Meu marido, Ricardo, é um bobo, e nossa vida na vila é tranquila, longe do barulho da cidade grande. Mas hoje, em uma feira de negócios na cidade, eu o reencontrei. Thiago, seis anos depois, ainda o mesmo, com seu rosário budista. Ele se aproximou e, na frente de todos, me inquiriu com voz fria: "Sofia, você não disse que não nos veríamos mais depois de terminar?" As pessoas começaram a cochichar, me apontando: "É ela? A mulher que perseguiu o mestre Thiago por anos?" Então, ele tirou um anel de diamante do bolso, o mesmo que eu tanto desejei, e o jogou aos meus pés, dizendo com arrogância insuportável: "Pegue e coloque. Eu posso me casar com você." A humilhação era pública, e todos prenderam a respiração, esperando que eu me curvasse. Meu silêncio o irritou, e seu amigo, Pedro, interveio, afirmando que Thiago havia me procurado por seis anos, largado a vida de monge por mim, e recusado casamentos arranjados. Ele implorou: "Sofia, por favor, aceite o anel e case-se com ele!" Mas eu, calma, com um sorriso, recusei: "Não, obrigada. Afinal, nós terminamos há seis anos." O rosário de Thiago se partiu, suas contas escuras se espalharam pelo chão, e seu rosto escureceu. Ele nunca esperou que eu o recusasse, depois de tudo o que fiz por ele. Eu o amava, o persegui por três anos, mesmo quando ele me desdenhava, me submeti a tudo, até ao desprezo de sua família. Mas tudo mudou. A verdade me atingiu quando o vi ajoelhado, olhando a foto de Patrícia, sua irmã adotiva, a quem ele realmente amava. Eu era apenas uma distração, um corpo para aliviar desejos. Meu coração se quebrou, mas não como ele esperava. Minha vida hoje é plena, e eu tenho meu marido e meu filho. Quem é ele para questionar meu passado? Quem é ele para querer voltar agora?