Um mês antes do nosso casamento, Ana Paula, minha noiva, me chocou com uma calma assustadora: ela precisava ter um filho com outro homem. Com Pedro, o filho mimado e manipulador do seu professor moribundo, Dr. Roberto. Eu senti o chão sumir, mas ela informou, não pediu permissão: "Eu não estou pedindo sua permissão, Lucas. Eu estou te informando. Eu devo isso a ele." Lágrimas de choque e raiva escorreram, enquanto ela, fria, atendia ao celular: "Pedro? Onde você está? Estou indo." Ela pegou a bolsa e saiu, me deixando em pedaços. A ficha caiu: eu sempre amei por dois. Para piorar, uma mensagem anônima revelou um print: "Ana Paula: Ele vai concordar. Não se preocupe, vamos dar esse neto ao seu pai." Eles haviam tramado tudo pelas minhas costas. A raiva me sufocou. Cansado de ser a última opção, em um ato de desespero patético, postei nas redes: "Cansado de ser segunda opção. Procuro uma esposa. Disposta a casar em um mês. Alguém se candidata?" Foi então que meu celular tocou. Era Sofia Mendes, minha amiga de infância. "Eu aceito."
