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Confidentes

Confidentes

4.7
36 Capítulo
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Sinopse

Índice

Depois de perder sua esposa, Anthony Donovan foi destruído. Tentando encontrar forças para seguir em frente, recorre ao álcool, escolha que o leva ao vício e, posteriormente, à sua ruína. Seis anos depois, já recuperado, Anthony se envolve romanticamente com sua terapeuta, Sarah Davis, que tenta de todas as formas escapar da atração indescritível que sente por ele. Ela, por sua vez, que estava tentando se livrar de seu passado, acaba sendo a razão pela qual Anthony desaba mais uma vez, e ela, também, é a razão pela qual ele lutará para permanecer forte. Com o tempo, os dois desenvolvem uma relação de amizade, que se transforma em algo muito mais forte, implacável e inabalável. Seja bem-vindo (a) a este livro Boa leitura e obrigado pela escolha! De seu maior fã, J. P. HOOKE

Capítulo 1 Prólogo

Anthony

Eu queria acreditar que tudo aquilo não passava de um sonho, porque se fosse real, teria que sentir tudo o que estava negando desde o momento em que me disseram. Desde o momento em que eu soube que ela estava morta. Foi na porra de um hospital, e Deus, como eu quis que fosse mentira. Como eu queria que fosse uma porcaria de mentira. Estava esperando que ela entrasse pela porta a qualquer momento quando abri os olhos pela primeira vez, quando escutei aquela notícia.

Rachel estava morta.

E não, não era mentira.

Era idiotice pensar que toda a minha vida tinha sido resumida a isso. Eu girava em torno de sua morte, culpava tudo e a todos — principalmente a mim — e fingia que todas as outras coisas perderam importância. E perderam. Mas ainda tinha George, e eu tinha que ser forte. Tenho. Tenho que ser forte.

Seja forte, porra.

Seja forte.

Seja forte.

Tudo perdeu o sentido quando eu descobri que Rachel estava morta, mas era inegável: eu dependia dessa dor. Era a única coisa que me mantinha vivo, a dor de ter que acordar todos os dias e perceber que ela não estaria ali do meu lado, sorrindo com aquele maldito sorriso que era capaz de iluminar um quarto escuro. Talvez eu merecesse aquela dor; mas George, não. Aos 3 anos, ele não sabia exatamente o que estava acontecendo, mas sabia que sua mãe havia saído de casa, e talvez, sabia o motivo pelo qual me flagrara chorando. Mas ainda era capaz de sorrir, de me consolar quando tudo parecia escuro demais, frio demais e triste demais. Ele era a única pessoa que sabia realmente por que eu estava chorando, ele compartilhava da minha tristeza, e genuinamente me concedia um motivo pelo qual eu poderia finalmente lutar. Ele. E eu faria de tudo para que essa dor não o machucasse tanto quanto a mim.

Por isso tenho que ser forte.

Por mim e por ele.

Por nós.

Segurei firmemente os ombros de George e ele olhou para mim. Seus olhos estavam marejados, o tom azul cristalino parecia mais intenso. Vi uma espécie de tristeza e confusão. Eu também estaria confuso se descobrisse que minha mãe estava morta do dia para a noite, como acreditava ele. Tentei deixá-lo em casa, porque sabia que seria confuso presenciar o enterro da mãe, mas Christine, a mãe de Rachel, insistiu para que ele pudesse se despedir. Ele me olhou como se estivesse procurando em mim a coragem que precisava para andar até perto do caixão. Eu assenti lentamente com a cabeça, sorrindo, encorajando-o a dar o primeiro passo, mas minhas mãos agarraram seus ombros com mais força.

Não!, uma voz sussurrou em minha mente, como se o medo de deixá-lo ir o tirasse para sempre dos meus braços, assim como Rachel.

Algumas coisas não deveriam acontecer, simplesmente porque não poderiam, ou porque seguiriam uma ordem inversa das coisas.

Se eu o deixasse ir, estaria condenado a perdê-lo também?

E George virou para mim, com a inocência de uma criança de 3 anos, e disse:

— Tudo bem, papai, eu volto logo — Aquela segurança em sua voz era reconfortante. Eu sabia que deveria confiar nele e ele em mim.

O soltei.

George andou para perto do caixão, que pouco a pouco parecia uma lembrança nublada do que já fora Rachel. Ele jogou a rosa que segurava e virou para mim, com aquele mesmo sorriso da mãe pelo qual me apaixonei. Aquele maldito sorriso. A razão da minha dor. Ele correu para mim, peguei sua mão e forcei um sorriso.

— Meu homenzinho — eu disse. Olhei por entre os cílios e reparei que Christine me observava de longe. O peso de seus olhos era uma ameaça silenciosa do que sentia por mim. Raiva. Eu não a culpava. George agarrou minha perna.

Eu voltei a atenção para os rostos conhecidos, e vi meu irmão ao lado de Scott, o irmão gêmeo de Rachel. Scott me olhou com um vazio dilacerante nos olhos, afinal, perdeu sua irmã. Por algum motivo, ele achou brilhante depositar toda a raiva que sentia em mim. Meu olho roxo carregava mais que a marca de seus socos. E mais uma vez eu não o culpava, aceitava de bom grado toda a sua fúria, porque eu merecia tudo o que ele quisesse fazer, mesmo que isso significasse a minha morte. Eu não poderia retrucar nenhum xingamento, nenhum soco. Aprendi a descontar tudo isso nas bebidas e no saco de areia que instalei no quintal. Todos os dias eu o socava, socava até que meus punhos sangrassem. Socava com força, com fúria. Minha fúria. Fúria de Rachel. Fúria de George. Até a fúria de Scott e Christine. Quando estava cansado demais, uísque com gelo era o necessário para que meus pensamentos se perdessem, e quando eu não conseguia mais pensar em nada, quando os cacos do meu coração estivessem mergulhados em álcool, só então eu poderia ser forte.

Naquela manhã de sábado, que parecia ironicamente feliz, estava enterrando todas as minhas memórias. Não porque eram pesadas demais para carregar, ou porque doíam, mas sim porque eu queria ter um motivo para que me odiassem, então não precisaria me preocupar em bancar o babaca. Eu poderia retrucar toda a raiva, poderia sentir a liberdade de novo. Eu queria acreditar que tudo não passava de uma mentira, mas não era.

Naquela manhã de sábado, eu estava enterrando Rachel, e com ela, parte de mim.

***

— Mais um — eu pedi ao bartender. Ele me olhou com cara feia e eu levantei uma sobrancelha. Ele deu de ombros e colocou mais uma dose de uísque no copo.

Eu não sabia exatamente quanto tempo estava ali, mas meu telefone não parava de apitar. Rich não parava de ligar para mim. Logo depois do enterro, dirigi para o bar, deixei George no carro e colei a bunda na banqueta do balcão.

Peguei o copo e tomei um gole da bebida. O bartender olhou para mim, esperando, talvez, que eu dissesse algo, mas eu não queria falar nada. Ele apoiou o punho no queixo e o cotovelo na mesa.

— Vou ter que chamar seu irmão. — Ele disse. Eu revirei os olhos, impaciente. — Qual é, Anthony… já falamos sobre isso. Você disse que queria impor limite! Este é o limite. Você não vai sair daqui e dirigir até aquela casa com o George no carro. Para começo de conversa, nem deveria estar aqui.

Olhei para o outro lado, fingindo que não estava prestando atenção no que dizia. Fred, o bartender que coincidentemente era amigo de Rich, pegava no meu pé todas as vezes que eu vinha para a porra do bar. Ele achava que eu não sabia me cuidar sozinho. Na verdade, Rich também achava isso.

Quando tudo parece estar desmoronando, sempre há algo que te faz lembrar que o pior está por vir. Rich acreditava que eu não podia tomar conta de George, nem mesmo de mim. Pediu várias vezes para que aceitasse sua ajuda. " Você precisa se cuidar, Anthony", dizia ele. " tenho medo de que essa situação piore e você perca o controle". Eu não tinha mais controle. Ele estava certo. Eu havia perdido todo o controle quando pensava que seria feliz. Tinha perdido o controle quando descobri que meu casamento havia acabado por um erro bobo, e mais tarde, que minha mulher havia morrido por causa disso. Eu já havia perdido o controle, só não tinha notado ainda. Agora eu tentava sobreviver a cada dia. E não era tão ruim, a bebida me ajudava a não reparar que eu não tinha mais controle de nada. Nem de mim mesmo. E quando o pior viesse, eu estaria preparado.

Nessa estrada de mão dupla, eu poderia facilmente escolher o caminho mais fácil, poderia fingir que nada disso estava acontecendo. Era basicamente escolhas, e eu escolhi que o melhor para mim e para George seria se eu fosse forte. Rich não sabia o que estava acontecendo, ele não tinha o direito de tirar isso de mim. Se tirasse essa dor, com o que eu viveria?

Encarei o bartender e neguei.

— Não — minha voz era firme. Ele respirou fundo, buscando paciência. Quando finalmente pareceu encontrá-la, se inclinou na minha direção e pegou o copo da minha mão. — Tira a porra da mão daí! — Berrei e soquei o balcão.

Algo explodiu dentro de mim e eu percebi que era uma mistura dura de tristeza e raiva. Minha boca ficou seca de repente e quando reparei em sua expressão, pensei ter visto medo. Ele tirou a mão do copo.

Aquele era o limite. Eu tentava não ultrapassá-lo, mas quando era necessário, quando a ferida dentro de mim ardia, era preciso.

— Acho melhor você ir para casa. Vou chamar um táxi — ele disse. Eu pigarreei e respirei fundo, procurando qualquer coisa que me impedisse de explodir. Fred passou pelo balcão e andou na direção de alguns caras no canto do bar. Ele apontou para mim.

Bebi o resto da bebida.

Dois caras vieram na minha direção seguindo o bartender. Eram grandões, vestiam jaquetas e calça jeans.

— Você vai ter que sair. — Fred declarou.

Sorri de canto.

Eu peguei o celular, coloquei no bolso, levantei e o peso do meu corpo somado a quase 6 doses de uísque me fizeram cambalear para o lado. Um dos caras me segurou, e apoiado, acertei um soco com o punho direito. Foi a vez dele cambalear.

Minha cabeça girava. Meu cérebro não conseguia mais pensar direito e o segundo cara não teve piedade quando acertou um soco na minha cara. Num segundo estava em pé; no outro, no chão. Estava tentando me apoiar no cotovelo, gemendo de dor. Meu queixo parecia estar estilhaçado em milhões de pedaços. Aquilo não me conteve, na verdade, só me fez ficar ainda mais furioso.

Fred tentou me impedir, mas tudo o que via era o sorrisinho no rosto do babaca. Eu não escutava o que Fred dizia, e mesmo que ele estivesse me empurrando, me sacudindo, eu não via nada além da fúria.

— Anthony! Anthony! — Ele gritava freneticamente.

Eu parti para cima do grandalhão, que me atingiu com um soco no estômago. Cai no chão instantaneamente. O segundo cara observava até então, e segurando a bochecha que eu havia atingido com o soco, chegou mais perto. Ele chutou meu estômago, o outro também. Eu tentei segurar sua perna. Fred tentou intervir, mas os homens não paravam.

A dor na região da minha barriga era intensa, e quando fechei os olhos, tentando não enxergar o sangue, eles trocaram de lugar. Chutaram o meu queixo. Planei no ar, e a dor era como mil facas perfurando a minha boca. Tinha gosto amargo. Azedo. Metálico. Era o sangue.

Ouvi os gritos de Fred. Ele continuava tentando tirá-los de cima de mim.

Abri os olhos. O sangue embaçava a minha visão. Um deles subiu em cima de mim. Meu corpo se contraiu, o vômito jorrou da minha boca. O homem segurou o meu pescoço. O ar começou a ficar pesado. Não havia mais força dentro de mim. E a única coisa que vi quando estava prestes a deixá-lo tirar a minha do, foi George.

Uma visão embaçada.

Vozes desconexas beirando ao meu redor, se mesclando com a voz de George e de Rachel.

Quando eu achei que não conseguiria revidar, lembrei que precisava ser forte.

Se eu não fosse forte, Rachel e George iriam se decepcionar.

Se eu não fosse forte, Rich estaria certo.

Se eu não fosse forte, quem seria?

E eu ultrapassei o limite:

Meus braços que até então se debatiam contra o peito dele ganharam força. Eu cravei as unhas em seus braços. Vi sangue brotar de sua pele. Ele soltou meu pescoço. Recuperei o ar. Seu peso me prendia contra o chão. Eu acertei um soco. O homem caiu no chão. Me coloquei em cima dele e disparei uma rajada de socos. Queria que ele sentisse toda a dor. Queria fazê-lo beirar o ápice da destruição, experimentar o gosto da derrota. Fazê-lo sofrer. Meus punhos se enterravam em sua cara, 1, 2. 20 vezes seguidas.

Minha respiração estava descontrolada.

Eu estava descontrolado.

E quando voltei a atenção para o lado, constatei que George me observava.

Vi aquela tristeza confusa em seus olhos, e perceber que fui eu quem causou isso me fez experimentar o inferno.

Eu estava descontrolado.

Rich estava certo.

Desvencilhei-me do homem que se arqueava no chão.

Meu terno estava sujo de vômito e sangue. Encostei no balcão. Reparei nos rostos de cada um.

No que eles estavam pensando?

No que George estava pensando?

Fechei os olhos, querendo que ele não estivesse ali. E se eu estivesse mesmo descontrolado? E se eu não soubesse mesmo cuidar de mim? Não era culpa de George. Não era. E ele não merecia isso. Quando voltei a abri-los, ele ainda estava lá, segurando Bonnie, seu lagarto de pelúcia. Sua expressão era um misto confuso que eu não sabia o que significava, ou talvez não quisesse saber o que significava, porque seria mais fácil bancar de burro do que assumir o que eu fingia o tempo todo.

Ele virou, correu e saiu do bar.

Levantei.

— George! — eu gritei, mas meu grito era abafado, dolorido. Minhas pernas tentaram se manter firmes, meu corpo inteiro tremia.

Eu não sou forte.

Aprendi isso desde a primeira vez que a vi. Ela era forte. Ela quem me mantinha. Mas agora, agora eu não sei o que fazer, porque uma parte de mim já não existe mais. Foi enterrada com ela, e Deus sabe o quanto eu preciso. Deus sabe que eu não sou forte o bastante.

Eu andei, meus pés arrastando. Meu corpo pulsava, todos os meus músculos pareciam estar aninhados um no outro, latejando incessantemente. Uma chama ardia, se erguendo da minha barriga e incendiando toda a região do meu torso. Eu estava quebrado; por dentro e por fora. Minha visão continuava embaçada, eu cheguei perto do pequeno aglomerado de pessoas e… cai.

Estava mais uma vez no chão. Mais uma vez. Meus olhos começaram a arder e eu sabia que não iria conseguir segurar as lágrimas por muito tempo, mas se eu cedesse, todos iriam ver, todos iriam ter pena. Eles me enxergavam, me viam de um jeito que eu não queria que vissem. Meu peito subia e descia, a respiração lenta. Alguém se aproximou de mim. Um par de pernas entrou no meu campo de visão.

— Levanta — a voz disse. Meu pescoço estava doendo, mas levantei a cabeça. Era Rich. A expressão séria em sua cara não significava outra coisa senão decepção. Ele me achava fraco. — Levanta, Anthony. — Ele disse mais uma vez, dessa vez com um tom mais firme. Eu o obedeci. Levantei. George apareceu. Ele secou as lágrimas. As minhas brotaram nos olhos, e doíam muito mais do que qualquer dor física. Chegava a ser excruciante. Fiquei na altura de Rich, mas olhava para George. — Vem. — Ele ordenou, pegando a minha mão.

Passamos pela platéia que se juntou.

— O show acabou. — Rich disse. Ele pegou a mão de George e nos levou para fora do bar. O meu carro estava estacionado no meio fio do Nina's bar e o dele do outro lado da rua. George correu para dentro do meu carro, que tinha uma das portas abertas. Observei Rich, que estava calado — mais do que o normal — e olhando para George.

Ele voltou o olhar para mim.

Era frio.

Congelante.

— Eu não vou nem começar com o quão irresponsável isso foi — os músculos de seu maxilar se contraíram. Ele desviou novamente o olhar para George. Sua voz era um sussurro, mas o tom ameaçava uma explosão. — Amanhã você vai procurar ajuda. — Ele disse. Eu o observei. Uma lágrima pesada desceu por minha bochecha. — E George vai ficar comigo. — E ele olhou para mim, os olhos azuis eram um aviso singelo de que estava se contendo. — Já chega, Anthony. Você vai procurar ajuda.

Assenti.

Por algum motivo, minha boca sempre se mantinha fechada quando estava perto dele. Talvez porque já soubesse que todas as vezes ele estava certo, e era impossível insistir em uma discussão com Rich por muito tempo. E mais uma vez ele estava.

Eu pigarreei e olhei na direção de George. Andei até o carro, calado. Coloquei um braço por cima da porta e olhei para George, que abraçava Bonnie fortemente, como se precisasse de um abraço. Ele não olhou para mim, e percebi que não iria, porque talvez estivesse com medo, ou só estava chateado. Mas mesmo assim...

— Oi, garotão — minha voz saiu embargada. Ele olhou para mim. Meus lábios arquearam levemente e meu coração bateu mais forte. Abaixei, ficando da sua altura. Ele estava sentado no banco esquerdo. — Me desculpa.

— O que aconteceu, papai? — Ele disse. Eu avaliei o que havia acontecido durante toda a noite. Por algum motivo eu não sabia a resposta. — Por que aquele homem estava batendo em você?

Não tinha uma resposta certa, tinha?

Eu olhei para Rich, que permanecia em pé na entrada do bar, olhando para mim. Os dois mereciam a resposta. O que havia acontecido? Talvez eu tenha simplesmente surtado. Talvez eu esteja louco. Talvez eu esteja descontrolado. Meus olhos baixaram. Minhas mãos, que seguravam os assentos, mostravam o sangue espirrado pela pele.

Um enjoo repentino me fez querer vomitar.

— Papai? — George disse, chamando a minha atenção. — Está tudo bem?

— Sim. — Eu assenti. — Está. E… eu juro, eu nunca mais vou fazer isso. — Ele afrouxou o abraço de Bonnie. — Me perdoa? — Perguntei.

George não precisou dizer nada. Ele simplesmente saiu de dentro do carro e pulou em cima de mim. Me desequilibrei e quase caí na calçada. Ele me enlaçou com um abraço apertado. Eu retribuí, e pela primeira vez desde que Rachel morreu, me senti forte de novo.

Eu sussurrei em seu ouvido:

— Eu prometo que nunca mais vou fazer isso — E beijei seu cabelo. Uma outra lágrima rebelde percorreu minha bochecha.

Ele repetiu:

— Nunca mais.

E nosso acordo estava feito.

Enquanto existisse nós, eu teria força.

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