No dia em que meu filho faria um mês, recebi uma ordem de restrição. Entregue pelo meu ex-marido Lucas e a nova namorada dele, Sofia. Pareciam um casal feliz, enquanto Lucas me dizia para assinar e sumir. "Ele está morto. A vida continua", Lucas cuspiu, indiferente. Mas para mim, a vida tinha parado. Há um mês, grávida de nove meses, sofri um acidente de carro. Liguei para Lucas mais de vinte vezes, sangrando, lutando pela vida. Ele nunca atendeu. Soube depois que estava com Sofia no hospital, consolando-a por uma "crise de ansiedade". Enquanto meu filho morria e eu quase morria, ele estava com outra mulher. Acordei na UTI, sozinha, com a notícia do meu divórcio nos jornais. Ele alegou "crueldade emocional", que minha "negligência" causou a morte do nosso filho. Agora, ele jogou fora a caixa com as primeiras roupas do nosso bebê, chamando-as de "coisas inúteis". Isso foi apenas o começo. A ordem me impedia de ir ao trabalho, ao meu café favorito. Minha carreira foi destruída por mentiras, minha sanidade questionada. Eu vomitei a amargura, me vendo pálida e sem vida no espelho. Como ele podia me fazer passar por tudo isso? Que tipo de pessoa ele se tornou? Mas a raiva ascendeu, e eu sabia que não o deixaria me destruir. Liguei para Clara, minha amiga advogada, decidida a lutar. Eu não perderia a mim mesma.