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Abandonada na Chuva

Abandonada na Chuva

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11 Capítulo
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Minha perna direita doía, esmagada nos destroços do carro, sob a chuva torrencial. Grávida de oito meses, liguei para Pedro, meu marido, que prometeu estar em cinco minutos. Mas a ligação que veio minutos depois não era para me salvar. Era para justificar o seu desvio. A prioridade de Pedro? A ex-namorada, Sofia, e o cão dela presos na cave inundada. "A Sofia não tem mais ninguém", disse ele, enquanto eu estava presa, a sangrar, carregando o nosso filho. Ele não só me abandonou, como desligou na minha cara. Os bombeiros demoraram, e no hospital, a notícia esmagou-me: o nosso bebé não resistiu ao stress do acidente. Meu filho, meu menino, que ele tanto queria, estava morto. E o Pedro ainda não sabia, pois estava demasiado ocupado a "fazer a coisa certa" por outra pessoa. Quando finalmente apareceu, com as calças sujas de lama da cave da Sofia, a dor na minha perna era nada comparada com o vazio que ele tinha deixado em mim. Olhei para ele, para o homem que escolheu um cão em vez da própria família, e disse: "O bebé morreu, Pedro. Por tua causa." Ele tentou negar, argumentar, mas a verdade era clara: ele tinha matado o nosso filho com a sua negligência. Não havia perdão possível. "Quero o divórcio, Pedro." E desta vez, não haveria volta.

Índice

Introdução

Minha perna direita doía, esmagada nos destroços do carro, sob a chuva torrencial.

Grávida de oito meses, liguei para Pedro, meu marido, que prometeu estar em cinco minutos.

Mas a ligação que veio minutos depois não era para me salvar.

Era para justificar o seu desvio.

A prioridade de Pedro? A ex-namorada, Sofia, e o cão dela presos na cave inundada.

"A Sofia não tem mais ninguém", disse ele, enquanto eu estava presa, a sangrar, carregando o nosso filho.

Ele não só me abandonou, como desligou na minha cara.

Os bombeiros demoraram, e no hospital, a notícia esmagou-me: o nosso bebé não resistiu ao stress do acidente.

Meu filho, meu menino, que ele tanto queria, estava morto.

E o Pedro ainda não sabia, pois estava demasiado ocupado a "fazer a coisa certa" por outra pessoa.

Quando finalmente apareceu, com as calças sujas de lama da cave da Sofia, a dor na minha perna era nada comparada com o vazio que ele tinha deixado em mim.

Olhei para ele, para o homem que escolheu um cão em vez da própria família, e disse: "O bebé morreu, Pedro. Por tua causa."

Ele tentou negar, argumentar, mas a verdade era clara: ele tinha matado o nosso filho com a sua negligência.

Não havia perdão possível.

"Quero o divórcio, Pedro."

E desta vez, não haveria volta.

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