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MARCAS DA ALMA - Meu chefe possessivo

MARCAS DA ALMA - Meu chefe possessivo

5.0
2 Capítulo
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Sinopse

Índice

Henry era magnata bilionário do ramo petrolífero. Após um acidente de carro, teve sua vida revirada do avesso, não perdendo apenas a mulher que ele achava ser o amor de sua vida, mas toda sua liberdade. Ele estava preso nas piores das prisões. A da mente. Sua ex noiva havia deixado como presente o pior dos demônios, aquele que destruía a autoestima. Henry acreditava que jamais uma mulher pudesse amá-lo e desejá-lo novamente. Fato que fez com que ele não quisesse mais sair de casa. Atena, uma morena exuberante de ascendência grega, perdeu os pais muito jovem, sendo obrigada a assumir grandes responsabilidades, em detrimento da segurança e bem estar do seu irmão Apolo. Ao se ver sozinha no mundo tendo que batalhar pra criar uma criança de 3 anos, Atena se absteve de relacionamentos. Sua prioridade era seu irmão, entretanto, seu desejo de encontrar alguém que fosse ser seu porto seguro como nos livros que lia jamais sumira. Os dois tem uma coisa incomum, a vontade incontrolável de amarem e serem amados.

Capítulo 1 CAPITULO 1 - ATENA

Sou Atena, tenho 22 anos e sou grega. Eita, ficou parecendo aquelas respostas ensaiadas para entrevista de emprego. Mas acredito que seja necessário relatar isso neste diário.

Quando eu tinha 18 anos, perdi meus pais em um fatídico acidente de carro. Isso fez com que abandonasse tudo para cuidar do meu irmão mais novo Apolo. A nossa família era da Grécia, apesar de não conhecer ninguém pois até onde sei, meus pais saíram de lá após o meu nascimento.

Meu irmãozinho era minha vida e tinha apenas 3 anos quando tudo aconteceu. Sabe... Eu daria o mundo para vê-lo feliz. Minha família era de classe média. Minha mãe era estilista para peças teatrais e meu pai era advogado, então posso dizer que dinheiro não era uma preocupação.

Entretanto, quando eles faleceram a minha realidade desmoronou como um castelo de areia. Apesar de termos um estilo de vida estável, meus pais não tinham muitos bens ou dinheiro. Por sorte, eu e meu irmão herdamos a casa que morávamos e uma quantia em dinheiro considerável que meu pai guardava para emergências.

Não haviam muitos parentes que pudessem me auxiliar, por isso acabei tendo que me virar para criar Apolo. O dinheiro herdado, me deu tempo suficiente para decidir o que fazer.

Após a leitura do testamento, o sócio do meu pai, Sr. Rogério, me ofereceu um cargo no escritório, como assistente de seu filho mais velho, bem com, me informou que eu receberia a parte do meu pai referente aos honorários que lhe cabiam.

Esse fato, me faz relaxar quanto ao que o futuro me reservava.

Como Davi tinha apenas 3 anos, eu o deixava em uma creche diurna, e buscava-o no fim do meu expediente. Logo, depois que comecei a trabalhar como assistente, resolvi cursar o curso de direito, pois havia me apaixonado pela advocacia.

Neste meio tempo guardei todo o dinheiro que havia recebido de herança e os honorários que meu pai tinha direito. O salário que eu recebia conseguia suprir todas as despesas da casa.

Os anos passavam e as coisas estavam indo bem, apesar dos contratempos com o filho do senhor Rogério. Evandro era uma crápula e vivíamos em pé de guerra. O sr. Rogério acabou tendo que me colocar como sua assistente, e transferir a dele para o filho.

Só que nada me preparava para o estava por vir. A duas semanas, o meu chefe teve um enfarto e faleceu nas redomas de sua casa enquanto cuidava do Jardim. Eu o considerava um pai, pois cuidava de mim como tal, foi graças a ele que tomei a atitude de cursar direito. Em seu enterro, chorei como no dia em que perdi meus pais.

Me questionando se eu perderia todos aqueles que amava?

No dia seguinte, recebi a notícia que do meu afastamento do escritório. O bastardo do Evandro foi incapaz de respeitar a morte do pai, ele simplesmente me queria longe. Por muitas vezes, me perguntei o porquê deste tratamento.

Agora me encontro desesperada atrás de emprego, pois eu tenho uma criança de apenas 7 anos para cuidar. Apolo me chamava de mamá, apesar de ter ciência do nosso vínculo de irmãos e no fundo era assim que eu me sentia em relação a ele.

A verba rescisória que recebi seria suficiente para que eu me mantivesse nos próximos 3 meses sem precisar retirar um centavo do fundo reserva. O que me tranquilizava, pois, com a minha experiência eu teria tempo suficiente para conseguir outro emprego.

Mas como se não bastasse estar desempregada, Evandro parecia querer me destruir pois tratou de sujar a minha imagem para todos os escritórios de advocacia da cidade, me fazendo procurar emprego em outras áreas.

Hoje, enquanto lia o jornal, nas páginas de classificado, procurando por alguma oferta de emprego, encontrei a vaga para assistente pessoal. Isso fez com que eu entrasse em contato no mesmo minuto para tentar uma entrevista de emprego.

- Alô?

- Alô! Quem fala? – disse uma mulher do outro lado da linha.

- Me chamo Atena, estou ligando pela vaga de emprego como assistente pessoal.

- Certo... Qual a sua idade mocinha? – perguntou.

- 22.

- Você poderia comparecer amanhã as 09:00 para uma entrevista?

- Claro. Qual o endereço?

Após passar o contato, a mulher se despediu. Sinceramente, parecia que uma luz finalmente voltava a brilhar no meio daquela densa neblina de má sorte que se instalou na minha vida.

Acordei cedo para me preparar para a entrevista que seria em uma residência localizada em um condomínio próximo a antiga casa dos meus pais. Após a leitura do testamento, eu realizei a venda do imóvel, pois não teria condição de mantê-lo com meu salário.

O valor que obtive foi suficiente para que eu comprasse um apartamento numa região de classe média e comprasse um hb20 usado. Tudo isso, com a ajuda do Sr. Rogério, pois não sei se saberia fazer bom uso do dinheiro, na hora de adquirir os bens. Ainda sobrou um dinheiro, que fiz questão de guardar no banco.

Para a entrevista escolhi um vestido preto de linho que ia até a altura dos joelhos. Ele tinha um corte reto e era sem decote, mas abraçava as curvas do meu corpo sem me deixar vulgar. Calcei um scarpin na mesma cor. Penteei os cabelos em um coque baixo, fiz uma maquiagem leve e coloquei meu óculos de grau.

- Mamá pra onde você vai? – perguntou Apolo curioso.

- Vou conquistar o mundo meu menino. – disse apertando a bochecha dele sem contar a verdade.

- Não aperta minha bochecha. Não sou mais criança. – disse fazendo bico.

- Eu sei que não, mas para mim sempre será filho. – Me abaixei dando-lhe um abraço apertado – agora vamos, lhe pego as 17 horas. – Disse colocando um fio de cabelo dele no lugar após me levantar.

- Está bem.

Me olhei no espelho mais uma vez e aprovei o que vi, estava com um visual bem discreto e profissional.

No percurso, deixei Apolo na creche escola e segui em direção a residência onde ocorreria minha entrevista.

Olhando pela janela do uber, me lembrei dos momentos em que vivi naquele bairro, dos amigos que tinha. A cidade onde moro é uma grande metrópole, e você sabe quando o bairro é de luxo, quando o verde faz parte das ruas, as mansões de luxo rodeadas de árvores. Estava distraída em minhas memórias quando o motorista a interrompeu de meus devaneios:

- Chegamos senhora. – Disse o taxista.

- Obrigado – disse enquanto pagava a corrida.

Ao sair do carro percebi que a mansão diferente das outras daquele condomínio, continha um grande muro, e a propriedade parecia ser gigantesca. Muros que pareciam ter quilômetros de extensão circundavam a propriedade, um grande portão eletrônico e até mesmo uma guarita particular, faziam parte do rol de entrada da luxuosa mansão. Me aproximei do portão, localizando um interfone. Após apertar o botão, disse:

- Me chamo Atena, vim fazer uma entrevista para vaga de assistente pessoal. Está marcada para as 09:00. – olhei para o relógio para conferir, e estava 30 minutos adiantada.

- Um minuto que irei confirmar sua entrada.

- Certo.

Esperei alguns minutos que se equiparavam a anos, até que o portão se abriu, revelando uma residência gigantesca, com fachada branca, muitas janelas e um belíssimo jardim.

- Nossa. – disse embasbacada.

- Pode ir até a entrada da residência, a senhora Ellie está lhe aguardando. – Informou o segurança na guarita enquanto apontava a direção.

- Obrigado – disse olhando para o rapaz que mais parecia ter saído de um filme de FBI.

Andei alguns metros, até que avistei uma senhora que aparentava ter seus 50 anos.

- Olá! minha querida. Sou Ellie. – disse me estendendo a mão – O senhor Miguel está lhe aguardando no escritório, ele é quem irá lhe entrevistar.

- Certo. – disse dando um sorriso.

- Por que deseja tanto essa vaga? – pergunta me mostrando o caminho.

- Tenho um filho que precisa dos meus cuidados. – disse sincera.

- Gostei de você, assim que a vi. Sua aura brilha. Boa sorte querida – Ellie disse se virando pra mim e dando uma piscadela, assim que paramos em frente a uma porta.

Eu bati na porta e nada me preparava para a voz que eu ouvi do outro lado. O som rouco parecia uma melodia sensual que fazia todos os pelos do meu corpo se arrepiarem. Girei a maçaneta lentamente e empurrei a porta.

De longe só conseguia ver seus cabelos pretos bem penteados, ele estava de costa, quando virou a cadeira me permitindo admirar toda a sua beleza.

Para algumas mulheres superficiais a máscara que cobria um de seus olhos poderia ser assustador, mas para mim, só acrescentava a ele um ar sexy.

O homem que estava a minha frente era branco, com cabelos negros, olhos azuis e um belíssimo corpo. Mesmo sentado, dava pra perceber que ele não tinha menos de 1,80.

- Sente-se Srta. Nomikos. – disse apontando para a cadeira me despertando de mais um devaneio. Hoje eu realmente estava viajando. E eu sabia que precisava recobrar a compostura pois precisava urgentemente deste emprego.

- Sim, sim.

Me acomodei na cadeira e entreguei um envelope para que olhasse meu curriculum.

- Então Atena, aqui diz que você trabalhou como assistente pessoal do advogado Rogério. Eu o conhecia.

- Sim, trabalhei durante 4 anos para ele. Deus o tenha em bom lugar.

- E por que não continuou no escritório? – ele questionou.

- Para ser sincera, o filho do sr. Rogério nunca me suportou. Vivíamos brigando. Quando soube da minha demissão, até tentei procurar emprego em outros escritórios, mas ele fez questão de sujar a minha imagem.

- Entendo, e por que eu deveria acreditar em você?

- O senhor não precisa acreditar em mim, apenas me dê um voto de confiança, e demonstrarei com atitudes que as coisas ditas por Evandro Mercês não passam de mentiras.

- E que coisas seriam estas? - ele levanta a sobrancelha.

- Ele espalhou que eu tinha um caso com o pai dele, e que desviava dinheiro do escritório. - O homem a minha frente me encarava sem desviar os olhos, fazendo com que eu parasse um minuto para puxar o ar. - Veja bem, se eu desviava dinheiro e cometia tal ato imoral, minha demissão no mínimo deveria ser por justa causa. O que não foi. Fui acusada injustamente, e por somente respeito ao sr. Rogério que foi como um pai para mim que não abri um processo judicial contra Evandro. Eu jamais colocaria o legado do Sr. Rogério em risco, por causa das mentiras infundadas de Evandro.

- Mas e a sua honra?

- Ninguém não paga as minhas contas. Se para mim a minha honra continua intacta, isto é o que importa. O que os outros pensam, não me interessa.

- Perfeito.

- Perfeito? – perguntei tentando entender.

- Está contratada srta. Nomikos. – disse levantando e dando a volta na mesa, estendendo a mão para mim.

- Oh meu Deus, sério? – neste momento não consegui segurar minha felicidade e abracei ele.

Ele me abraçou de volta, mas logo me afastou, declarando seco:

- Por favor não invada meu espaço pessoal.

- Oh mil perdões ... eu... eu só estou feliz. – disse abaixando os olhos e ficando vermelha de vergonha por causa da minha atitude impensada.

- Seu expediente será de 40 horas semanais e haverá momentos que precisará viajar. Certo?

- Viajar? – perguntei alarmada, pois nunca viajei antes. Não sabia como faria com Apolo.

- Sim, por que a pergunta?

- Eu tenho um filho.

- Tão jovem e já é mãe?

- Uma longa história.

- A empresa tem um serviço de babá para os funcionários.

- Oh perfeito.

- Você começa amanhã. Por favor não se atrase, detesto atrasos. Ellie irá lhe dar os detalhes da contratação e de suas funções.

Disse retornando a sua cadeira e se concentrando em seu notebook. Essa era minha deixa para sair.

- Com licença, mas uma vez obrigado Sr.

Sai sem fazer barulho fechando a porta e me encostando nela. Minha vontade era de gritas, entretanto, me contive e fiz uma oração silenciosa.

- E aí?

- Oh ! – dei um gritinho baixo com o susto. – Estou contratada Ellie.

- Eu sabia! Venha, vamos comer um bolo e tomar um chá enquanto eu lhe explico como isso irá funcionar.

Ao adentrar a cozinha fiquei admirada com o bom gosto, o cômodo era todo decorado em tons de branco. Sentei em uns do banco que ficavam próximo a ilha posicionada no centro da cozinha e beberiquei o chá que Ellie me serviu.

- Então... O senhor Miguel ele não costumada sair. Realiza todo o trabalho escritório.

- Por que Ellie?

- Bom... Não sei se você reparou o tapa olho...

- O que tem ela?

- Ele não se sente confortável com os olhares. – no fundo eu sabia que tinha mais faria nesse angu mas eu não me atreveria em me intrometer. Pelo menos, não por enquanto.

- Entendo. Então o que eu seria?

- Uma espécie de porta voz do senhor Miguel. Então você precisará realizar serviços fora da mansão. Antes de você, Leonardo era o assistente de Miguel, mas ele foi aprovado no doutorado em Harvard e pediu demissão para correr atrás de seu sonho. Obviamente, ele não o demitiu, transferindo-o para sede da empresa em Cambridge.

- Oh! Esse Fernando deveria ser extremamente inteligente. Espero poder ser ao menos metade do que ele foi neste trabalho.

- Não tenho dúvidas que será – A senhora me deu um olhar cumplice.

- Mas me conte sobre você... – perguntou curiosa.

- Não tem muito o que falar, meus pais não são vivos e eu cuido do meu irmão mais novo que trato como filho. Preciso muito trabalhar, pois as coisas não estão fáceis, apesar de ter um fundo para emergência, não posso me dar o luxo de ficar desempregada.

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