Harisha Johnson é uma jovem solitária e brilhante aluna de artes, mas também é acanhada e busca desesperadamente por um amigo. Ethan LeBlanc é um jovem novato que chega à escola e se torna popular logo de início, ele se dar bem com todos e é o oposto dela. Ele se aproxima dela com a intenção de usar ela como distração para espantar suas paqueras. Entretanto, ele se apega a ela e ela terá que lidar com as novas emoções que estão surgindo. Essa aproximação trará uma série de coincidências que expõe um passado muito sombrio que pode afastar ambos.
Edmundston
(New Brunswick) - 2007
As pernas tremiam como as gotículas da chuva que teimava em cair lá fora, os lábios trêmulos e esbranquiçados balbuciavam alguns sussurros. As mãos juntas sobre o peito, escondendo o coração por detrás da pele alva como a neve que cairia no inverno. Gotas salgadas deslizaram pelas bochechas, escorrendo por ela e morrendo no chão úmido do corredor.
O coração estava despedaçado, como se duas mãos o pegasse e o esmagasse até ele vazar o instinto de vida. Tudo ainda se passava claramente em sua frente, os longos cabelos dourados passavam pelo seu rosto, enquanto a dona daqueles cabelos segurava a mão do garoto que ela amava.
Todos estavam ali, olhando-a. Riam em voz alta da vergonha que ela passava. A máscara havia caído e podia ver claramente que amigos não existiam, eles eram apenas uma pequena parte do inferno que a cercava. Não passava de uma ilusão o que sentia, o provável futuro que teria seria a morte. Como conseguiria levantar a cabeça novamente? Não naquele lugar.
Qual havia sido o seu erro? Apaixonar-se? A visão tornava-se turva.
-Vai ficar aí chorando, garota?
As lágrimas caíram com mais pressão, deu um passo, em seguida mais um, e outro mais rápido em seguida, correu. Queria afogar-se, partir-se, amenizar aquela dor tão insuportável. Atravessou o pátio da escola e chegou na avenida, a esquina ainda estava longe, estava tão fora de si que nem prestou atenção no semáforo.
-Não me faça perder tempo, garota.
A voz do garoto ecoou na sua mente.
-Você é uma rídicula.
A voz daquela garota de cabelos dourados ecoou em seguida. Apertou os lábios tentando não soltar som enquanto corria.
Uma luz.
Uma derrapada.
Escuridão.
Tempos atuais...
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Vancouver - Canadá
01 de maio de 2019
Harisha Ross
Decidi escrever um pouco sobre a minha vida. Ela foi cheia de grandes conquistas, mas, não posso esquecer das angústias avassaladoras que me afogaram e criaram a minha personalidade. Aliás, ninguém foge da própria história.
Meu nome é Harisha Ross, e nos últimos dias deitada em minha cama eu tenho pensado bastante no quanto a vida pode ser, maluca, abusiva e em outros momentos mágica. E isso nos torna humanos. Me questionei inúmeras vezes deitada em minha cama sobre o que eu escreveria, tinham questões em minha cabeça, alguns pensamentos ruins e obscuros sobre o passado que ainda voltavam.
Acho que apesar da idade, ainda não amadureci o suficiente. Levantei-me da cama da noite que decidi escrever minha própria história, na verdade, acabei desistindo. Não sei se publicarei como livro, apenas quero lê-la e queimá-la, talvez assim o passado fique no passado. Meu esposo mexeu-se na cama, sentia a minha falta. Porém, não fui até ele. Eu estava focada em mim, caminhei até um notebook e fiquei olhando seus muitos botões antes de escrever algo.
Já se passavam das 02:00 am, o céu era de poucas nuvens naquela madrugada, então tratei de acender um cigarro, apesar de estar grávida. Possivelmente choveria, talvez eu devesse desenhar. Uma amiga uma vez disse que eu deveria desenhar bons momentos da minha vida, a felicidade. Houveram muitos momentos bons na minha vida, mas... O começo de tudo começou aos dezoito anos, a minha passagem de adolescente para uma jovem mulher. O que é uma grande mentira. Não se amadurece com a idade, nós amadurecemos com as adversidades da vida, lutas, sofrimentos, conquistas e para nós garotas... A primeira vez que uma pessoa parte nosso coração.
Não, a história que vou contar não é um romance como nos contos de fada, a princesa nem sempre se casa como um belo príncipe que sempre foi seu primeiro e único amor. O amor de nossa vida nem sempre é o primeiro namorado. Meu pai me disse uma vez que para tudo na vida há um propósito e que a tempestade nos faz amadurecer. Assim, escrevi o título da história naquela madrugada: A garota do casaco preto...
Escreverei sobre o meu tempo de tristeza, ou menos tentarei. É a história de uma garota triste que usava um casaco preto e que tinha muitas cicatrizes, mas, antes de eu começar a escrever sobre os meus dezoito anos, preciso viajar no tempo e lhes contar sobre algo que aconteceu bem antes. A história de uma garota que teve sua alma e seu coração despedaçados, mas que continuou respirando.
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Vancouver (Canadá) - 2010, anos atrás
Harisha Johnson
-Se a alma fosse de vidro, o quão forte ela seria?
Não era a primeira vez que eu me pegava perguntando aquilo a mim mesma, na verdade, venho tendo esse pesadelo há meses. Não é apenas um pesadelo, aconteceu comigo. Suspirei, relembrando que doze horas haviam passado desde a última discussão de meus pais naquele ano. Olhei para a imensidão azul escura lá em cima, tudo parecia tão calmo, milhares de estrelas estavam presas lá em cima como muitos vaga-lumes.
Ao longe, eu podia ver os carros passarem pela avenida que ficava cerca de duzentos metros, somente árvores abaixo do íngreme morro. Já se passavam das 20:00 pm, suspirei o frio da noite que saiu da minha boca como fumaça, era hora de retornar pra casa.
Enquanto caminhava fiquei perdida em meus próprios pensamentos. Muitos passaram por mim esbanjando sorrisos de alegria, muitos casais abraçados e felizes, ou apenas fingiam ser. As ruas estavam muito iluminadas e pareciam não ter fim.
Na noite anterior meus pais discutiram mais uma vez, desde que meu pai viajara para fora do país tudo havia desmoronado. Lembro-me que a casa estava uma baderna, encontrei cacos de vidro por toda a sala, os objetos polidos estavam sujos e destruídos. Gritos vinham do quarto de meus pais, o odor de fumaça estava forte da cozinha, minha mãe parecia em pânico.
Me aproximei devagar do quarto dela e de meu pai, ela estava despenteada e chorando muito. Meu pai estava exaltado e com olhar orgulhoso.
-Eu não posso ter filhos! A Harisha é nossa filha! Entenda isso!
Minha mãe gritou aos prantos.
-Minha filha? Nossa filha!? Como se eu tivesse escolha ao adotar ela! Eu quero um filho nosso, nosso! Se você não pode me dar nem isso, eu quero o divórcio!
Meu pai gritou. Eu fiquei incrédula. Atravessei o corredor de casa, tudo parecia cada vez mais escuro a cada passo, senti a cabeça doer. Minha pernas tremiam, dentro do meu peito, detrás dos escombros do meu coração havia algo, uma emoção, um sentimento que eu não conseguia decifrar no momento. Senti as finas e salgadas gotas de lágrimas escorrerem de meus olhos, tentei contê-las, mas elas não queriam parar de sair.
Corri pelas ruas à frente, aos redores pude ver risos e gargalhadas pela minha pessoa, haviam sussurros de garotas trajando roupas belas e coloridas.
-Louca!
Ouvi essa palavra muitas vezes. Minha casa havia sumido detrás de mim há muitos minutos quando parei para recuperar o fôlego, cai de joelhos sobre a areia de um parque antigo e abandonado. Lá tinha o silêncio que eu amava, só que daquela vez, esse silêncio estava me assustando. Sentei-me em um balanço, havia um vazio ao meu lado. Qualquer outra garota teria ido à outro lugar, corretia para a casa de uma amiga, mas eu não tinha aquilo.
Me achavam estranha por ser muito magra, mas eu não tinha anorexia, apenas era muito magra e pálida. Eu não era convidada para festas de aniversário e nem para passear. Com o tempo eu parei de me importar com aquilo, talvez eu realmente fosse ruim como achavam. E ficar no morro íngreme depois do parque antigo era a minha forma de espantar os pensamentos ruins.
Sai dos meus pensamentos, agora fitando a casa onde morava. Estava aberta, as lâmpadas todas acesas e os gritos de minha mãe e meu pai eram escutados por toda a rua. Dei passos para frente caminhando na pequena estrada de pedras que dava para a porta da frente, as lindas flores que minha mãe regava estavam lindas e cintilantes, sendo iluminadas por muitas lâmpadas coloridas que ela colocava no jardim, já que morávamos em um bairro de classe média.
A cada passo sentia meu coração pulsar mais rápido como se ele quisesse sair do meu corpo. Meu pai surgiu na cena, carregando duas malas. Estava com olhar de ódio, usava seu terno preto caro, e em seguida minha mãe apareceu aos prantos implorando para que ele voltasse para ela. Um taxi estava no portão de casa, meu pai passou por mim sem ao menos me dirigir uma única palavra, nesse momento, os vizinhos já haviam se juntando na rua conversando e rindo da situação. Alguns até filmavam.
Naquela noite meu pai foi embora, senti o peso do mundo nas minhas costas, a culpa havia sido minha? Minha mãe estava envergonhada, me pegou pelo pulso e me levou para dentro de casa, pude sentir uma grande dor em seu rosto.
-Sinto muito, Harisha.
Ela não me chamou de filha daquela vez. Foi a única coisa que ela conseguiu dizer enquanto o pranto tomava conta dela novamente. Ela apenas tirou o casaco preto que usava e cobriu os meus ombros com ele, me deixou em meu quarto e saiu. Fiquei ali em pé, e por mais que eu tentasse acreditar naquilo, parecia uma mentira maior a cada segundo que se passava. Em cima da escrivaninha do meu computador, estava uma foto de família, meu pai me segurava no colo abraçando a minha mãe, e eu, pequena segurando um desenho da família completa.
Me olhei no espelho, meu reflexo estava horrível, a maquiagem preta dos olhos estava borrada e meu rosto sujo, o que dava nojo e meus olhos azuis não diminuíam o pavor daquele olhar melado. Meus cabelos pretos e longos estavam duros e bagunçados, eu estava tão pálida. Consegui dormir naquela madrugada em lágrimas, apesar do ventilador desligado, tudo parecia tão frio. Quando despertei assustada o relógio de cabeceira já mostrava as 12:00 pm, fiquei espantada, havia passado da minha hora de ir à aula, estranhei.
A casa estava em silêncio, não tinha cheiro vindo da cozinha. Minha cabeça estava doendo, como se eu houvesse levado uma forte pancada, eu havia dormido sem tomar banho e ainda usava as roupas do dia anterior e o casaco preto de minha mãe.
Esfreguei os olhos indo até a cozinha, mas a minha mãe não estava lá. Ela não estava em lugar nenhum, embora eu houvesse corrido pela casa e chamado seu nome muitas vezes, até pelo sótão. Só então vi uma pequena ponta de papel debaixo do tapete da sala, era uma carta.
Foi a última gota, a última dor, a última lembrança. Um bilhete de minha mãe e um cartão, e antes do meu aniversário daquele ano a abóbora não transformou-se em uma carruagem.
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