grupo e eu vi as pessoas crucificadas, por favor não me coloque neles só me deixe ir eu lhe imploro senhor!

Tom põe o dedo indicador na frente da boca e fez.

— Shhhh, eu não vou te colocar nas cruzes, acalme esse coraçãozinho.

Tom pegou sua própria mão e fez um pequeno corte, ao passar o dedo no sangue e fazer uma cruz na testa do indivíduo, ele disse:

— Está mais calmo agora?

O homem em pânico diz.

— Por que você fez isso?

— Eu ensinei para minha filha que, se ela quiser se sentir mais próxima de mim, era só desenhar uma cruz em sua testa e estaremos ligados, pai e filha, no seu caso você está ligado agora com seu criador, —Tom olha para os guardas— soltem os braços dele, —eles o fazem e Tom volta seu olhar para o homem— você não vai para as cruzes.

Tom se levanta puxa sua arma que estava na cintura, aponta para a cabeça do indivíduo e puxa o gatilho antes que ele pudesse ter qualquer reação.

— Tirem eles daqui, temos problemas maiores, se aparecer outro matem sem me perturbar. Ok?

Os guardas concordam assim retirando o corpo do local e Tom volta a caminhar pelo Éden, enquanto isso Gabriel começa a preparar as coisas para o ataque a outros grupos na lista e Miguel vem falar com ele.

— Ei Gabriel quando entraremos em contato com o outro grupo?

Ele joga a franja para a esquerda e fala.

— Daqui uma semana porquê?

— Eu quero ser um dos três!

Gabriel o olha e diz.

— Certeza? Você já falhou em uma e...

— Por isso mesmo, quero provar meu potencial ao Tom. Por favor Biel.

Gabriel hesita um pouco e fala.

— Está bem Miguel só não vacila dessa vez beleza?

— Eu não vacilei, foi o puto do meu pai!

— Que seja.

— Obrigado pela oportunidade Biel.

— Foi nada cara, —eles se cumprimentam— temos que nos ajudar, na bíblia somos irmãos. você é agora meu irmão mais novo Miguel, já que está sem família.

— Ei Gabriel, sem essas viadagens.

Gabriel dá risada e um soquinho no braço de Miguel dizendo.

— Estou brincando bobão, já não basta ter que cuidar de tudo por aqui, não quero ter que cuidar de adolescente.

— Posso ser mais novo, mas sei me cuidar, obrigado pela preocupação.

Ambos dão risadas e Miguel fala.

— Mas valeu pela oportunidade, o plano será um sucesso, garanto isso!

— Esperamos que seja mesmo!

Então, após essa conversa a semana passou rápido, Miguel e mais dois estavam prontos pra saírem no ataque quando Tom veio falar com ele.

— Ei Miguel, onde pensa que vai?

— To...Metatron, pedi para Gabriel deixar eu ir, para me redimir da última falha.

Tom passa a mão na cabeça e diz.

— Ok. Mas dessa vez —pós a mão dentro da camisa branca que estava usando e retirou do pescoço o colar com pingente de cruz— é meu amuleto da sorte, leva e traz de volta em? Se perder ele eu te mato!

Tom deu várias risadas e Miguel disse.

— Pode deixar senhor, eu o trarei.

Então se foram e Tom ficou no portão olhando, até que Gabriel chegou do seu lado e disse:

— Metatron, por que perguntou isso a ele se eu já tinha comunicado ao senhor?

— Ah Gabriel, ele é jovem e jovens são instáveis, só queria saber se ele ia ser honesto e ele foi, pro bem dele espero que continue assim, agora que perdeu o pai e o irmão, ele está fragilizado, eu e você teremos que tomar conta dele ok?

— Sim.

— Vamos entrar agora.

Eles adentram no Éden e a caminhonete segue seu caminho com Miguel e outros dois jovens um pouco mais velhos e o que estava dirigindo disse:

— Eae Miguel, está pronto pra volta para a matança?

Miguel estava no banco de trás olhando o pingente que Tom havia lhe emprestado e disse com uma voz calma.

— Sim Toledo e você?

— Nasci pronto pra isso, —Toledo olha para o banco do lado— e você Kevin? Como está?

Ele suspira e fala.

— Normal.

Toledo olha para Kevin e fala.

— Que falta de empolgação é esse meu amigo, vamos animar isso aí!

Toledo faz umas brincadeiras com a caminhonete jogando-a de um lado para o outro em alta velocidade, atropelando alguns infectados no caminho então Kevin, não gostando muito, mas com um pequeno sorriso no rosto disse.

— Ei cara para com isso, está querendo morrer?

— Animação Kevin, vai que você consegue fazer igual o pai do Miguel e come uma gata antes de matá-la!

Miguel se divertindo com as manobras que Toledo havia feito, arruma o cabelo o jogando para trás e disse:

— É Kevin, tenta se divertir antes de chegarmos lá, por mais que eu não goste do meu pai ele aproveitou.

Kevin suspira e fala com um sorriso no rosto.

— Beleza então, acelera isso aí, tem uns infectados a frente.

Toledo sorrindo fala.

— Aí sim meu garoto, se segurem!!!

Ele acelera e atropela mais alguns infectados, Miguel via seus amigos sorrindo e felizes, naquele momento ele também estava feliz, mas era uma felicidade momentânea, ao fim da brincadeira, um pouco distante da comunidade que seria o alvo deles, eles param a caminhonete e a escondem com vegetação e outras coisas que acharam, indo para a entrada da comunidade, já com caras sérias, um homem de lá os avista e fala.

— Vocês aí parados! O que querem? —Perguntou de dentro da pequena comunidade.

Eles estavam com as mãos erguidas e Miguel disse

— Somos apenas três amigos, estamos precisando de um lugar pra ficar, você sabe como o mundo está uma merda!

O homem responde com rispidez.

— Desculpem garotos, não estamos aceitando pessoas, temos poucos recursos e além do mais não estou na liderança.

— Eu posso falar com ele?

O cara olha bem para eles e fala.

— Acho melhor vocês irem embora.

Os companheiros de Miguel olham pra ele e o mesmo se sente pressionado, então ele força o chora, abre os braços e fala com lágrimas nos olhos.

— Então pode pegar essa pistola que está segurando e atire em mim, bem no peito!

O homem fica surpreso e fala.

— O que você disse?

— É isso mesmo, não nos deixando ficar está nos matando, então faça isso logo me dê um tiro pois eu e meus amigos não queremos mais sofrer aqui fora!!!

Os outros dois abrem os braços assim concordando com Miguel, nessa hora Toledo fala.

— É melhor morrer por um tiro só, do que mutilado por essas coisas aqui fora!

O homem fica em choque e Miguel dá um grito chorando.

— NÃO QUEREMOS MAIS SOFRER!!!

Com isso o homem se sensibiliza e os deixa entrar.

— Olha só, eu vou lhes dar uma chance para falar com ele, sei como é ficar aí fora desemparado, além do mais vocês são só garotos.

Eles acompanhavam o homem até o lugar onde o líder ficava e Miguel disse limpando as lágrimas.

— Obrigado. Você não tem ideia do que passamos.

— Eu imagino.

Eles chegam ao líder que era um homem velho, o cara do portão fala com o velho primeiro e então olhando seriamente para Miguel e os outros ele pergunta.

— Meu homem falou que vocês estão à deriva.

— Ele está certo, só precisamos de um lugar pra ficar.

— Qual seu nome filho?

— Miguel. E o seu?

— Christian, nosso grupo não é muito grande como pode ver, então não temos muitos recursos e...

Miguel o interrompe dizendo.

— Eu imploro ao senhor que nos deixe ficar, eu e meus amigos podemos ajudar nos recursos, vejo que o senhor está velho e precisando de corpos jovens pra fazer seu grupo prosperar, nos ajude que o ajudamos!

O homem fica pensativo e nesse momento uma garota com mais ou menos a mesma idade que Miguel entra na sala gritando.

— PAI!! Você não pode deixá-los lá fora, o mundo está horrível e como ele disse: pode nos ajudar e você está precisando!

— Rebeca, estou conversando eu resolvo isso!

— Eu estava perto quando esse garoto conversou com Josué, você estará os matando se não deixar eles ficarem!

Christian passa a mão na careca e diz.

— Está bem, está bem, vocês podem ficar, mas terão que trabalhar para trazerem suprimentos ok?

Miguel já com um pequeno sorriso no rosto fala.

— Ok, —chegou perto de Christian— não vai se arrepender meu velho.

Rebeca ao sair da sala feliz, dá uma piscada de olho para Miguel, então após serem aceitos no grupo, eles saem em uma ronda para buscar suprimentos.

— Que sorte tivemos —Toledo disse— ela parece ter gostado de você Miguel.

— Pode ser, na verdade, se for isso nosso plano vai de bom para excelente!

Assim, após matar alguns infectados eles chegam na caminhonete que vieram, ela estava cheia de suprimentos, tudo parte do plano, então Miguel fala.

— Peguem poucos, eles têm que achar que encontramos isso por aí, essa ideia do Metatron foi uma boa.

— Conseguimos suprimentos fáceis e a confiança dessas ovelhas. —Disse Toledo.

— Isso, agora vamos tenho que fazer uma visita para a senhorita Rebeca.

— Vai lá Miguel, —disse Kevin— imagina ela fica do nosso lado?

— Seria ótimo, mas o plano e matar todos no final.

— Isso! —Disse Toledo— só não vai se apaixonar em Miguelzinho.

Toledo e Kevin dão risadas e Miguel responde calmamente.

— Jamais! é tudo pelo plano.

— Sim, agora vamos voltar. —Disse Toledo todo animado.

Então eles retornam com os suprimentos e Christian vem todo feliz falar com Miguel.

— Conseguiram até bastante, estou orgulhoso, meu pessoal só conseguia metade disso e olhe lá, ainda bem que te aceitei filho, vejo um grande futuro agora.

— Obrigado meu velho, eu e meus companheiros temos um certo dom pra achar coisas boas.

Miguel repara que Rebeca estava lhe olhando, assim eles guardam as coisas e anoitece, Miguel vai atrás de Rebeca que estava em cima do telhado de uma casa, ela não havia percebido sua presença, então ele a chama.

— Ei você ai de cima!

A garota olha e repara que é Miguel e fala toda acanhada.

— O-Oi.

— Você é a...?

A garota toda envergonhada responde.

— R-Rebeca, e você garoto novo?

— Miguel, o que está fazendo aí em cima?

— Vem aqui pra você ver, atrás da casa tem umas caixas que dá pra você subir.

Miguel o faz e ao chegar do lado de Rebeca fala.

— Então, o que tem de tão legal ficar aqui?

— Olha naquela direção —a garota apontou o dedo— daqui dá pra ver a cidade queimando, eu sei que é triste, mas eu acho bonito o fogo de noite, acho que sou meio doida. —Risos.

— Realmente é bonito, é impressionante como algumas chamas ainda estarem acesas, acho que também sou meio doido.

— As pessoas devem reacender, por puro caos.

Miguel olha estranho para a garota, mas volta o olhar para as chamas e diz.

— Pois é.

Rebeca se vira para Miguel toda sorridente e fala.

— Mas agora que você me achou no meu lugar preferido, me diga de onde você e seus amigos são?

— Só andando, nunca moramos num lugar por mais de um dia, —olhou para ela e sorriu— as pessoas são perigosas, não dá pra confiar sabe?

— Pois é, ainda bem que vocês nos acharam, vai ficar né?

— Bem capaz, está difícil de viver lá fora.

— Fico feliz em ouvir isso!

— Por quê?

A garota responde meio envergonhada.

— Sei lá, quando vi vocês, ou melhor você, tive uma boa impressão sabe? Tipo um instinto, por isso te apoiei e ao saber que seu nome é Miguel tive certeza, é nome de anjo você sabe né?

Miguel responde com um pequeno sorriso no rosto.

— Sim eu sei, estou surpreso desse seu "instinto" —risos— gostei.

— Pois é, acho que acertei.

Miguel ri e ao olhar para Rebeca, a mesma passa a mão em seus cabelos e fala.

— É loiro natural? Ou você pintou antes de tudo isso acontecer?

Miguel responde enquanto ela acariciava seus cabelos.

— É natural.

— Seus olhos são azuis como o mar, você é realmente um anjo. —Risos envergonhados.

Miguel ao rir passa a mão nos cabelos pretos e cacheados da moça dizendo.

— Minha mãe também tinha cabelos cacheados, sempre os achei lindos.

Rebeca envergonhada diz.

— Vou entender como um elogio.

— Mas foi!

Ambos riem e de repente, Rebeca agarra o braço de Miguel, encosta a cabeça em seu ombro, o mesmo fica extremamente arrepiado e a garota fala.

— Sabe, não sobraram muitas pessoas no mundo, principalmente pessoas boas!

— Pois é.

A garota olha para o céu e fala.

— Ei olhe pro céu -ambos fazem isso- está tão cheio de estrelas, nunca vi tantas.

— A poluição deu uma diminuída. —Disse Miguel admirando o céu estrelado.

— Acho que esse fim do mundo foi bom, podemos ver as estrelas agora, são tão lindas!

Miguel olhando aquele céu estrelado e extenso enquanto ouvia a doce voz da garota, sentiu algo, um arrepio e por um segundo se perdeu naquela imensidão azul. Até que Rebeca o acorda do transe dizendo.

— Ei! Ficou hipnotizado?

— Ah? A, sim um pouco, eu acho.

A garota ri e diz.

— Normal, também fico as vezes.

Ambos ficam ali a noite toda conversando e olhando a linda noite. Ao amanhecer Miguel continua ajudando o grupo carregando e recarregando armas, conversando com todos principalmente Rebeca, ficando cada vez mais próximo do grupo até que, após alguns ele sai com seus companheiros para pegar mais coisas e Toledo diz.

— Eae Miguel? Como está indo?

— Está indo tudo bem, já estamos com bastante confiança.

- Eu vi, e a garota?

— O que tem ela?

— Vocês estão bem juntos.

— Faz parte do plano, idiota.

— Só não se apaixona em? Lembra, ela é só uma vadiazinha.

Miguel fica um pouco sério e Toledo continua.

— Na hora do tiroteio, vai ser você quem vai matar ela? Parece que você se aproximou de mais da vadia —risos— deixa que eu mato e eu sempre curti sexo ao barulho de tiros.

Toledo e Kevin dão muitas risadas até que Miguel abre um sorriso e vai até Toledo e o mesmo fala.

— Que foi Mi...

Miguel desfere um soco bem na cara dele que o derruba no chão e Kevin grita.

— Que porra é essa Miguel?

Miguel pega no colarinho da camisa de Toledo e fala olhando nos olhos do parceiro.

— Você não vai fazer nada ok? Só pega as armas e dá o sinal como combinada, TA ME ENTENDEDO?

Assustando ele responde.

— Si-sim Miguel, calma, foi só brincadeira.

— Ótimo, —solta a camisa dele— na hora eu vou acabar com ela sem sofrimento, não somos animais para ficar barbarizando, vamos fazer o plana e só!

Kevin ajuda Toledo a se levantar e ele sangrando pela boca fala olhando fixamente para Miguel.

— Beleza Miguel, Beleza!

Eles terminam de pegar os suprimentos e Miguel fala.

— Vamos!

Ao voltar com os suprimentos eles os colocam num quarto que adaptaram como dispensa, Miguel, sem pensar duas vezes vai até o lugar onde sempre se encontra com Rebeca, mas ela não estava no telhado, então ele começa a chamar pelo seu nome, até que a garota pula de cima da árvore que havia ali perto e dá um susto em Miguel, rindo muito a garota disse:

— Te assustei anjo? Você devia ver sua cara!

Miguel ri sarcasticamente e fala.

— Assustou nada, eu estou de boa.

— Estava preocupado comigo anjo?

Miguel hesita um pouco antes de falar.

— Ah...um pouco, sabe como mundo está um perigo.

— Obrigada pela preocupação anjo. Se vai subir?

— Primeiro você.

Após subirem e como de costume Rebeca ficar abraçada com Miguel e fala.

— Hoje não tem fogo.

— Já era hora de apagar, fazem uns dias que estava queimando.

— É. Vai, me fala quantos relacionamentos você teve antes do fim do mundo?

—Ah, você quer falar disso?

— Claro anjo, quero te conhecer.

— Ok. Só um.

Rebeca fica surpresa com a resposta e fala.

— Nossa! Um anjo desse só com um?

— Meu pai sempre me prendeu e a meu irmão também, dentro da nossa própria casa.

— E onde está seu irmão?

— Foi morto por pessoa e horríveis, bem na minha frente, não faz muito tempo isso.

— Nossa, meus pêsames.

— Está tudo bem.

— Agora me conte essa história do pai de vocês, por que ele não deixa vocês saírem de casa?

— Ele era policial, por isso vivia com medo de alguém machucar eu ou meu irmão querendo atingi-lo de alguma forma, nisso ele nos privou de muita coisa para nossa segurança, só consegui algum relacionamento aos 17 no último ano na escola durou um mês apenas.

— Por quê?

— Não soube lidar, era minha primeira vez em um namoro, foi meu primeiro beijo também, —ele sorri— provavelmente ela deve ter achado horrível.

— Ah não se cobre muito, era seu primeiro. Então quer dizer que você nunca.... fez?

— O que? —Ele demora um pouco pra entender— aaaaah entendi, não.

— Nossa!! Minha visão de você era tão diferente.

— Pois é, as vezes as aparências enganam, mas em compensação ele nos ensinou a atirar muito bem, parece que já previa esse apocalipse. E você? Quantos foram antes disso?

— Uns três.

— Legal, melhor que eu pelo menos.

— Só se for no número, porque todos eram escrotos, nenhum era igual a você e por isso temos algo em comum.

— O que?

Rebeca envergonhada diz.

— Eu também nunca fiz.

Miguel surpreso fala.

— Sério?

— Sim.

— Uau, somos parecidos então. Mas por que você disse que eles eram escrotos?

— Eles não me tratavam bem, só ligavam pra mim pra falar de sexo, na cabeça deles eu era algum tipo de objeto, mas você não, você fala comigo, nós conversamos e eu gosto da sua presença, me sinto segura!

Miguel fica todo vermelho e Rebeca se deita no telhado falando.

— Vem. Assim dá pra ver melhor as estrelas.

Miguel o faz e ela pega em sua mão ele sente senti aquele arrepio de novo, então a garota fala.

— O que você acha que vai acontecer no futuro?

— Como assim?

— Tipo, sobre esse apocalipse, esses infectados, o que você acha que vai acontecer daqui uns anos?

— Não sei, sinceramente, ultimamente eu não ando sabendo de muita coisa

Ela olha para Miguel enquanto o mesmo está novamente hipnotizado pelo céu estrelado, ela se aproxima do ouvido do garoto e fala baixinho.

— Ei, olha pra cá.

Miguel vira a cabeça para a moça e ela passa mão em suas bochechas indo até os cabelos e fala.

— Também estou um pouco perdida, mas se no futuro eu estiver com você, estarei bem.

— Você acha? Rebeca eu...

— Shhhh.

Ela põe o dedo na frente da boca dele fazendo sinal de silencio e ao retirar ela o beija, ao terminar ela fala.

— Seu segundo beijo, o que achou?

Miguel abre um pequeno sorriso e diz.

— Foi perfeito!

Ambos extremamente felizes naquele telhado, abraçados conversando coisas bobas como a noite, pela primeira vez na vida, Miguel se sentia em paz, como se mais nada importasse, mas ele sabia o que estava chegando e completamente perdido em sentimento de razão e amor, não estava mais tão de acordo com o plano e na manhã seguinte, Miguel foi falar com Toledo.

— Toledo. Eu fiquei pensando sobre o plano e...

— O que? Já está quase chegando o dia.

—Eu sei, mas e se não for o certo?

— Como assim Miguel? Você está louco? É isso que o Metatron mandou então é obvio que está certo!

— E se ele estiver errado? Essas pessoas, não acho que elas mereçam morrer e se pularmos esse grupo e partimos pro próximo?

Toledo estranha o comportamento do parceiro e fala

— É aquela vadiazinha né?

Miguel estende o dedo apontando para a cara de Toledo e fala bravo.

— Ela não é isso!!!

— Sabia, você se apaixonou de mais, você não pode fazer nada para parar o plano, só mata lá, o Juízo Final é daqui três dias, fique pronto e de um fim nesse relacionamento, são apenas mentiras Miguel, você pode ter qualquer mulher do Harém depois daqui.

— Tem que ter um jeito e... tipo ela não é qualquer uma.

— Metatron irá matá-la se a levar para o Éden!

Miguel começa a entrar em desespero.

— Não. Tem que ter um jeito!

Toledo já bravo diz.

— Para de ser viadinho Miguel, as coisas são assim e você sabe, só não enche mais meu saco e fique pronto!

Toledo se vai e Miguel está mais perdido do que nunca, ele começa a andar pensativo até que dá de cara com Christian, ele fala.

— Boa tarde meu velho.

— Boa tarde Miguel.

Miguel já ia passar batido quando Christian o chama.

— Ei filho, percebi que está cabisbaixo, aconteceu algo?

Miguel para de andar e fala.

— Não, está tudo bem!

— Certeza?

Miguel se vira para ele e fala.

— Mais ou menos.

Christian abre um pequeno sorriso e fala.

— Entendi, vamos dá uma volta Miguel?

— Pra que?

— Conversar um pouco, andar e falar dos problemas pode ajudar sabia?

Miguel hesita um pouco, mas acaba cedendo.

— Ok, vamos.

Eles começam a caminhar e Christian fala.

— Então, o que te incomoda Miguel?

Miguel respira fundo antes de responder.

— Indecisão meu velho, maldita indecisão!

— Na sua idade isso é normal filho, eu também era muito indeciso, com o que você está indeciso?

— Algumas coisas pessoas, desculpa falar assim, mas...

O velho riu e disse tocando no ombro de Miguel.

— Relaxe meu jovem, sei bem como é e acho que sei o que é, se trata de minha filha né?

Miguel fica surpreso e fala.

— Ah...também, como o senhor sabia?

Mais uma vez o velho ri e fala.

— Eu vi como ela te olhou quando você chegou, e eu também reparei como vocês conversam bastante, é uma coisa normal Miguel, só tem que deixar acontecer, você é uma boa pessoa, desde que chegou aqui só evoluímos, trouxe muitos suprimentos, alegra os dias da minha filha, é bom para proteger nosso pequeno grupo com suas habilidades.

Miguel extremamente surpreso diz.

— É verdade? Tipo, tudo isso que você diz?

— Claro meu jovem, te aceitar foi minha melhor escolha, lógico que teve um empurrãozinho da minha filha, mas te dei uma chance e você não me decepcionou, eu e todos do grupo estamos felizes por te ter aqui Miguel.

Miguel segurava o choro e falou.

— Não deveriam, eu já fiz muitas coisas ruins!

Christian põe suas mãos nos ombros de Miguel, ficando assim cara a cara com ele e disse:

— Todos nós já fizemos, hoje em dia, fazer essas coisas é normal para a nossa sobrevivência, não se culpe pelo o que aconteceu, é como eu sempre digo: erros do passado não podem afetar negativamente quem queremos ser no futuro!

Miguel fica completamente em choque com aquelas palavras e Christian continua.

— Errar no passado e se arrepender, é a melhor coisa, te muda, te deixa melhor, eu fui assim.

Eles voltam a caminhar e Miguel fala.

— O que aconteceu com o senhor?

Os olhos de Christian começam a lacrimejar e ele fala.

— Antes do apocalipse, eu não era esse bom velhinho que você vê hoje, vidas que eu tirei, vidas que eu deixei serem levadas, simplesmente por dinheiro, eu era traficante de órgãos, retira das pessoas que estavam precisando para vender para outras, quem pagasse mais eu vendia sem pensar no outro, até que um dia minha esposa precisou fazer um transplante de rim, eu me garanti no dinheiro que tinha, mas Deus me deu uma lição, a carga de rins havia sido roubada, eu corri atrás dos meus contatos para achar algum, mas tudo em vão, meus “parceiros” não me atendiam mais e isso trouxe a morte para minha esposa, as vidas que foram perdidas por conta da minha ganancia sem fim, a dor que eu levei indiretamente para essas famílias, voltou para mim levando minha esposa, aprendi com meu erros e nunca mais voltei para esse ramo, mudou minha vida, usei meu dinheiro para ajudar nos hospitais e ajudar na segurança contra esses ladrões de vidas, me arrependo de tudo e hoje sou um homem melhor do que jamais fui, quando você faz coisas ruins, de uma forma ou de outra elas voltam pra ti, igual as boas, você apareceu e melhorou nosso grupo e trouxe o sorriso para minha filha!

Miguel estava sem palavras, não se aguentou e derramou lágrimas e ao limpá-las passando o antebraço disse:

— Sua história é incrível, obrigado por me dar atenção, acho que agora eu sei o que devo fazer.

Miguel percebe que a noite já estava chegando e disse:

— Agora eu tenho que ir meu velho, mas valeu pelos conselhos.

Christian dá um abraço em Miguel e fala.

— Você é um bom rapaz, vai escolher o melhor, vai lá encontrar minha filha.

Miguel fica surpreso por ele saber que estava indo ao encontro de Rebeca no telhado, o abraça de volta e se vai. Chegando no telhado e ficando lado a lado com Rebeca ela diz.

— Ei anjo, você está muito estranho hoje, está calado o que aconteceu?

— Estou só pensando no que seu pai me disse.

— O que ele disse?

— Coisas que me fizeram pensar, eu estava indeciso hoje e ele tentou me ajudar, mas preciso saber de você, nossos sentimentos, o que estamos vivendo nesses últimos dias, é real?

Rebeca fica surpresa e dá um sorriso dizendo.

— É claro que é, você é perfeito, simpático e um pouco doido igual a mim. Por que essa pergunta? Eu não estou entendo.

— Por nada, você é praticamente meu primeiro amor então é tudo novo, mas fico tão feliz de ter te encontrado nesse mundo destruído.

— Destino é assim mesmo anjo, está melhor agora?

Miguel com um sorriso no rosto diz.

— Sim!

Rebeca dá uma risada meio doida.

— Você me deixou um pouco preocupada vai ter que me dar um beijo de consolação.

— Sem problemas baby.

Ambos riem e se beijam, mas começa a chover muito, eles riem mais ainda e se beijam mais também, até que Rebeca diz.

— Vamos para minha casa!

— Ok!

Eles descem já encharcados e vão correndo para a casa da garota.

— Onde está seu pai? Perguntou Miguel.

— Na casa do Josué, resolvendo sei lá o que, estamos tão molhados —risos— tem umas toalhas no meu quarto.

Subiram as escadas até o quarto e quando Rebeca da umas das toalhas para Miguel ele se vira de costas e tira a camisa encharcada, Rebeca vê em suas costas algumas cicatrizes.

— O que é isso?

Quando ele se vira de frente para ela, a garota percebe que também tem umas duas no peito e Miguel fala.

— Era um dos ensinamentos do meu pai, quando tudo começou ele queria que eu e meu irmão fossemos fortes então trouxe dois caras amarrados e pediu pra gente os matar.

Rebeca assustada e surpresa fala.

— Que horror! E você fez o que?

— Eu e meu irmão hesitamos então ele nos bateu muito até a gente prometer que ia fazer sem dó, eu fui o que mais resistiu —Miguel começa a derrama lágrimas— até que eu falei que iria fazer, mas pelo amor de deus PARE!!! peguei a arma apontei para a cabeça daquele homem, estava amordaçado então ele só me olhou e chorou, eu estava tremendo e então, apertei o gatilho, eu não queria que meu irmão fizesse isso, então matei o outro também, meu pai bravo comigo, me batei de novo.

— Que história pesada, seu pai era tão mau! Você só estava protegendo seu irmão.

— Ele achava que era pro nosso bem, disse para eu nunca mais privar meu irmão de virar um homem de verdade, desde aquele dia, sempre que fecho os olhos, lembro do olhar daqueles olhares inocentes, morreram sem saber o porquê, tento esquecer isso sempre, mas não dá!

Rebeca chega perto dele e fala suavemente.

— Acho que posso ajudar, feche os olhos.

Ele faz e ela o beija passando as mãos no seu corpo, Miguel coloca suas mãos na cabeça da garota enquanto a beija, eles vão para cama dela e a mesma solta o cinto de sua calça enquanto ele retira a camisa molhada de Rebeca e num calor sem fim eles fazem sexo pela primeira vez, com o barulho da chuva na janela e uma pequena brisa entrando pelas frestas da mesma. Ao amanhecer Rebeca acorda e como esperado Miguel estava ao seu lado, dormindo como uma pedra, ela se levanta, se troca sem o acordar e ao descer as escadas seu pai estava a sua espera sentado numa cadeira e disse com um sorriso no rosto.

— Noite longa?

— Pai? Você...

— Sim, eu cheguei da reunião e fui te dar boa noite e quando abri a porta vi vocês dois deitados dormindo e eu sei o que vocês fizeram.

— Pai, eu....eu posso explicar!

— Explicar o que? Que você está crescendo e arranjou um bom rapaz no final do mundo?

— Pai?

— Relaxa filha, Miguel é um bom rapaz, vou sair para dar uma volta e lembre-se, eu ainda não cheguei da reunião.

Ele sai com um sorriso no rosto, Rebeca volta pro quarto toda feliz e começa a acordar Miguel o chacoalhando.

— Ei Miguel, acorde!

Miguel Acorda sonolento e fala.

— Que foi?

Rebeca deitada ao seu lado diz.

— Só quero te falar que eu te amo!

Miguel a abraça com um sorriso no rosto e diz.

— Eu também, —eles se beijam e ele se levanta— acho melhor eu ir pra ajudar os outros.

— Verdade e não se esqueça de me encontrar no telhado essa noite em.

— Jamais!

Eles se beijam novamente enquanto Miguel colocava sua roupa e ele se vai, ao chegar na casa onde ele e seus companheiros moravam, Toledo aborda Miguel dizendo.

— Onde você estava? Com aquela garota né?

— O que faço ou deixo de fazer não é problema seu!

— Realmente não importa, só espero que tenha comido ela bem, pois noite que vem o Juízo Final começa.

— Eu sei.

— Vamos para nossa última ronda e finalmente acabar com essa gente, quero voltar logo pro Éden e receber minha recompensa.

Então o dia passa e eles voltam do que seria a última ronda, anoitece e Miguel vai no telhado ao encontro de Rebeca e fala todo alvoroçado.

— Rebeca eu quero te falar uma coisa!

— O que é anjo?

— Eu não sei como te falar isso, mas...amanhã vai acontecer algo e eu quero te proteger.

Ela sem entender fala.

— Miguel estou confusa, do que você quer me proteger e o que vai acontecer amanhã?

Miguel põe as mãos na cabeça jogando o cabelo para trás, respira fundo e fala.

— Amanhã de noite vai ter um ataque, eu sou de um lugar que chamamos de Éden, lá é seguro você pode ir pra lá comigo!

Ela fica surpresa e fala.

— Espera —solta o braço dele— como assim um ataque? De quem? E como assim você é de um lugar?

— Eu vou te falar toda a verdade.

Ela cruza os braços e fala.

— Acho bom!

— Eu faço parte de um grupo cujo o objetivo do nosso líder é acabar com outros grupos em nome de Deus, é nisso que ele acredita, então nos infiltramos nesses outros grupos como esse e depois de um tempo socializando a gente ataca e mata todo mundo, mas eu ne apaixonei de verdade por você e não quero que você morra, não posso impedir esse ataque, mas posso te salvar.

Rebeca fica horrorizada e fala.

— Você é louco!

Miguel quase chorando de cabeça baixa fala.

— Desculpa, minha intenção era te assassinar, mas agora eu quero te proteger, nunca falei tão sério em toda minha vida!

— Eu tenho que falar isso para o meu pai, ele te achava uma boa pessoa e eu também

Ela começa a derramar lágrimas e ele fala.

— Rebeca me escuta, no Éden a gente pode viver tranquilos, eles vão te aceitar, você só precisa confiar em mim só mais uma vez.

— Não posso abandonar meu pai, serei uma traidora, Miguel fique do nosso lado e lute contra esse seu grupo, eu também me apaixonei por você.

— Nunca vão derrota-los, são muitos, bem armados e treinados.

— Eu não quero te perder, mas também não quero perder meu pai.

— Eu sei, se quiser me odiar, odeie!

Ela pega na mão de Miguel e fala.

— Jamais, você é verdadeiro, me contou o plano do seu grupo, mostra que você não é igual a eles, desculpa eu ter ficada desse jeito é que me abalou, mas você é uma boa pessoa, boas pessoas sempre se mostraram boas mesmo estando nas trevas.

— E o que você vai fazer?

— Vou me despedir de meu pai e vou com você, ele sempre quis que eu arranjasse alguém bom.

Miguel a abraça e diz.

— Muito obrigado, por acreditar em mim, vamos viver felizes eu te prometo meu amor!

— Eu acredito em você, agora vou arrumar minhas coisas e preparar minha despedida.

— Ok. Me encontre aqui no pôr do sol, vou deixar tudo ajeitado.

— Ok. Até amanhã.

— Até.

E no dia seguinte de manhã, Rebeca vai chamar Miguel pra uma volta, ele estranha, mas vai mesmo assim, então ela fala durante a caminhada.

— Te chamei cedo porquê quero saber direito como vai ser essa noite?

— Eu e você vamos preparar as armas e quando estiver de noite a matança começa, então Toledo vai disparar um sinalizador no céu pra indicar que o Juízo Final começou e quando os outros chegarem, eu e você vamos com o carro que eu e os outros viemos, é uma picape velha, vamos pro Éden!

— Entendi. Só fico triste pelo meu pai.

Miguel pega na mão dela e fala.

— Não fique.

— Mas...

— Eu vou dar um jeito, só siga o plano ok?

— Ok.

O dia passa e Miguel explica o novo plano para Toledo que fica irritado e fala.

— Você ficou louco!

— Ela vai com a gente e ponto final, não tem problema nenhum.

— Só vou seguir o plano original, certo Kevin?

— Miguel, ouça o Toledo, Metatron jamais vai aceitar isso.

— Está decidido e que se foda o Metatron!

Toledo se vira e fala.

— Eu já disse: seguiremos o plano original!

— Só não entre no nosso cominho. —Disse Miguel.

Ao anoitecer, enquanto algumas pessoas faziam a segurança do local, Miguel e seus companheiros se preparam para o ataque e Toledo s evira para Miguel e diz.

— É sua última chance, vá e a mate sem dor!

— Jamais! Vocês dois só matem os outros e eu me viro com ela entendido?

Toledo e Kevin concordam de má vontade, e os três desenham uma cruz em suas testas, assim Miguel vai até a casa de Rebeca e os outras armados até os dentes começam a entrar nas casas e atirar nas pessoas que estavam dormindo, o pânico já tinha se estabelecido e então Kevin grita.

— TOLEDO, AGORA!!!

Toledo aponta o sinalizador para o céu e atira, as pessoas que estavam fugindo sem entender o que estava acontecendo viram o sinalizador e em mais ou menos 1 minuto, mais pessoas com cruz nas testas aprecem a pé e de carro atirando nos integrantes daquele grupo que estavam sem nenhuma defesa já que Miguel e os outros tinham pego as armas. Miguel ao entrar na casa de Rebeca se depara com Christian sentado numa cadeira e o velho fala calmamente.

— Pois é, você me enganou e enganou Rebeca também.

— Eu vim salva-la, eu a amo, a levarei para um lugar seguro, lhe prometo isso!

— Quando você me disse das coisas ruins que tinha feito, e sobre estar indeciso, eu perguntei se era sobre minha filha e você disse: também. Era sobre isso né?

— Sim, mas eu contei para Rebeca, fui sincero e o amor dela sobre mim falou mais alto, ela concordou com isso. Christian...ainda acha que eu sou uma boa pessoa?

O velho fica mudo e Miguel começa a gritar com os olhos lacrimejados.

— Eu não sou uma pessoa boa, eu queria que fosse diferente, mas isso era inevitável, eu só posso salvar Rebeca, queria poder te salvar também, mas...

Christian o interrompe dizendo.

— Eu não posso impedir sua missão, só cuide dela.

Christian se ajoelha, fecha os olhos, Miguel aponta a arma para sua cabeça e fala.

— Sempre!

Antes de puxar o gatilho, Christian dá suas últimas palavras.

— Só mais uma coisa Miguel.

— O que é?

Christian abre um sorriso, lágrimas caem de seus olhos fechados e ele fala.

— Você ficou sem resposta agora a pouco, mesmo fazendo isso, você é uma pessoa boa Miguel, morro feliz de saber que minha filha vai estar com alguém como você!

Em meio aos barulhos de tiros e gritos do lado de fora, Rebeca arrumava suas coisas em seu quarto, ouve Miguel gritar seu nome no andar de baixo, ela desce rápido e se depara com Miguel e seu pai morto no chão, ela fica assustada e se agacha perto do corpo de seu pai.

— Pai!

A garota começa a chorar e Miguel vai consolá-la.

— Ei Rebeca, vamos, você sabia que isso iria acontecer.

Ela abraça Miguel e diz.

— Ele sofreu?

— Não, foi um tiro limpo. Vamos agora!

— Ok.

Eles saem da casa e um inferno estava lá fora.

— Os gritos de dor são horríveis de ouvir. —Disse Rebeca assustada.

Havia pessoas mortas e alguns infectados que entraram na invasão do grupo de Miguel, muitos tiros e gritos por todos os lados, então Miguel a correndo junto a ela de mãos dadas disse:

— Vamos correr, você fica de cabeça baixa!

— Ok.

Enquanto corriam, ela viu um homem matar um integrante de seu antigo grupo e ao terminar ele passou a mão no sangue do morto, fez uma cruz em sua própria testa e foi matar outros, Rebeca estava aterroriza e então, finalmente chegando na picape, Miguel fala.

— Estamos quase saindo desse inferno!

Mas Kevin aparece e lhe dá um soco na cara que o derruba no chão e o segura lá mesmo, Rebeca ao ver isso fala desesperada.

— Ei largue ele!

Ela ia pra cima de Kevin que estava segurando Miguel, mas Toledo aparece e aponta a arma para Rebeca dizendo.

— Parada vadia!

Miguel no chão com a boca sangrando tenta falar com Toledo.

— Toledo. Ela vai comigo!

— Não. —Disse Toledo—Ela vai morrer.

Rebeca estava com as mãos para cima e disse:

— Calma, e-estou do lado de vocês.

— Você está ouvindo o que você está falando? —Disse Toledo com raiva— Não sei se percebeu, mas vocês são os alvos aqui!

Miguel grita ofegante.

— Toledo me escuta, se isso é pelo soco, me desculpa eu me descontrolei, só por favor não machuque ela, eu te imploro!

— Ela te envenenou meu amigo, vou te curar.

— TOLEDO, NÃÃÃOOO!!!

— Isso é pelo seu bem Miguel.

Toledo dá um tiro na cabeça de Rebeca que cai do lado de Miguel, o mesmo entra em pânico gritando e chorando.

— TOLEDO SEU FILHO DA PUTA, EU VOU TE MATAR SEU DISGRAÇADO!

— Como disse: é pro seu bem. Vamos amarrar ele e levar de volta pro Éden.

Enquanto Kevin e Toledo amarravam Miguel, o mesmo chorava igual uma criança e não parava de xingar Toledo enquanto olhava o corpo de sua amada no chão, então levaram ele para dentro da picape e de tanto chorar e gritar Miguel desmaia. E após um tempo andando de picape, Miguel acorda e vê que já estavam nos portões do Éden, Tom vem recebê-los dizendo.

— Meus garotos! Soube que foi um sucesso!

Miguel estava acordando, com as lágrimas secando em sua pele junto a sangue, seus olhos estavam roxos de tanto chorar, amarrado e com uma cara vazia de expressões, Tom vê Miguel amarrado pela janela da picape e pergunta.

— Por que ele está amarrado?

Toledo responde,

— As coisas quase fugiram do controle, mas eu as botei no lugar, acho melhor Miguel ficar aqui um tempo antes de sair de novamente.

— Se você diz, que assim seja, mas o que aconteceu?

Toledo olha para Miguel e fala.

— Acho melhor ele mesmo contar.

— Ok Toledo, como dito, você e Kevin, terão suas recompensas por um trabalho bem feito, vão com Gabriel.

Eles ficaram felizes e acompanharam Gabriel, enquanto Tom ia falar com Miguel e outros arcanjos descarregavam os carros com suprimentos, munição e armas.

— Eae Miguelzinho, como foi?

Miguel extremamente triste, mas sem querer de mostrar fala.

— Foi concluído com sucesso.

Com as mãos amarradas ele tira do pescoço a corrente que Tom o havia dado e fala.

— Eu trouxe de volta.

Tom abriu um sorriso e falou.

— Você trouxe, estava com saudades dela já —pegou a corrente e a pôs no pescoço— bom você fez melhor que seu pai agora tem direito a uma trepada com qualquer uma das minhas mulheres do harém, esse é o prêmio por voltar com vida depois de um tempo com aquela gente imunda, então vai querer qual?

— Nenhuma! —Miguel responde.

Tom surpreso fala.

— Como assim? Aconteceu alguma coisa lá? Estou percebendo que você está meio pra baixo.

— Não aconteceu nada, só quero descansar

— Recusar uma boa trepada só pra descansar? Estranho, mas tudo bem e por que você está amarrado?

— É... por que... eu não queria parar de matar, Toledo me amarrou, fiquei fora de controle.

Tom finge acreditar em Miguel e fala com um sorriso no rosto.

— Ok Miguel, as vezes a gente se empolga, mas que bom que você voltou bem.

— Sim.

— Deixa eu te desamarrar.

Ele desamarra Miguel que sai andando direto para seu aposento no Éden, foi tomar um banho e nesse banho ele começa a chorar baixo, as lágrimas se misturando com a água quente, ele se lava tirando o sangue seco em sua pele junto a sujeira, seu coração estava quebrado, ele dá um soco na parede do banheiro, ao termina o banho, e se trocar, senta na cama e abaixa a cabeça ficando com os dedos entre seus cabelos loiros chorando, ele se deita na cama e adormece.

Ao amanhecer, Gabriel estava indo até a sala de Tom quando vê Toledo saindo, ele passa reto e Gabriel entra na sala e se depara com Tom sentando em sua mesa mexendo no cubo mágico e fala.

— Bom dia Tom, o que Toledo queria? Vi ele saindo daqui.

— Eu o chamei, ele me contou tudo que aconteceu naquele grupo, Miguel é instável e não deverá mais sair do Éden.

— Ok senhor, eu cuidarei disso!

— E mais uma coisa Gabriel, você enviou minha carta para Alessandra?

— Sim senhor, levei ontem mesmo.

— E como ela está?

— Está bem, ela sempre pergunta sobre o senhor e eu sempre digo o que você está bem e com saudades dela.

— Obrigado Gabriel, não vejo a hora de revê-la.

— Ela também senhor.

Tom balança a cabeça e fala.

— Dispensado Gabriel.

Passou um tempo, os ataques a outros grupos continuaram e Miguel não saia do Éden por nada, até que Gabriel estava falando com os outros arcanjos, em cima de uma mesa ele dava tipo uma palestra, Miguel viu aquilo e se juntou para ouvir o que Gabriel falava.

— Arcanjos! Temos mais um grupo em vista para o Juízo Final, é um grupo muito bem armado, então eu vou ser um dos integrantes para garantir que tudo sai como planejado, a pergunta é: quem está disposto a ir comigo?

A primeira pessoa que levanta a mão é uma mulher de cabelos longos e loiros, com uma tatuagem de asas na parte externa do braço direito.

— Venha, —disse Gabriel— fiquei aqui atrás da mesa, alguém mais se voluntária?

Quando ela passa por Gabriel dá uma piscadinha para ele, mais dois homens vão para o lugar e Gabriel encerra a palestra, quando desce da mesa Miguel vai até ele e fala.

— Ei Gabriel, ouvi desse novo grupo, parecem serem bem fortes mesmo, acho que eu deveria ir também, já estou um tempo aqui parado.

Gabriel pede para os três esperarem um pouco mais distantes para poder falar com Miguel a sós.

— Opa Miguel, acho melhor não, aliás já estamos em quatro arcanjos.

Miguel sem reação fala indo embora.

— Entendi Gabriel, está tudo bem.

— Desculpa.

— Relaxa, como eu disse: está tudo bem.

Miguel sai andando triste e Gabriel se vira para os três que toparam participar do Juízo Final e disse:

— Os três, me sigam!

Gabriel caminha até um quarto e os outros o seguem, entrando nele, Gabriel fecha a porta e se encosta em uma mesa enquanto os outros ficam de pé o olhando, a mulher no meio entre os dois homens, então Gabriel fala

— Esse grupo é forte como já havia dito antes, dito isso, se alguém quiser desistir, é só sair.

Ninguém sai e Gabriel com um sorriso no rosto fala.

— Ninguém? Ótimo. Você —apontou para o homem a direita da mulher— será o que vai cuidar das armas e disparar o sinalizador na hora certa, ok?

— Ok!

Gabriel fala.

— Pode sair.

O homem sai e Gabriel aponta o dedo para o outro homem que estava à esquerda da mulher e fala.

— Ficará responsável por esconder nossa picape de suprimentos. Entendido?

— Sim!

— Pode sair também.

Ele sai e só sobra a mulher, Gabriel a olha e ela abre um sorriso e fala com uma voz doce, caminhando em direção a Gabriel.

— Então senhor Arcanjo Gabriel, qual será o meu papel nesse Juízo Final tão perigoso?

Gabriel também com um sorriso no rosto diz.

— Você sabe Uriel.

Ela o abraça colocando suas mãos em volta da cabeça de Gabriel e ele pega direto na bunda dela, Gabriel lambe os lábios e Uriel fala toda seduzente.

— Ah é? Você poderia me relembrar? Eu acho que bati minha cabecinha e esqueci.

Eles estavam cara a cara, com as pontas dos narizes se encostando e Gabriel disse:

— Coitadinha da minha anjinha, deixa que eu te lembro!

Eles começam a se beijar, Gabriel ergue Uriel e a coloca sentada na mesa que estava encostado, ela começa a passar as mãos no seu peito e ele faz o mesmo com Uriel, retira a blusa da moça, começa a beijar e chupar seus seios, Uriel começa a gemer e em seguida retira a camisa de Gabriel e desabotoa a calça do mesmo, Gabriel faz o mesmo com ela e ao retirar a calça da moça e aí começa a penetração entre beijos e gemidos. Ao final do sexo, ambos estavam colocando suas roupas e Gabriel disse:

— A cada vez que fazemos fica melhor.

Uriel responde vestindo sua camisa regata preta.

— Sim, eu adoro.

Gabriel e ela se olham com um sorriso, mas o de Gabriel some rápido quando ele pergunta.

— Você vai mesmo fazer o Juízo Final comigo e os outros?

— Sim. Por quê?

— É perigoso Uriel, esse talvez dê trabalho, provavelmente alguém vai morrer nesse, é um dos motivos que vamos em quatro pessoas ao invés de três e eu não quero que essa pessoa morta seja você!

Ela vai até Gabriel, entrelaça seus braços entorno do pescoço dele e fala com um sorriso no rosto.

— Gabriel, amor da minha vida, eu vou e não acontecer nada, nem comigo e nem com você ok?

Gabriel respira fundo e fala.

— Promete que vai ter muito cuidado?

— Prometo meu Arcanjo, isso serve pra você também.

— Cuidaremos um do outro lá.

— Ok.

Eles abrem sorrisos e se beijam, Uriel se vai e Gabriel fica em seu quarto, arrumando as coisas para o Juízo Final que começara amanhã, preparando sua arma e faca. Ao amanhecer, Gabriel vai até Tom e fala.

— Eu já estou ponto pra ir, todos eles já estão me esperando na entrada do Éden.

— Você sabe o que fazer Gabriel, pode ir!

— Sim senhor.

Antes que Gabriel saísse da sala, Tomo chama e fala.

— E Gabriel só mais uma coisa.

— O que?

Tom olha no fundo dos olhos de Gabriel e fala.

— Cuidado amigo!

Gabriel sorri e fala.

— Pode deixar.

Gabriel vai até os três que estavam a sua espera com uma picape, Gabriel chega e fala.

— Todos prontos?

Todos concordam e Gabriel diz.

— Vamos acabar com eles!

Se passam algumas semanas e Gabriel junto a Uriel e mais um, retornam para o Éden, os outros Arcanjos ajudam Uriel e o outro integrante a descarregar as armas e suprimentos conseguidos no Juízo Final, Gabriel vai direto falar com Tom em sua sala.

— Senhor, a missão foi um sucesso, com exceção de uma baixa do nosso lado, eles eram muito bem preparados, mas conseguimos!

— Fico feliz que tenha voltado com vida, pode descansar meu irmão, você merece!

— Obrigado Tom.

Gabriel já estava do lado de fora, quando se depara com Miguel.

— Ei Gabriel, vocês demoraram dessa vez e percebi que voltaram com um a menos.

— Esse demorou mesmo, eram muito bem preparados, mas com meu jeito de bom homem nos aceitaram e após matarmos todos e deixá-los largados, eu dei a ideia de colocarmos todos os corpos num quarto e enchermos de cruzes pelas paredes, quem achar vai ficar se cagando todo e talvez o grupo da Jade os encontre, sorte a nossa que só um morreu, mas é pelo bem maior.

— Sim, legal essa sua ideia e tomara mesmo que encontrem

— E você garoto? Como está?

— Estou bem Gabriel, ajudando no que posso aqui.

Gabriel coloca sua mão no ombro de Miguel e fala.

— Que bom que está bem, nos preocupamos com você.

Miguel abre um sorriso e se vai, nessa hora, Uriel chega, abraça e beija Gabriel dizendo.

— O que ele tem?

— Só está perdido, vou ajudá-lo a se encontrar novamente.

— Você gosta mesmo desse garoto né Gabriel?

— É como você mesma disse: ele é um garoto apenas, se eu não ajudar quem vai?

— Entendi. Bom se isso te deixa feliz eu te apoio.

— Obrigado Uriel.

Após essa conversa, mais um tempo se passou e Toledo volta de uma missão com a moto de Mike e vai falar com Tom.

— Senhor Metatron, quase acabamos com aquele preto, até roubei a moto dele, só que ele não estava sozinho, tinha um filho da puta de cabelos ondulados castanhos e barba cheia com ele, matou um dos nossos!

— Então eles arranjaram gente nova...já sei como vamos surpreende-los, pode ir descansar Toledo e obrigado pela informação.

— Foi um prazer senhor.

Toledo já estava saindo da sala de Tom quando Miguel chega nele e fala.

— Ei Toledo, vamos fazer uma busca por suprimentos?

Toledo o estranha e fala.

— Acha que já superou?

— Sim, já fazem alguns meses e eu tenho que falar com você também.

— Então ok, acho que será bom você sair um pouco. Vamos.

Eles saem, Miguel estava dirigindo e disse:

— Você abriu minha mente, eu estava cego com aquela garota, desculpe Toledo

Toledo abre um sorriso e fala.

— Está tranquilo parceiro, eu sabia que você entenderia mais cedo ou mais tarde, era só ilusão, eu como um bom amigo te salvei dela.

— Obrigado e sim, somos bons amigos.

— Sim!

Miguel para o carro no meio do mato e Toledo estranha perguntando.

— Por que parou aqui?

— Fiquei sabendo que aqui tem algumas coisas legais.

Toledo acha estranho e fala.

— No meio do nada?

— Sim, tem que saber onde procurar, Gabriel me disse isso. Vamos?

— Ok Miguel, vamos.

Eles descem do carro e Toledo fala.

— Qual lado você acha que devem...

Miguel atira na cabeça de Toledo, entra de novo no carro e se vai falando consigo mesmo.

— Isso foi por você amor!

Ao voltar para o Éden e os outros perceberem que Miguel estava sozinho, ele foi chamado na sala de Tom.

— Você saiu junto com Toledo e voltou sozinho. Quem deixou você sair e por que voltou sozinho?

— Toledo me chamou para buscar suprimentos, achou que eu deveria sair um pouco do Éden. ele foi pego pelos infectados, estávamos em uma loja e eles apareceram do nada e o morderam.

— Me de sua arma. —Disse Tom estendendo a mão direita.

Ele o faz, Tom retira o pente e fala.

— Gabriel me disse que uma arma carregada sumiu de nosso arsenal e suponho que quem a pegou foi você para dar essa saidinha com seu amigo, então por que falta uma bala?

— Atirei nele para que não virasse um infectado, pedido do próprio Toledo.

— Mataram todos os infectados só com as facas?

— Sim.

Tom segura a arma aponta para Miguel e pergunta.

— Tem certeza?

Miguel engole a seco e fala.

— Sim!

Tom gira a arma segurando pelo cano e diz.

— Ótimo, pegue!

Miguel a pega e Tom fala.

— Está dispensado.

Quando Miguel estava quase saindo da sala Tom fala.

— Só mais uma coisa. Não faça mais isso sem meu consentimento ok?

Miguel engole a seco novamente e se vai.

Três meses se passaram após isso e Gabriel vai até o quarto de Miguel.

— Miguel. Metatron está te chamando.

Miguel que nesse tempo ficou treinando luta e tiros, seu cabelo loiro já estava um pouco maior disse:

— O que ele quer? Estou treinando.

— É uma supressa, seu treino pode esperar.

Miguel fica curioso e vai até Tom. Chegando lá, Tom estava com um grande sorriso e disse:

— A Miguelzinho tenho uma surpresa pra você, venha comigo.

Eles vão andando e chegam numa porta de ferro e Tom fala.

— Gabriel foi fazer uma ronda e ir atrás do nosso primeiro passo para finalmente atacarmos os assassinos da sua querida família e olhe só —falou tudo isso com um sorriso de um psicopata no rosto— ele conseguiu!

— O que ele conseguiu? —Perguntou Miguel.

Tom abre a porta e lá havia três pessoas amarradas e amordaçadas, então Tom fala.

— Um passarinho me disse que eles se chamam.

Apontou com o dedo para a cara de cada um e disse:

— Cobra.

Apontou para outro.

— Lice.

Apontou o dedo para o último.

— E Maria.

Miguel e Tom se olham e sorriem e Gabriel entra na sala com mais uma pessoa amarrada, com um saco na cabeça dizendo.

— Senhor Metatron, esse é um bónus!

Miguel e Tom se olham e sorriem.

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