No dia do meu casamento, o noivo desapareceu. Liguei para o telemóvel dele, mas estava desligado. Enquanto os convidados murmuravam, recebi uma foto da minha irmã mais nova, Sofia: o meu noivo, Leo, estava no hospital, à beira da morte, e ela segurava a mão dele. A legenda? "Os médicos dizem que ele precisa de um transplante de coração, e o meu tipo de sangue é compatível. O da Eva não é." O meu mundo desabou quando ouvi a Sofia, com uma voz calma e gélida, dizer à minha mãe que ela o amava e que se ele morresse, a vida dela não teria sentido. Ela estava a usar o seu próprio coração, a sua vida, para me destruir. Os pais do Leo viam-na como um anjo salvador, enquanto os meus pareciam paralisados. De repente, a minha doença, a mesma que me perseguiu a vida toda, tornou-se a minha arma. "O casamento está cancelado," anunciei, e rumei ao hospital com um plano. Eu não ia permitir que ela me roubasse tudo. Eu ia lutar contra ela no seu próprio jogo de manipulação e mentiras, e desta vez, eu ia ganhar. Porque o meu coração, apesar de ferido, ainda batia por mim.